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Se já não bastasse tudo o que foi dito e comprovado pela Oposição e também questionado pelo juiz Clésio Cunha, click sobre o contrato do DETRAN e a BR Construções, view o jornal O Estado do Maranhão apresentou novos documentos que indicam novas irregularidades.

Desta vez o erro é grosseiro e incontestável. Documentos mostram que a data das propostas de prestação de serviços foram apresentadas antes mesmo de o diretor administrativo do departamento, João Guilherme Braga, ter solicitado ao diretor-geral, Antônio Nunes, a contratação emergencial de servidores.

Será que os autores das propostas adivinharam? A data em que João Guilherme Braga solicitou a contratação, por meio do memorando 36/2015, é 15 de janeiro deste ano. Neste documento, o diretor administrativo do DETRAN requere a contratação em caráter emergencial de pessoa jurídica, especializada em mão de obra terceirizada para prestação deserviços administrativos.

No entanto, o diretor-geral do Detran, Antônio Nunes, recebeu as três propostas de empresas dispostas a prestar o serviço três dias antes da solicitação do diretor administrativo. Conforme documentos acima atestam.

As empresas BR Construções Serviços LTDA, Limpe Serviços e D. Limpezas e Serviços Gerais encaminharam ofícios com suas propostas ao Detran no dia 12 de janeiro, ou seja, três dias antes da solicitação.

Além da data ser anterior ao memorando de João Guilherme Braga, os ofícios de cada empresas trazem outro detalhe que chama a atenção: em todos os três documentos o assunto de que trata cada ofício é de proposta para prestação de serviços de advocacia.

E o pior é que depois de tudo isso, o Governo do Maranhão, na gestão do governador Flávio Dino, que prometeu ser transparente nas suas ações, ao invés de suspender um contrato com tanta “suspeita” e erros grosseiros, como esse apresentado hoje, preferiu recorrer a Justiça e comemorar uma liminar para validar o absurdo contrato entre o DETRAN e a BR Construções.

Mesmo com todo esse escândalo, a única preocupação demonstrada pelo governador é saber como jornalistas estão conseguindo as informações privilegiadas do cabeludo e tenebroso contrato.

Flávio Dino perdeu uma excelente oportunidade de demonstrar na prática, o que promete na teoria sobre corrupção, afinal não custava nada ter anulado o tal contrato e reiniciado todo o processo com transparência e lisura, ou custava, meu caro governador?