fotoAinda continua repercutindo muito a operação da Polícia Militar de reintegração de posse na Vila Luizão, treatment que de teve um desfecho trágico com a morte de um jovem de 19 anos, Wagner Barros dos Santos.

A operação, de uma maneira geral, foi repleta de erros que acaba saltando aos olhos. O primeiro grande equívoco parece ter partido do próprio comando da Polícia Militar do Maranhão, que estranhamente não convocou exclusivamente a Tropa de Choque da PM para realizar a operação.

O Batalhão do Choque além de ser especializado nesses tipos de operações, não trabalha com armas letais, justamente por partir do pressuposto que a polícia não está tratando com bandidos de alta periculosidade.

No entanto, após a morte do jovem o Governo Flávio Dino emitiu mais uma daquelas notas açodadas e cheias de erros, alguns até primários.

Na Nota, até de maneira covarde, o Governo responsabiliza exclusivamente o Cabo da PM, Marcelo Monteiro dos Santos, pois afirma que a ação do militar foi uma ação isolada. Quem escreveu a Nota parece não saber nem o local onde foi realizada a operação, já que diz que foi uma desocupação de um prédio, quando na realidade se tratava de um terreno.

A Nota também ainda antecipa uma prisão que cabia apenas a Polícia Civil decidir, pois já antecipava que o militar já estava preso e que seria autuado em flagrante delito na Delegacia de Homicídios.

A atitude covarde do Governo Flávio Dino repercutiu negativamente em meio a corporação, pois tentou responsabilizar um único militar. No entanto, a atitude tanto não foi “isolada” como afirmou a Nota, que mais um policial, o Cabo Janilson Silva dos Santos, também 8º Batalhão de Polícia Militar do Calhau, foi preso. Além disso, cinco armas de fogo foram apreendidas, o que demonstra que a atitude equivocada não foi exclusivamente de um único militar.

Vale lembrar que essa não é a primeira Nota descabida e ceifada de erros que o Governo Flávio Dino emite em episódios envolvendo militares. No caso da execução de Vitória do Mearim, o Governo foi obrigado a emitir três notas, uma desmentindo a outra, até chegar a verdade dos fatos.