O governo comunista de Flávio Dino entrou, definitivamente, na fase da venda de espaços na administração pública. E o preço é um só: apoio eleitoral nas eleições de 2018. O comunista faz exatamente tudo o que ele sempre disse condenar porque – ao contrário do que prega – está mesmo interessado na manutenção do poder. E o discurso da “mudança” serviu apenas aos interesses eleitoreiros do seu grupo.

A última “venda” de espaços se deu ao ex-prefeito de Imperatriz, Ildon Marques (PSB), que ganhou uma Agência de Articulação Regional prontinha para indicar aliados. O espaço para Marques não foi apenas um cabide, mas uma “arara” inteira para pendurar aliados às custas do erário público.

Mas o loteamento comunista começou bem antes; primeiro com o PR, que negociou apoios em troca de cargos e espaços de poder. Depois, o PP foi na mesma esteira e conseguiu a Secretaria de Esportes e Lazer.

E a temporada de negociação de apoios deve continuar, com outros partidos e também com lideranças específicas, que indicam cargos e garantem a aliança de 2018.

Por mais nefasta que a prática adotada por Flávio Dino pareça, ela também encerra em si uma verdade que ele não poderá contestar: se está disposto a vender o seu governo em troca de apoio político, é porque o governador sabe que não tem toda essa força que ele diz ter.

E mostra também que, ao contrário do que prega, o comunista está disposto a tudo para permanecer encastelado no Palácio dos Leões. Nem que precise lotear o serviço público. E o povo paga a conta mais uma vez.

Anticomunista – A cooptação do ex-prefeito de Imperatriz, Ildon Marques, é um duro golpe na imagem que ele próprio criou na região.

Há diversos vídeos, áudios e declarações do ex-prefeito sobre os comunistas, figuras às quais ele não demonstrava o menor apreço. A entrada no governo – em troca de cargos – fará com que Marques tenha de dar explicações quase diárias ao eleitorado imperatrizense.

O tempo passa – Em 2016, o senador Roberto Rocha (ainda PSB) fez uma opção em Imperatriz, ao defender a candidatura de Ildon Marques contra o também ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB).

Rocha dificultou as coisas para o tucano, articulou a campanha de Marques e posou em várias fotos ao lado dele. Ironia do destino, hoje é Madeira quem fortalece as posições de Roberto Rocha, enquanto Marques vira-lhe as costas, se unindo aos próprios adversários de 2016.

Coluna Estado Maior