Rogério Cafeteira e a sua lucidez

Enfim algum deputado lúcido na Assembleia Legislativa do Maranhão. O jovem parlamentar e de primeiro mandato, Rogério Cafeteira (PMN), foi o único até agora a reconhecer o papel da imprensa no caso dos 18 salários.

Enquanto que os deputados mais antigos, portanto mais experientes, não estão tendo a capacidade de conduzir a crise, ao contrário estão jogando mais lenha na fogueira, coube a Cafeteira tentar fazer com que os deputados estaduais caiam na real e saiam de um embate que jamais conseguirão vencer.

“Eu acho que não adianta entrar num conflito com a imprensa, porque eles também estão no papel deles. Acho que podemos questionar o tipo de edição que é feito, uma edição às vezes maldosa com alguns deputados, pois retiram algumas palavras ou frases soltas e fora do contexto real”, declarou Cafeteira.

O parlamentar ainda fez questão de salientar que os próprios deputados precisam fazer uma reflexão sobre o assunto.

“A imprensa, na sua maioria, é feita de bons profissionais e de boas empresas, e não podemos generalizar. Em todas as classes existem os bons e os ruins. E acho que também é necessário fazermos a nossa mea-culpa” afirmou.

No entanto, Rogério Cafeteira foi uma exceção, pois aqueles deputados que voltaram a falar sobre o assunto na Sessão Ordinária desta quarta-feira (12), mais uma vez criticaram a postura do Sistema Mirante no caso dos 18 salários.

“Então a TV Globo, a TV Mirante aliada, a Rádio Mirante aliada e os blogueiros, se assim quiserem, podem continuar com a luta porque, se for para falar de imoralidades, eu acredito que muitas imoralidades existam no Sistema de Televisão Brasileira. Muitas imoralidades existem nos financiamentos de governos: financiamento do governo federal, financiamento de governo estadual, financiamento de governo municipal, então era preciso também que se falasse isso”, declarou Tatá Milhomem.

Milhomem só esqueceu que a sua fala apenas retrata a incompetência dos parlamentares brasileiros, pois se há imoralidades nos financiamentos dos governos, quem teria o papel de fiscalizar? Resposta: as Casas Legislativas.

Apesar de mais comedido, Milhomem escolheu trilhar pelo mesmo caminho que seguiram Manoel Ribeiro e Raimundo Cutrim, o embate com a imprensa e a população maranhense e brasileira.

Ainda sobre o assunto, o Blog recomenda a leitura do texto do amigo Marco Aurélio D’Eça “Um choque de gerações na Assembleia…”