Mesmo após a decisão da direção nacional do PSDB – até então sob o comando de Tasso Jereissati – de destituí-lo da presidência estadual tucana, o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, não entrega os pontos.

Os discursos de Brandão e suas tentativas na Justiça de evitar sua retirada da presidência do PSDB refletem medo do descaso que terá por parte de seus aliados no governo.

Explica-se: Brandão sabe que sem uma moeda de troca forte, seu empenho político dos últimos anos significará nada para o governador Flávio Dino (PCdoB) e seus asseclas. Sem força partidária, para os comunistas significa um ser sem importância.

E como as pretensões do vice passam pela disputa à Câmara dos Deputados, não basta se mostrar empenhado em defender o governo. É preciso ter o que dá em troca. E pelo desenrolar de todo o processo envolvendo os tucanos, ele tem pouco o que oferecer a Dino. Pelo menos do ponto de vista prático.

O que Brandão faz agora é mostrar que mesmo em circunstâncias desfavoráveis estará ao lado do governador, a qualquer custo. A dúvida é se isso terá alguma importância para Dino e os demais comunistas. E outra: sem partido, ele conseguirá o apoio esperado de Flávio Dino?

Não se descarta, claro, a possibilidade de, em nome da unidade tucana, o vice decida continuar no PSDB e, assim, apoie a candidatura de Roberto Rocha a governador do Maranhão.

Dentro dos debates travados nos bastidores, Brandão continua pensando que para ele o melhor é buscar outra legenda e contar com o reconhecimento de Flávio Dino, por todo esforço e gestos feitos pelo PSDB enquanto comandou o partido.

Estado Maior