Tem incomodado muito os aliados que ainda se mantêm nas hostes comunistas o histórico de ingratidão que marca a curta carreira política do governador Flávio Dino (PCdoB). Aos poucos, o comunista vai criando uma imagem de traidor e de pouco afeito à gratidão àqueles que se dedicam – ou se dedicaram – a construir sua imagem política.

A decepção com a postura ingrata de Flávio Dino não vem apenas do ex-governador José Reinaldo Tavares – último a admitir que, de Dino, não poderia esperar nada que tivesse relação com a gratidão – mas de vários políticos que estiveram, ou que ainda estão ao lado do governador.

A família do ex-governador Jackson Lago jamais perdoou Dino pelo que ele fez em 2010, quando saiu pelo Maranhão a criticar a imagem do líder pedetista em nome de sua própria eleição. O senador Roberto Rocha também se ressente de ter sido abandonado após a campanha de 2014; o ex-prefeito Sebastião Madeira ainda teve de suportar a perseguição do próprio governo que ajudou a eleger.

Situação ainda mais grave é a do deputado federal Waldir Maranhão (Avante), que se desmoralizou nacionalmente ao fazer favor para Dino e, hoje, é ignorado em seus pleitos eleitorais.

Por todo esse histórico, muitas lideranças temem ser a próxima vítima da ingratidão de Flávio Dino, que só tem olhos para os seus. E como se dizia nos tempos da vovó: “Ingratidão tira afeição”.

Estado Maior