Está gerando forte expectativa nos meios políticos a entrevista dada pela ex-secretária adjunta de Saúde do governo Flávio Dino (PCdoB), Rosângela Curado (PDT). Presa em 2017 sob acusação de desvios de R$ 18 milhões, Curado falou a uma emissora de TV de Imperatriz, que vem anunciando a pauta e abalando as estruturas do comunismo maranhense.

Filiada ao PDT desde 2014, Curado é suplente de deputada federal e foi auxiliar de Flávio Dino desde o início do mandato do comunista. Em 2016, Dino chegou a exigir a retirada da candidatura do PCdoB em Imperatriz para apoiar a da aliada, carregando-a pelos braços na cidade.

Veio aí o primeiro escândalo, quando comunistas espalharam na cidade – às vésperas da eleição – um vídeo em que ela aparece bêbada, vomitando, em uma blitz do bafômetro.

Derrotada nas eleições de Imperatriz, Rosângela voltou ao governo, até ser pilhada pela Polícia Federal, acusada de ser uma das articuladoras de uma organização criminosa que roubava dinheiro da Saúde no Maranhão. Desde então, a ex-auxiliar passou a ser evitada por Flávio Dino.

Mas agora ela resolveu falar. E pelo que anuncia a emissora de TV, falará tudo mesmo. Ainda sem previsão de ir ao ar, a entrevista já é vista como um dos fatos políticos deste início de campanha eleitoral. E os comunistas andam abalados com a expectativa.

Contagiosa – Há duas semanas, Flávio Dino e seus auxiliares estiveram em um evento político do PDT em Imperatriz.

Chamou atenção o fato de Rosângela Curado não estar em nenhum evento, como se tivesse sido orientada a não sair de casa.

Para comunistas, pedetistas e outros membros do governo, a ex-secretária adjunta teria hoje uma contagiosa espécie de doença política.

Estado Maior