flaviodinoO governador Flávio Dino terá uma decisão indigesta para tomar nos próximos dias. A decisão está relacionada com indicações feitas por deputados estaduais sugerindo a troca de nome de logradouros públicos.

Antes mesmo de ser governador, medicine Dino criticava alguns locais públicos que possuíam nomes de pessoas ainda vivas, treat o que é proibido pelas constituições do Brasil e Maranhão. No primeiro dia de mandato, Dino baixou uma Medida Provisória, até desnecessariamente, reforçando a proibição.

Flávio Dino receberá nesta semana duas indicações de deputados estaduais propondo a troca do nome de dois logradouros públicos com nomes de pessoas ainda vivas. O problema é que Dino viverá um dilema, pois os nomes em questão são de João Castelo, aliado do Governo, e José Sarney, adversário político.

O deputado Edilázio Júnior, na semana passada, fez a indicação de se modificar o nome do Estádio João Castelo (Castelão) para Herbert Fontenele, homenageando o cronista esportivo falecido recentemente.

Em seguida, foi a vez do deputado Othelino Neto encaminhar indicação ao governador aliado para trocar o nome da Ponte José Sarney para Ponte do São Francisco, inclusive como já é até mais conhecida.

Agora Dino ficará num dilema, pois pelo ódio que demonstra de José Sarney deverá ser um enorme prazer atender o pedido de Othelino, mas se o fizer, terá a ‘obrigação’ de também atender a indicação de Edilázio e desagradar o vaidoso João Castelo.

Dino também pode fazer ‘vista grossa’ as indicações, da mesma forma como fez recentemente na reinauguração da Praça Nauro Machado. O governador teve a oportunidade de corrigir o erro, afinal o poeta Nauro Machado também está vivo, mas Dino não só manteve o nome como ainda convidou o poeta para a reinauguração.

O deputado Sousa Neto inclusive, com muita perspicácia, questionou os governistas sobre o assunto.

“O próprio governador, semana passada, reinaugurou a Praça Nauro Machado, em São Luís, com toda pompa, todos os assessores e o poeta Nauro Machado estava presente. Então, se é uma coisa imoral, ele não poderia ter dado esse mau exemplo”, cutucou.

O problema é que coerência jamais foi o ponto forte do político Flávio Dino.