A sindicância instaurada pela Polícia Militar do Maranhão para apurar o escândalo de espionagem da oposição maranhense nas eleições deste ano apontou quatro responsáveis pelo crime.

Segundo reportagem da Folha de São Paulo (reveja), a apuração do caso que ficou conhecido como Polícia Política, poupou claramente o comando da corporação. O trabalho investigativo interno da PMMA diz que os quatro policiais envolvidos foram questionados e deverão apresentar sua defesa para que eventuais medidas sejam tomadas.

O problema é que pela hierarquia existente na Polícia Militar e a gravidade do fato, é difícil acreditar que um oficial, sem autorização do comando e/ou do Palácio dos Leões, resolvesse determinar tal ordem aleatoriamente.

Os deputados oposicionistas Adriano Sarney (PV) e Andrea Murad (PRP) comentaram, ontem, o resultado da apuração da Polícia Militar do Maranhão (PMMA) para o escândalo de espionagem envolvendo a corporação.

“Essa versão é a mais conveniente para o governo, mas todos sabem que não aconteceu dessa forma. Sabemos que o Coronel Heron é pau mandado do Rubens Pereira, pai do deputado Rubens Jr, do PCdoB, e sabemos também que tudo isso foi a mando de Flávio Dino e do comando da PMMA”, disse a parlamentar do PRP.

Para Adriano, a sindicância acabou confirmando que a prática de “fichar” adversários foi uma novidade implantada pelos comunistas.

“A sindicância comprovou que esta prática é inédita no Maranhão e que a ordem veio de fora do comando, mas foi prontamente executada. Isto demonstra a perseguição e a desorganização vigente no governo comunista”, destacou.

Andrea Murad anunciou que formalizou um pedido para ter acesso ao inteiro teor da conclusão da sindicância e que seguirá cobrando posicionamento do Ministério Público do Maranhão e da Procuradoria Regional Eleitoral no Maranhão.

“Percebo que estão jogando toda a culpa nos policiais que apenas cumpriram ordens e por isso deverão sofrer as consequências, por via de regra, serão responsabilizados pelo regime disciplinar, no âmbito administrativo, por improbidade, por abuso eleitoral e até criminalmente. E vou continuar cobrando do Ministério Público Estadual, da Procuradoria da República e do Ministério Público Eleitoral que investiguem o caso”, completou.

Lembrando que a Justiça Eleitoral ainda não se posicionou diante do fato, já denunciado como abuso de poder político por parte do governador Flávio Dino.

Sendo assim, é melhor aguardar e conferir.