Zé Reinaldo aumenta o tom sobre as eleições de 2022

por Jorge Aragão

O ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, foi o entrevistado nesta quinta-feira (06), na TV Mirante, e voltou a falar sobre as eleições 2022, principalmente sobre o nome ideal para substituir o governador Flávio Dino no Palácio dos Leões.

O nome membro da gestão comunista, mais uma vez, deixou claro que o vice-governador Carlos Brandão é quem tem respaldo e totais condições de dar continuidade ao governo de Flávio Dino.

“O Flávio convidou o Carlos Brandão para ser vide duas vezes. A primeira teve uma junção política, mas a segunda, não. A segunda foi uma escolha direta e a mais importante do governador sem a interferência de ninguém. Isso mostra uma confiança no Brandão. O Brandão significa a continuidade do governo do Flávio. Qual é o governador que não quer ver as suas ações principais, a sua direção preservada depois que ele sair. E, é uma pessoa que dá absoluta tranquilidade ao Flávio de que ele pode ir para o Senado, mas conta com o estado”, afirmou.

Só que desta vez Zé Reinaldo acabou, de certa forma, subindo o tom sobre a unidade do grupo político comandado por Flávio Dino. Apesar de ter sempre ressaltado que será feito de tudo para não acontecer nenhuma ruptura, o ex-governador também deixou claro que quem não seguir a decisão do governador estará automaticamente fora do grupo dinista.

“Hoje na política, qualquer candidato mais viável vai sair do grupo do governador. So que é o seguinte, é um jogo de poder e o jogo de poder não tem essa compreensão, não é como uma rivalidade futebolística. Não tem conversa. Então, se ele disse que vai juntar todo o grupo em torno da escolha dele. Se alguém contestar essa escolha dele dentro do grupo está fora do grupo Vai ser tratado como uma pessoa fora do grupo. É um jogo de poder. É assim que se faz”, finalizou Zé Reinaldo.

É aguardar e conferir, mas o recado foi dado.

Em artigo, Roberto Rocha responde à José Reinaldo Tavares

por Jorge Aragão

Por Roberto Rocha

Eu perdi uma eleição amarga, enfrentando duas máquinas onipresentes na política do Maranhão, e ainda o surgimento de um novo fenômeno político nacional que contribuiu para afastar as possibilidades do PSDB surgir com chances de crescimento.

De todos os grandes partidos, fomos o único com presença nacional que não se aliou às duas candidaturas principais. Minha candidatura, montada pelo PSDB para ajudar o palanque de Geraldo Alckmin – homem público que honra a vida nacional – representou um esforço enorme que, por conta das circunstâncias que todos conhecem, acabou num ponto cego do radar eleitoral.

Ainda assim, não sou daqueles que buscam culpados para as vicissitudes da política. Há que aprender as lições e seguir em frente. Por isso estranhei quando o ex-governador José Reinaldo, de posse dos resultados eleitorais, apontou um único culpado pela derrota de seu pleito. E esse culpado seria eu!

Mas não fui eu que ofereci a ele a única chance de competir por um partido com tempo de televisão e fundo eleitoral? Não fui eu quem prestigiou a sua chegada ao PSDB com a presença em meu gabinete de lideranças nacionais do partido?

E pior, ele ainda guarda palavras de elogio em seu artigo ao atual governador, que de forma infame o escorraçou, e guarda silêncio a quem com tanto sacrifício, Madeira e Alckmin, lhe dispensaram todas as honras para viabilizar a sua candidatura. Para agradar o governo comunista, e conseguir no próximo ano um emprego, será que precisa ser tão medíocre?

“A mão que afaga é a mesma que apedreja”, lembrando os versos do poeta Augusto dos Anjos, que compara a ingratidão a uma pantera.

Não posso deixar de lembrar disso, ao saber a bisonha explicação que foi a ausência do filho de um ilustre vereador de Caxias na sua chapa que tirou-lhe as chances de competir. O que mais dizer?

Que todos os candidatos a deputado do partido assinaram um documento manifestando apoio a candidatura de Waldir Maranhão e Alexandre Almeida, mas que eu contornei, e depois de muita conversa acatamos a indicação da irmã do prefeito de Pinheiro para compor a chapa de José Reinaldo? Que ele foi o único que recebeu 100% da verba do fundo eleitoral, a que nem mesmo eu recebi integralmente? Que fez sua campanha no Rádio e na TV e nos impressos sem citar os nomes dos candidatos a governador e presidente da República do partido que financiava sua campanha?

