O deputado Aluisio Mendes acionará as autoridades competentes esta semana para que sejam tomadas medidas urgentes para acabar com o clima de tensão vivido pelas famílias residentes em uma área entre os municípios de Viana, Penalva e Matinha que estão tendo suas propriedades invadidas por supostos “índios gamela”. Ele esteve domingo na comunidade Santeiro, em Viana, pedindo que a comunidade aguarde providências dos órgãos federais e não recorra à violência para tentar resolver o problema. Mas viu de perto como os moradores estão aterrorizados pela ação dos invasores, que chegaram a trocar tiros e a ferir pessoas em uma fazenda nas proximidades.

“Em setembro do ano passado, eu e representantes da comunidade estivemos em audiência com o presidente da Funai e com o então ministro da Justiça, alertando para o risco de ocorrer um confronto violento entre os invasores e os moradores das áreas ocupadas. Na semana passada voltamos a pedir providências, agora ao novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, e ele nos garantiu que enviará uma equipe da Funai a Viana, para fazer um levantamento da situação, já que até agora essas pessoas não são reconhecidas como índios. Não podemos esperar que ocorra essa tragédia anunciada”, destacou Aluisio Mendes.

Por solicitação do deputado, dois agentes da Polícia Federal foram enviados para acompanhar a reunião com os moradores do Santeiro, em Viana. Esta semana, Aluisio Mendes vai relatar ao ministro da Justiça o que viu na comunidade Santeiro, os relatos de idosos e outros moradores que tiveram suas casas invadidas, além de terem suas criações roubadas.

“Na reunião em que ouvimos o apelo das famílias ameaçadas, pedimos que eles evitassem o confronto e aguardassem uma solução pacífica, pois vamos acionar as autoridades competentes para que as providências cabíveis sejam tomadas, e que a segurança e tranquilidade das pessoas sejam restabelecidas”, enfatizou ele.

O deputado também vai pedir providências ao Ministério Público, estadual e federal, e ao Judiciário, para que haja uma solução definitiva sobre a posse dessas propriedades, já que os moradores prejudicados afirmam que os invasores não são índios.