O deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura de São Luís, Duarte Júnior (PCdoB), durante esta semana voltou a ser alvo de ataques por conta da disputa eleitoral que se aproxima.

No entanto, o que tem chamado a atenção nesses ataques, que poderiam ser considerados “normais”, se estivessem partindo de adversários políticos de Duarte, é que os ataques, quase sempre, tem origem dentro do grupo político ao qual está inserido o deputado estadual.

Duarte trava uma batalha interna no PCdoB para ser confirmado como pré-candidato do partido e, por ser o pré-candidato mais bem posicionado no grupo político comandado por Flávio Dino, o parlamentar virou alvo, quase que semanalmente, de “fogo amigo”.

A estratégia é definhar Duarte e fazer com que ele desista da disputa pela Prefeitura de São Luís. Até o momento, o pré-candidato tem se mantido e firme no seu propósito, garantindo que não abrirá mão da disputa.

“Posso suportar todas essas fake news, perseguições e agressões durante todo o ano. Não vou desistir jamais de lutar por justiça e por uma política com princípios. Não sou movido por poder ou dinheiro, mas pela possibilidade de garantir direitos”, afirmou recentemente nas redes sociais.

A verdade é que, apesar de alguns não acreditarem, até o próprio Duarte, a cúpula do grupo político comandado por Flávio Dino tem sido extremamente conivente com a tentativa de escrachar Duarte Júnior, apenas e tão somente por conta das eleições de 2020.

Sendo assim, Duarte Júnior tem três caminhos a seguir e precisa decidir rápido.

O primeiro caminho seria anunciar a desistência da disputa eleitoral em 2020. Essa decisão fatalmente extinguiria, ou no mínimo diminuiria muito, os ataques a Duarte.

O segundo caminho seria manter a pré-candidatura e seguir no grupo político de Flávio Dino, mas tendo a plena consciência de que esses ataques não irão cessar, ao contrário, tendem a aumentar.

O terceiro e mais radical caminho, mas Duarte está quase sendo obrigado a isso, é romper com o seu atual grupo político. Apesar de demonstrar gratidão e carinho pelo governador Flávio Dino (PCdoB), pela oportunidade recebida, mas nem Dino e nem ninguém do grupo político do comunista, durante esses ataques, tem saído em defesa de Duarte.

O próprio PCdoB, partido de Duarte, ao longo de 2019 jogou mais contra do que a favor dele, principalmente na Assembleia Legislativa.

Duarte já tem sido procurado por alguns membros da Oposição que lhe oferecem guarida e essa decisão tem amadurecido, principalmente em meio aos amigos do deputado estadual.

Uma eventual mudança de grupo político poderia ser fundamental para o futuro de Duarte na política maranhense. Com uma mudança, Duarte poderia disputar as eleições por um partido que não esteja na base política de Flávio Dino, ou mesmo negociar uma aliança, indicando um vice, em troca de um apoio em 2022 para a Câmara Federal, outro desejo não escondido de Duarte.

A decisão cabe única e exclusivamente a Duarte Júnior, mas ele só não pode mais demorar a tomar, porque quando for decidir que caminho seguir, esse caminho já pode estar fechado.

É aguardar e conferir.