O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, se posicionou sobre a tentativa do Congresso Nacional de aumentar o Fundo Eleitoral durante a votação do Orçamento 2020, previsto para ser apreciado na semana que vem.

Carlos Lula, de maneira acertada, observa e reclama que para o aumento do Fundo Eleitoral será necessário a retirada de recursos de áreas prioritárias, em especial a Saúde. O secretário, nas redes sociais, fez questão de destacar as perdas e afirmar ‘sem condições’.

“Dos R$ 500 milhões que o SUS pode perder pro Fundão Eleitoral, a formação de profissionais da atenção primária perderia R$ 79,7 milhões; o Programa Farmácia Popular, R$ 68,9 milhões; pacientes com doenças hematológicas R$ 39,5 milhões e a saúde indígena R$ 37,8 milhões. A Rede Sara perderia R$ 28,9 milhões, os serviços ambulatoriais e hospitalares, R$ 22,3 milhões. O Instituto Nacional do Câncer perderia R$ 8,9 milhões, a Fiocruz R$ 6,8 milhões e o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia ficaria sem R$ 6,6 milhões. Sem condições”, escreveu Carlos Lula.

O problema é que a crítica de Carlos Lula acaba atingindo diretamente muitos aliados, afinal a Bancada Federal do Maranhão é composta na maioria por políticos que pertencem ao grupo do governador Flávio Dino.

E, até o momento, da Bancada do Maranhão apenas o deputado federal Eduardo Braide (Podemos), se posicionou publicamente contra o aumento do Fundo Eleitoral.

O Congresso Nacional tenta aprovar o aumento do Fundo Eleitoral para 3,8 R$ bilhões, mas a tendência é que o Governo Bolsonaro vete a iniciativa, por conta disso, já existe a perspectiva de um recuo da classe política, quando da votação do Orçamento.

É aguardar e conferir.