Por diversas vezes já foi demonstrado aqui, e iremos comprovar mais uma vez, que se teve um setor em que o Maranhão retrocedeu bastante no Governo Flávio Dino foi na Saúde. Infelizmente essa triste realidade fez mais uma vítima fatal.

Morreu, na madrugada de sexta-feira (26), o aposentado Raimundo Borges no Hospital Socorrão 2, em São Luís. Ele era morador da cidade de Pinheiro e dependia do tratamento de hemodiálise na capital do Maranhão, distante 341 quilômetros de onde ele vivia. Desde 2017 Raimundo falava que estava cansado do sofrimento para conseguir se tratar.

Durante três anos, Raimundo e outros pacientes faziam uma jornada até uma clínica em São Luís para fazer hemodiálise três vezes por semana. A viagem de Pinheiro até a capital dura até dez horas por dia dentro de uma van. O trajeto inclui uma viagem de ferry boat de quase uma hora e meia, em que a van tem que ficar desligada e os pacientes sem ar-condicionado no interior do veículo. Como resultado, os pacientes chegam à clínica exaustos. As longas viagens também contribuíram para que Raimundo ficasse cada vez mais debilitado.

Em Pinheiro deveria ter uma clínica de hemodiálise funcionando desde 2015, mas as obras estão a passos lentos, assim como as outras clínicas que também já deveriam ter sido inauguradas em outras seis cidades do Maranhão.

Em 2014, sete milhões e meio de reais foram liberados para essas obras. Em Chapadinha, localizado a 247 Km de São Luís, as obras não começaram, apesar dos quase dois milhões e meio de reais liberados.

O repórter da TV Mirante, Alex Barbosa, que tem acompanhado de perto o sofrimento de pessoas como o senhor Raimundo Borges, fez outra reportagem sobre o descaso do Governo Flávio Dino com os pacientes de hemodiálise no Maranhão. Veja abaixo.
 

A reportagem deverá ser exibida nacionalmente pela TV Globo e, mais uma vez, o Brasil verá a triste realidade da Saúde do Maranhão.