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Um dos pilares do discurso de campanha do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), era o de que ele faria um governo para todos, focado em desenvolver o Estado e diminuir as desigualdades.

Em relação à primeira promessa, ainda não há dados para se avaliar a gestão – embora o comunista já esteja pressionado por recentes avaliações do Unicef e do Atlas Brasil que apontam melhora do Maranhão em rankings de desenvolvimento -, mas sobre a desigualdade o discurso começa a ruir.

Segundo dados do chamado “Índice Gini”, o Maranhão registrou uma alta na desigualdade – expressa pelo aumento da concentração de renda – ao fim de 2015, primeiro ano do governo Flávio Dino.

Os cálculos do estudo foram feitos pelo Bradesco e haviam sido divulgados ainda no primeiro semestre de 2016, mas ganharam pouca repercussão no estado – é claro, os comunistas não fizeram qualquer questão de debater o tema.

Segundo esse levantamento, o rendimento do trabalhador maranhense passou de 0,49 no quarto trimestre de 2014 para 0,51 no quarto trimestre de 2015.

O Bradesco explica em sua análise que, quanto mais próximo de zero estiver o índice, mais igualitária é a distribuição da renda. Ou seja: piorou a distribuição de renda no Maranhão no primeiro ano de governo comunista, na comparação com o último ano da gestão da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB).

É claro que os aliados de Dino dirão que este não é um problema de gestão, mas reflexo da crise que se abateu sobre o país, com mais força a partir daquele ano.

A estes, basta mostrar que entre os estados onde a desigualdade caiu, apesar da crise, estão alguns do Norte e Nordeste, como Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Bahia, Tocantins, Rondônia e Roraima.

Coluna Estado Maior