“A política é feita de gestos, mas sobretudo de confiança. Não se faz a boa política sem confiança”, declarou o deputado federal e candidato ao Senado pelo PSDB, José Reinaldo Tavares.

A frase é uma referência direta ao vínculo político com o deputado estadual e agora candidato a deputado federal, Eduardo Braide (PMN) pela coligação Coragem e União para Fazer um Maranhão Melhor.

Reinaldo enfrentou uma saraivada de críticas por defender uma terceira via na disputa pelas eleições deste ano no Maranhão, personificada na figura de Braide e despertou até mesmo a insatisfação de alguns tucanos, insuflados por interesses que quase o fizeram perder a disputa pela candidatura ao Senado Federal. No final, conseguiu com muito esforço viabilizar o que seria um caminho natural na trajetória política de ex-governador e ex-ministro, a candidatura ao cargo de senador.

De todos os pré-candidatos ao Senado pelo Maranhão, sem dúvidas nenhum enfrentou os maiores obstáculos para homologar sua candidatura do que o deputado federal Zé Reinaldo.

Considerado o avalista do ingresso do governador Flávio Dino na política, Tavares foi solenemente preterido pelo chefe do Executivo maranhense que, num gesto de ingratidão, sequer justificou a falta de apoio ao antigo aliado ao Senado. Como se não bastasse o desprezo, Dino escalou uma tropa de choque para se filiar ao DEM, com plantão permanente junto aos caciques do partido em Brasília, pleiteando o controle da legenda, que havia sido anunciado por Reinaldo como seu próximo partido. No ato de filiação ao PSDB, foi saudado pela cúpula nacional tucana como futuro senador pelo partido.

Mesmo assim, o ex-governador passou os últimos meses enfrentando o fogo amigo e as notícias falsas que iria desistir da disputa. Em uma jogada que fez jus à fama de estrategista, Zé Reinaldo não apenas se habilitou oficialmente à disputa como fortaleceu o tucanato maranhense, com a adesão de Eduardo Braide, sem dúvidas, hoje um puxador de votos na capital maranhense.

Agora que o jogo eleitoral começou pra valer, fica a lição de resistência e de confiança que talvez falte a muitos candidatos.