O episódio envolvendo os chamados “aluguéis camaradas” do governo Flávio Dino (PCdoB) foi marcado por coincidências desde o seu início.

Foi coincidência, segundo afirmação do bisecretário Márcio Jerry, que a casa da Aurora alugada pela Funac – que pagou R$ 172 mil sem usar o imóvel – pertença a um membro do PCdoB e já tenha sido usada como comitê se campanha. É coincidência também que o imóvel alugado pela mesma Funac, na Rua das Cajazeiras – e pelo qual também foram pagos R$ 720 mil sem que o governo tenha usado o imóvel – pertença a parentes da construtora que indicou à secretária de Cidades do mesmo governo.

É coincidência que o governo tenha alugado também um imóvel no Centro de São Luís pertencente à família da mulher do governador comunista.

Mas nenhuma das coincidências é tão significativa quanto o fato de que todos os imóveis alugados pelo governo estavam com problemas estruturais ou legais na época do aluguel. E foi justamente o pagamento antecipado que ajudou os proprietários a corrigir esses problemas.

Foi assim com o imóvel da Aurora e o da Rua das Cajazeiras. Curiosamente (ou coincidentemente?), os dois imóveis só passaram a entrar em obras após as denúncias da imprensa.

E está bem aí o problema: pelos contratos de aluguel, os imóveis têm que ser entregues ao governo em plenas condições de uso. Mas, nos casos dos imóveis da Funac, o governo alugou e antecipou meses de aluguel antes de usar o imóvel e ainda gastou outros milhares de reais em reformas. E isto não foi nenhuma coincidência.

Estado Maior