STF frustra a expectativa de Flávio Dino

por Jorge Aragão

Os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, ao analisar dois habeas corpus dos advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, frustraram a expectativa do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Mais cedo o comunista apostava na anulação do julgamento e na soltura de Lula.

No entanto, pelo menos até agora, a expectativa de Dino foi frustada, já que o primeiro recurso foi rejeitado e o segundo, onde está sendo questionada a postura do ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, não foi apreciado.

Além da suspeição de Moro, que só será julgada no segundo semestre, a Segunda Turma do STF negou o pedido para que Lula fosse colocado em liberdade até o julgamento.

Flávio Dino comenta ida de Sérgio Moro ao Senado

por Jorge Aragão

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), utilizou as redes sociais para comentar sobre a ida do ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao Senado Federal para explicar sobre trocas de mensagens entre ele e procuradores da Lava Jato, vazadas pelo site Intercept.

O comunista diz que Moro se saiu bem politicamente, mas teria sido um desastre juridicamente.

No entanto, o que Flávio Dino deveria destacar e até se inspirar era na coragem e responsabilidade pública de Sérgio Moro, que nem precisou ser convocado para comparecer ao Senado, foi o próprio ministro que se antecipou e fez questão de ir pessoalmente explicar aos senadores o que teria ocorrido.

Já no Maranhão, comandado por Flávio Dino, a maioria dos seus secretários se acovardam e temem prestar esclarecimentos na Assembleia Legislativa. A base governista não permite que nenhum membro da gestão comunista seja convocado e, como espontaneamente não vão, os deputados, e consequentemente, a população fica sem explicação.

O caso mais recente da total falta de transparência do Governo Flávio Dino foi nesta semana, quando governistas rejeitaram a convocação do presidente da CAEMA, Carlos Rogério, para explicar o desabastecimento de água em São Luís, que durou cinco dias e atingiu mais de 80 bairros da capital.

Bem que Flávio Dino e seus secretários poderiam seguir o exemplo de Sérgio Moro.

Moro: entre a vingança e o medo

por Jorge Aragão

Por Abdon Marinho

AINDA não sabemos toda a extensão das conversas do ex-juiz Sérgio Moro com os procuradores da Operação Lava Jato e/ou os advogados das partes (por que não divulgam?) – e, já disse, não me comprometo com crimes de quem quer que seja –, mas pelo que se sabe é possível dizer, até agora, que crimes não foram encontrados.

Tenho assistido a um surto histérico de pessoas dizendo que juiz não deve conversar com as partes sobre processos. Se isso é o ideal está muito distante da realidade.
Qualquer um que tenha um processo em juízo – ainda que seja um litígio por um metro de terra, uma disputa de guarda ou a divisão de bens de um casal (e já vi brigarem por uma panela velha) –, o que querem é justamente o contrário: que todos os dias o seu advogado esteja com o juiz pedindo que ele dê prioridade ao seu processo, que o juiz o despache antes de qualquer outro. Ainda que existam milhares de processos à frente do seu.

Estes que estão indignados quando vão litigar em juízo procuram um advogado que tenha “trânsito” com juizes ou desembargadores e/ou laços de parentesco.
Tudo que a parte quer – qualquer parte –, é que o seu advogado tenha uma boa relação com o juiz ou desembargadores que vão julgar suas causas.

Entra-se com uma ação hoje é já no dia seguinte cobra do advogado que vá conversar com juiz. É assim pelo resto da demanda.  O grande desejo da parte é que todo dia o advogado “despache” com o juiz sobre o seu processo. Se o advogado pudesse “morar” no fórum seria o ideal. O mantra é que o advogado precisa de “trânsito”. Não vejo ninguém se escandalizar com isso.

Fortunas são geradas assim, alguém diz que aquele advogado é o que tem “trânsito” e para sua banca migram todos os clientes, pode ser que o causídico não saiba a diferença entre habeas corpus e Corpus Christi.

Conhecimento jurídico, ética ou seriedade é o que menos importa – sei disso porque já perdi diversos clientes por “excesso de honestidade”, já ouvi muito “doutor Abdon ‘briga’ com todo mundo”, “doutor Abdon é muito certinho”.

Um assunto na “ordem do dia” no Maranhão é a acusação de que os governantes estaduais criaram um “estado policial paralelo” cuja missão, supostamente, seria o monitoramento dos desembargadores e seus familiares, juízes, promotores, advogados, jornalistas ou de qualquer outro que pudesse ou possa representar embaraços ao poder estabelecido.

A denúncia deste fato é subscrita por dois delegados de polícia que privaram da confiança do secretário da segurança pública e, pelo menos um, foi condecorado pelo governador, por bons serviços prestados.

O assunto (a espionagem clandestina) é tão sério que o Tribunal de Justiça solicitou investigações da parte do Ministério Público, do Conselho Nacional de Justiça – CNJ e da Polícia Federal.

Trago esse assunto porque outro dia a imprensa noticiou que o secretário de segurança, que figura, em princípio, como investigado por determinação do TJMA, esteve em audiência com o presidente do tribunal que determinou a investigação e que, identificados crimes pelos quais venha a ser denunciado, o julgará.

Exceto por uma notinha ou notícia aqui ou ali, não vi ninguém “estranhando” que uma parte estivesse de conversa com o presidente do tribunal que poderá vir a julgá-lo.
O governador, chefe do secretário, que acha um “absurdo” que um juiz tenha trocado opiniões com o procurador federal, não deve ter achado nada demais que o seu secretário de segurança, que o tribunal mandou investigar por acusações gravíssimas, tenha ido se avistar com quem determinou a investigação.

O próprio governador que também foi juiz – e todo dia faz questão em nos informar disso –, será que se fosse possível “abrir” o sigilo de suas conversas encontraríamos o mesmo conteúdo daquelas do ex-juiz Moro com os procuradores?
Ele – ou qualquer outro –, pode se achar imune à interpretação de uma palavra mal colocada em uma conversa – que não deveria ser, mais é –, privada?
Uma das formas de coibir isso, ao meu sentir, seria proibir que os magistrados falassem com uma parte sem a presença da outra.

Como não existe essa vedação, logo as más interpretações ou ilações sempre ocorrerão ao sabor das conveniências políticas e econômicas do momento. O que existe de concreto, pelos elementos que dispomos até o momento, é a manifestação escancarada da hipocrisia. Pedem a cabeça de um ex-juiz por ter conversado com as partes de processos sem qualquer crime aparente, mas nada acham de estranho na normalidade com que isso ocorre diariamente.

A propósito deste tipo de escândalo, até recordei uma passagem de uma obra de Milan Kundera sobre espionagem nos tempos da ocupação da Thecoslováquia, país que existiu entre 1918 e 1992, pela antiga União Soviética: “O rádio transmitia um programa sobre a emigração tcheca.

Era uma montagem de conversas particulares gravadas clandestinamente por um espião theco que se infiltrara entre os emigrantes, para depois entrar novamente no país com grande estardalhaço. Eram conversas insignificantes, entrecortadas de vez em quando por palavras cruas sobre o regime de ocupação, mas também de frases nas quais os imigrantes se xingavam mutuamente de cretinos e impostores. O programa insistia principalmente no seguinte: era necessário provar que essas pessoas não apenas falam mal da União Soviética (o que não deixa ninguém indignado), mas também se caluniam mutuamente, dizendo palavrões sem a menor hesitação.

Coisa curiosa, dizemos palavrões de manhã à noite, mas se ouvimos no rádio uma pessoa conhecida e respeitada pontuar suas frases com “estou me cagando”, ficamos um pouco decepcionados.”

Por tudo já dito, atribuo esse “cerco” ao ex-juiz e atual ministro Sérgio Moro a duas circunstâncias: a vingança e o medo.

Todos sabemos que desde que o então juiz começou a condenar os donos do poder culminando com a condenação e encarceramento do ex-presidente Lula por corrupção e lavagem de dinheiro, atraiu o ódio e desejo de vingança dos seus devotos. O ex-presidente foi condenado em primeira, segunda e terceira instâncias, mas para os seus fanáticos a culpa é do Moro.

Para eles, ainda que o Lula fosse visto “tirando” literalmente o dinheiro do cofre da nação e levando para sua casa não seria roubo, estava levando por ser a sua casa por ser local mais seguro para guardar o dinheiro público. Mais, se o visse o retirando o dinheiro do cofre, para todos os efeitos não estaria tirando e sim colocando.

Ninguém fala ou revela os diálogos sobre as prisões ou processos dos outros malfeitores. Não foi só o ex-presidente Lula que foi alcançado pela Operação Lava Jato, dezenas de outros cidadãos foram presos, condenados e cumprem pena por seus delitos; bilhões de reais já foram recuperados para os cofres públicos do muito que roubaram da educação, da saúde, da assistência aos menos favorecidos.
Não vimos ainda o conteúdo do vazamento de outras conversas como, por exemplo, com algum advogado de parte. Se têm tudo porque não revelar tudo? O próprio ex-juiz já disse que podem revelar.

Na verdade, não fazem isso porque não interessa. O que de fato importa é o prolongamento da vingança, da suspeição, da dúvida. O que querem é destruir o ex-juiz.
Resta um conluio (este sim, a merecer o nome) entre os aliados do ex-presidente e dos demais criminosos que sonham em reverter suas condenações e, quem sabe, recuperar, pelo menos parte dos recursos públicos que roubaram de nossas crianças, dos nossos pobres, dos nossos enfermos.

A vingança vem também de parte da imprensa nacional e internacional, que foi beneficiada acintosamente pelos governos anteriores, e que agora sentiram que a fonte secou.

Com a obtenção e quebra criminosa do sigilo da comunicação do juiz e dos procuradores, vingam-se, também, do governo Bolsonaro.

Mas o grosso da vingança é mesmo contra o ex-juiz Sérgio Moro, pois junto com ela (vingança) existe também o medo. O medo que ele se torne imbatível numa eleição presidencial futura. A vingança e o medo movem os ataques oportunistas do governador do Maranhão, Flávio Dino e do ex-governador Ciro Gomes. Eles, assim como todos os outros, sabem que o ex-juiz, se não for “abatido” o quanto antes, é uma séria ameaça aos seus sonhos de poder.

Esse medo tem números bem reais: com menos seis meses no cargo de ministro da justiça, já vimos diversas operações de combate ao crime organizado, sequestro de bens, isolamento de criminosos, etc.

O resultado das ações efetivas das forças de segurança sob o comando do ex-juiz se reflete na redução de todos indicadores de violência, só em homicídios a queda foi de 23%(vinte e três por cento), segundo dados do Sinesp, na comparação com o mesmo período de 2018.

Ora, se em seis meses a política de segurança já mostra os resultados aferidos, quanto não se avançará com o passar do tempo, sobretudo, se o Congresso Nacional aprovar o “Pacote Anticrime”?

Os ataques são pinçados e dirigidos contra ex-juiz para desmoralizar sua reputação como vingança e por medo, porque ele representa um sério embaraço a todos que tem como projeto de poder a sucessão de Bolsonaro.

Por isso essa “afinação” entre tantas forças políticas contra ele. Não se iludam, nenhum dos que atacam o ex-juiz Sérgio Moro – os outros são vítimas indiretas –, fazem isso por amor a causa do direito ou da Justiça. Agem motivados pelos próprios – e escusos –, interesses.

Márcio Jerry segue também com as suas incoerências

por Jorge Aragão

Infelizmente não é apenas o governador Flávio Dino que mantém como característica principal na política a incoerência, o deputado federal Márcio Jerry, também do PCdoB, tem seguido o mesmo caminho.

Antes de chegar ao Legislativo, Márcio Jerry estava no Executivo e era considerado por muitos o homem forte do Governo Flávio Dino, talvez por esse motivo não era raro vê-lo reclamando, principalmente nas redes sociais, quando um deputado oposicionista “ousava” apresentar na Assembleia Legislativa um requerimento solicitando a convocação de um membro da gestão comunista.

Agora no Legislativo e na Oposição, eis que o mesmo Márcio Jerry, já confirmou nesta segunda-feira (10) que vai solicitar a convocação do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

“Nesta tarde ingressarei com requerimento de convocação do Ministro Sérgio Moro para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados sobre as graves revelações de ilegalidades por ele cometidas no comando da Lava Jato”, afirmou Jerry.

Nada melhor que um dia após o outro, não é mesmo meu caro Márcio Jerry???

Só espero que Márcio Jerry não dê chilique, caso o seu requerimento não seja aprovado, pois aí seria o cúmulo da cara de pau, afinal quem com ferro fere, com ferro será ferido.

É aguardar e conferir.

A eterna incoerência de Flávio Dino

por Jorge Aragão

No dia 23 de maio, o Blog do Jorge Aragão fez a seguinte postagem: “O covarde silêncio de Flávio Dino”. Naquela oportunidade, o blog cobrava um posicionamento do governador Flávio Dino diante das graves denúncias contra o secretário de Segurança do Maranhão, Jefferson Portela.

Dois delegados – Thiago Bardal e Ney Anderson – tem acusado o secretário Jefferson Portela de monitorar e mandar investigar desembargadores, filhos de desembargadores e políticos no Maranhão. Todas as investigações não teriam autorização e seriam ilegais.

Na referida postagem, no penúltimo parágrafo, o blog chega a questionar que se o denunciado fosse um ministro do Governo Jair Bolsonaro (reveja aqui).

Já no dia seguinte, o deputado federal Edilázio Júnior (PSD), pediu o afastamento de Jefferson Portela do cargo, alegando que diante das graves acusações, o ideal, para uma investigação isenta, seria o seu afastamento (reveja aqui).

No dia 25 de maio, apesar de não se posicionar diretamente sobre o assunto, Flávio Dino, em postagem nas redes sociais, demonstrou apoio ao colega de partido (PCdoB) Jefferson Portela (reveja aqui).

Só que agora, diante das postagens da Intercept Brasil envolvendo o ministro da Justiça, Sérgio Moro, enquanto juiz federal, Flávio Dino apressou-se e sem titubear pediu o imediato afastamento de Moro.

Com isso, Dino segue sempre com sua incoerência latente e adotando os dois pesos e duas medidas, lamentavelmente.

Flávio Dino pede afastamento de Sergio Moro do Ministério da Justiça

por Jorge Aragão

Depois que a Intercept Brasil publicou, na noite do domingo (09), três reportagens exclusivas mostrando discussões internas e atitudes altamente controversas, para alguns politizadas e legalmente duvidosas da força-tarefa da Lava Jato, as manifestações foram as mais diversas possíveis.

As reportagens foram produzidas a partir de arquivos enormes e inéditos – incluindo mensagens privadas, gravações em áudio, vídeos, fotos, e documentos judiciais.

O Intercept Brasil também divulgou alguns trechos e tenta demonstrar que havia combinações entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, desde a divulgação das reportagens não parou de se manifestar nas redes sociais sobre o assunto. O comunista afirma que membros do Ministério Público não podem ter militância partidária e insinua que os atos do juiz Sérgio Moro deveriam ser anulados.

Por fim, mesmo após o agora ministro da Justiça, Sergio Moro, assegurar que não houve direcionamento algum (veja aqui), Flávio Dino defende o seu afastamento do ministério.

É aguardar e conferir.

 

Edlázio pedirá a Moro investigação sobre denúncias de Bardal

por Jorge Aragão

O deputado federal Edilázio Júnior (PSD) afirmou ontem, em entrevista exclusiva concedida ao titular do Blog, na Rádio Mirante AM, que vai encaminhar ofício ao ministro da Justiça, Sergio Moro, com pedido de apuração à denúncia feita pelo ex-superintendente de Investigaçẽs Criminais (Seic), delegado Thiago Bardal, de suposta espionagem da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) a desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão.

A denúncia ganhou forte repercussão na semana passada, após o vídeo do depoimento de Bardal à Justiça ter sido publicado em blogs que fazem a cobertura política no estado.

Na audiência, Bardal afirmou que por determinação do secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, quatro desembargadores seriam alvo de investigação: Guerreiro Júnior, Fróz Sobrinho, Nelma Sarney e Tyrone Silva.

Portela negou em entrevista e disse jamais ter determinado qualquer tipo de espionagem a magistrados do Maranhão.

Para Edilázio, contudo, é preciso que haja uma investigação isenta e enérgica. Ele cobrou um posicionamento do Ministério Público, e revelou que encaminhará ofício ao Ministério da Justiça para a apuração do caso.

“Como não há possibilidade de haver isenção numa apuração a nível estadual, eu como membro da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara Federal vou encaminhar essa semana um ofício ao ministro da Justiça, Sergio Moro, para que ele tome conhecimento desse vídeo do Thiago Bardal, e se assim entender, que coloque a Polícia Federal para apurar os indícios”, disse.

Ele justificou o ato, com o recente desfecho do escândalo da espionagem da Polícia Militar a políticos de oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB), que ganhou repercussão nacional em 2018. O parlamentar lembrou que uma sindicância interna foi aberta pela própria PM, mas sem desdobramentos e explicações públicas sobre os memorandos que determinavam o fichamento da oposição.

“Aqui foi noticiado e todo mundo viu o memorando do Comando Geral da Polícia MIlitar, às vésperas da eleição, que determinava o fichamento daqueles que ‘pudessem causar embaraço às eleições 2018’. E o que foi que aconteceu? Em um outro estado seria caso para uma intervenção federal, por muito menos o procurador-geral de Justiça do Mato Grosso foi afastado de suas funções por investigar adversários políticos. Aqui, houve toda essa situação da PM e falaram que iriam abrir uma sindicância e nunca mais falaram sobre isso. Afinal, que isenção tem a polícia para investigar um ato da própria polícia? Ë por isso que vou oficiar o ministro Sergio Moro”, finalizou.

A “ficha” não caiu e Flávio Dino volta a criticar duramente Sérgio Moro

por Jorge Aragão

Pelo visto a “ficha” de Flávio Dino não caiu ainda e o governador reeleito segue num palanque e agindo como um militante estudantil, principalmente sem querer respeitar a vontade do eleitor brasileiro.

Em entrevista nas redes sociais ao DCM (Diário do Centro do Mundo), na terça-feira (20), o comunista voltou a criticar duramente o ex-juiz e futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Flávio Dino inicialmente questionou a Vara de Curitiba para julgar o processo de Lula, cujo crime teria sido cometido em São Paulo. Além disso, o comunista assegurou que Sérgio Moro estava contaminado com propósitos políticos quando do julgamento da Operação Lava Jato.

“…o juiz que conduziu isto (Operação Lava Jato) estava, infelizmente, contaminado com propósitos políticos e a prova cabal é a sua recente investidura na condição de ministro da Justiça do governo que tinha o presidente Lula como adversário. Então é uma prova irretorquível que havia uma contaminação pré-existente”, afirma Flávio Dino.

O comunista ainda deixou claro que no seu entender existe um projeto sádico de condenar Lula a prisão perpetua e classificou de “um monumental equívoco e um desserviço a causa da corrupção”, o fato de Moro aceitar o desafio. Clique aqui para acompanhar na íntegra a entrevista.

Na mesma entrevista, Flávio Dino confirmou presença no Fórum dos Governadores do Nordeste, nesta quarta-feira (21),  mas para infelicidade do comunista, a reunião não será com o presidente eleito Jair Bolsonaro, mas sim com o alvo de suas críticas ao DCM, ou seja, o futuro ministro da Justiça Sérgio Moro, que representará Bolsonaro no encontro.

É aguardar e conferir.

Moro confirma que não disputará eleição e caminho deve ser o STF

por Jorge Aragão

No seu primeiro evento público, após aceitar o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para ser o futuro ministro da Justiça, o juiz federal Sérgio Moro reafirmou que não tem intenções de disputar eleições.

Moro deixou claro que o cargo que está ocupando, apesar de ser uma indicação política, é um cargo técnico. Desta forma, o magistrado entende que não voltou atrás quando afirmou, por algumas vezes, que não pretender entrar na política.

“Não me vejo ingressando na política como um político verdadeiro. É um cargo predominantemente técnico e vou trabalhar com aquilo que eu conheço, que é a justiça. Não pretendo jamais disputar qualquer cargo eletivo. Para mim, estou indo para uma posição técnica”, afirmou Moro em Curitiba.

Sérgio Moro, pelo fato de ter que abandonar o cargo de juiz federal para aceitar o convite de Bolsonaro, teve seu nome especulado para ser o substituto do presidente eleito nas eleições de 2022, uma vez que Bolsonaro já disse que não será candidato a reeleição.

Só que com essa declaração, reafirmando que não pretende disputar cargos eletivos, o caminho de Sérgio Moro tende mesmo a ser o STF – Supremo Tribunal Federal.

Vale lembrar que Bolsonaro, durante seus quatro anos de mandato irá escolher dois ministros para compor o STF.

É aguardar e conferir.

Flávio Dino critica decisão de Sérgio Moro de integrar equipe de Bolsonaro

por Jorge Aragão

O governador reeleito do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi às redes sociais para criticar a decisão do juiz federal Sérgio Moro, que aceitou o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para integrar o futuro Ministério da Segurança e Justiça.

O comunista, em tom de deboche, afirmou que Sérgio Moro agiu com coerência, pois já estava militando no projeto político da extrema direita. Dino disse ainda que a decisão Moro compromete a Operação Lava Jato. Veja abaixo.

O curioso é que Flávio Dino e Sérgio Moro passaram no mesmo concurso para juiz federal e ambos deixam a magistratura para, direta ou indiretamente, entrarem na política, mas cada um com seu objetivo.