Ele sabe que eu só tinha a candidatura registrada, mas na maior parte do tempo fiquei com minha família, por causa do grave problema de saúde com meu filho. Sabe que estou em São Paulo, com meu filho, que está internado no hospital fazendo quimioterapia. Sabe que bem no início da campanha meu filho teve agravado seu estado de saúde. Sabe que naquele momento só não retirei oficialmente a candidatura para não ser acusado de estar a serviço do adversário. Sabe que os poucos programas que gravei eram frequentemente repetidos, e que no final foi contratada uma atriz porque não conseguia mais gravar. Ele sabe que esperei, em casa, a única oportunidade de estabelecer o contraste, a diferença, entre os candidatos a governador, que foi o debate da Globo/Mirante. Nunca fui a uma reunião com nossa equipe para me preparar para esse debate, que foi o primeiro da minha vida. E foram feitas quase 10 reuniões.

Fiquei em casa, vivendo os dias mais difíceis da minha vida, à beira de uma depressão, bebendo para dormir, e acordando para beber. Uns preferem se drogar, outros se suicidar, a minha fuga da realidade era dormir. Nunca chorei tanto em minha vida, mas escondido.

Não é tarefa fácil para um pai parecer forte diante da enfermidade grave de um filho querido e amado. Eu pensava que era um homem forte, mas agora eu conheço minhas maiores fraquezas, meus limites.

Então agora, com os resultados conhecidos, o culpado pela derrota do ex-governador e do PSDB foi Roberto Rocha? Decerto ele sabia, desde o início, do tsunami eleitoral que varreria o pleito. Decerto sabia que ainda assim, a bordo do PSDB, teria a única chance de vitória. Ele diz que foi uma exceção, num deserto de ideias. Que foi o único que discutiu propostas para o Maranhão. Pois é. Durma-se com um barulho desses.

Termino mais uma vez lembrando o poeta. “Ninguém assistiu ao formidável enterro de tua última quimera. Somente a ingratidão, esta pantera, foi tua companheira inseparável.”

E meu saudoso pai me ensinou: “Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas”. E eu completo: Para quem está morrendo afogado, jacaré é tronco.

Faltando três dias para a convenção, o impasse continua no PSDB

por Jorge Aragão

Mesmo faltando três dias para a convenção do PSDB, marcada para o dia 04 de agosto, ainda permanece um problema grande para os Tucanos resolverem. Quais serão os dois candidatos ao Senado???

O PSDB confirmará o senador Roberto Rocha como candidato ao Governo do Maranhão, mas até o momento não definiu o nome do candidato a vice-governador e muito menos os dois candidatos ao Senado.

Três deputados – Zé Reinaldo, Waldir Maranhão (ambos federal) e Alexandre Almeida (estadual) – seguem como pré-candidatos, mas apenas dois irão efetivamente disputar o Senado pelo PSDB.

Roberto Rocha assegurou, desde quando Waldir Maranhão chegou ao PSDB, após ser traído por Flávio Dino (PCdoB), que o problema seria solucionado através do diálogo, mas até o momento nenhum dos três pré-candidatos deu qualquer sinal de desistência.

Sendo assim, restam apenas três dias para a tão esperada definição.

É aguardar e conferir.

Roberto Rocha confirma Waldir e Alexandre na chapa do PSDB

por Jorge Aragão

O pré-candidato ao Governo do Maranhão pelo PSDB, Roberto Rocha, confirmou na manhã desta sexta-feira (15), que os deputados Waldir Maranhão (federal) e Alexandre Almeida (estadual) serão os dois candidatos do PSDB ao Senado Federal.

A declaração rifa a pretensão do deputado federal Zé Reinaldo, que chegou ao partido justamente para disputar o Senado, após ser traído pelo seu “afilhado político” o governador Flávio Dino (PCdoB).

Só que agora, depois ter o aval do PSDB e fechado a janela partidária, Zé Reinaldo parece ter sido enganado mais uma vez.

“O nosso partido tem um projeto para o Maranhão, aqui está os nossos pré-candidatos ao senado, Waldir Maranhão e Alexandre Almeida que caminham conosco. Nós unidos e pela vontade do povo iremos trazer mais desenvolvimento econômico e social para a nossa população”, afirmou Roberto Rocha na cidade de Carutapera durante a passagem da ‘Caravana da Esperança’.

Agora é aguardar e conferir o posicionamento do deputado Zé Reinaldo.

A indiferença de Dino a Zé Reinaldo…

por Jorge Aragão

A indiferença do governador Flávio Dino ao ex-governador José Reinaldo, durante encontro de prefeitos, terça-feira, 4, chamou a atenção dos gestores.

Para eles, o desprezo do comunista é uma espécie de ingratidão àquele que atuou de todas as formas para vê-lo na política.

Tavares espera, até hoje, uma declaração de Dino em favor de seu projeto de candidatura a senador.

 

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão