Sem prestígio

por Jorge Aragão

O tempo de televisão para os partidos políticos foi definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). E, como já esperado, o PT e MDB são os que terão mais tempo, ficando cada um com pouco mais de um minuto.

O tempo de propaganda eleitoral no rádio ou na televisão, para uma campanha eleitoral, é o que há de mais valor para cada legenda.

No Maranhão, essa valiosa moeda vale somente para o MDB e PSDB, partidos que terão candidatura própria a governador do estado. Só não vale para o PT, que poderá garantir ao governador Flávio Dino (PCdoB) quase a metade do tempo total que o comunista terá na campanha eleitoral deste ano.

Os petistas estão dando de graça a única arma que eles têm para o PCdoB, que se preocupa somente em garantir o DEM ­ que tem somente 19 segundos ­ dando, possivelmente, o espaço na chapa majoritária na vaga de vice­governador.

O PT maranhense tem ainda menos prestígio que o PDT, cujo tempo (18 segundos) nem deverá computar para a propaganda comunista. O partido fundado por Leonel Brizola já tem há meses a garantia de que uma das vagas de candidato ao Senado vem do PDT.

E o que resta para o PT? Só as velhas promessas de espaço na gestão sem que haja, realmente, qualquer garantia. Outra promessa dada é de garantir ampliação das bancadas do partido tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Federal.

Mas para algo tão precioso, o que fica parecendo é que o PT pouco se valoriza. E Flávio Dino se aproveita da apatia dos membros do partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Culpado – Parte dos petistas coloca culpa dessa falta de prestígio no presidente estadual da legenda, Augusto Lobato.

Internamente no PT, Lobato é acusado de fazer o jogo a favor de Flávio Dino, em detrimento dos interesses do próprio partido. Medo de perder o pequeno espaço de assessor especial que tem no governo comunista, Augusto Lobato acaba se submetendo aos caprichos do governador.

Estado Maior

Deputado petista defende candidatura própria ao Governo do Maranhão

por Jorge Aragão

O deputado federal Zé Carlos (PT), em um áudio divulgado nesta quinta-feira (22), defendeu que o partido, pelo tratamento recebido pelo governador Flávio Dino (PCdoB), tenha uma candidatura própria ao Governo do Maranhão nas eleições de 2018.

O petista diz que o PT não está tendo o devido reconhecimento do seu tamanho por Flávio Dino e por esse motivo o único caminho que resta a legenda é partir para uma candidatura própria. Zé Carlos chega inclusive a sugerir o nome de Raimundo Monteiro para disputar o Governo do Maranhão.

O petista também afirma que o PT tem sido deixado de lado nos debates importantes para 2018 e que a atual relação com o Governo Flávio Dino não apresenta nenhum benefício para a legenda.

O Governo tem feito reunião com outros partidos para tratar de aliança em torno da sua reeleição, sem, contudo, inserir o PT nesse projeto. Não vejo nenhum benefício, nesse momento, nessa relação. Encontram-se exauridas todas as tentativas e olha que não foram poucas, de consolidar essa aliança com o PCdoB. Sendo assim, não resta outra alternativa que não seja lutar por uma candidatura própria”, afirmou Zé Carlos.

Pelo visto o PT, que já era “peixe pescado” na cabeça de Flávio Dino, vai querer bem mais do que as migalhas oferecidas para apoiar o comunista na sua reeleição.

Agora uma coisa é certa: falta de aviso não foi.

Pré-candidato ao Senado do PT “parte para cima” do DEM no MA

por Jorge Aragão

Por querer um palanque eclético, sem se importar com qualquer ideologia existente, apenas para tentar garantir um maior número de partidos para viabilizar sua reeleição, o governador Flávio Dino (PCdoB) terá algumas arestas para aparar, isso sem falar no imbróglio da composição da sua chapa para 2018.

O comunista quer o PT, mas não quer abrir mão do DEM, mesmo os partidos estando o tempo inteiro em campos opostos nacionalmente. Flávio Dino quer repetir o palanque eclético de 2014, apesar da dificuldade ser maior, justamente pelos ânimos acirrados após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).

O DEM no Maranhão, assim como o PT, briga por uma vaga na chapa majoritária. O partido comandado nacionalmente pelo presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, pode emplacar o candidato a vice-governador, o atual secretário de Educação Felipe Camarão, ou o candidato ao Senado, o deputado federal José Reinaldo Tavares.

Só que foi justamente uma declaração de Rodrigo Maia sobre o Bolsa Família – “Criar um programa para escravizar as pessoas não é um bom programa social” – que fez petistas maranhenses partirem para cima dele e do DEM.

O primeiro a “detonar” Maia e o DEM foi justamente o pré-candidato do PT ao Senado no Maranhão, o ex-secretário de Esporte do Governo Flávio Dino, Márcio Jardim.

Pelo visto o palanque eclético de Flávio Dino pode ficar pequeno para tantas diferenças.

Mais um petista lança pré-candidatura ao Senado no Maranhão

por Jorge Aragão

Depois do petista Márcio Jardim, ex-secretário de Esportes no Governo Flávio Dino, mais um membro do PT maranhense apresentou sua pré-candidatura ao Senado no Maranhão.

Desta vez foi o petista Professor Nonato Chocolate, ex-secretário de Combate ao Racismo do PT/MA, que protocolou, nesta quarta-feira (17), junto à Executiva Estadual do Partido a sua pré-candidatura ao Senado.

O presidente do PT/MA, Augusto Lobato, fez uma fala em nome da Direção Estadual e afirmou que conduzirá o processo referente às pré-candidaturas com isonomia, imparcialidade e republicanismo.

Estiveram presentes acompanhando o Professor Nonato Chocolate, os petistas: Francimar Melo, Henrique Sousa, Crycielle Muniz, Camila Pedrosa, Carlos Augusto ‘Gugu’, Zeila Albuquerque, entre outros.

Pelo visto, as principais alas do PT maranhense, enfim, concordam em alguma coisa. O PT tem que disputar as eleições majoritárias no Maranhão e esse parece ser um objetivo em comum. Tanto que não se descarta até mesmo a possibilidade de candidatura própria petista.

É claro que toda e qualquer decisão, perpassará pelo julgamento do ex-presidente Lula, principal estrela do PT, marcado para o próximo dia 24.

É aguardar e conferir.

A difícil aliança de Flávio Dino com o PT

por Jorge Aragão

A Coluna Expresso, da Revista Época, fez uma análise interessante sobre as eleições 2018, mais precisamente sobre a dificuldade que o governador do Maranhão, Flávio Dino, terá para realizar uma aliança com o PT.

A coluna afirma que o PT queria Flávio Dino no partido, mas com a negativa do governador em trocar de partido e os “acenos” do ex-presidente da República, José Sarney, ao ex-presidente Lula, a aliança está complicada. Veja abaixo ou clique aqui.

“O diretório maranhense do PT quer caminhar com o governador Flávio Dino (PCdoB) na disputa por sua reeleição neste ano. Os dirigentes petistas gostariam, inclusive, de contar com ele nos quadros do partido. Mas Dino avalia que mudar para o PT atrapalharia a construção do arco de alianças, que neste momento conta até com o DEM indicando um candidato ao Senado.

Outra dificuldade para a aproximação são os reiterados acenos do ex-presidente Lula ao clã de José Sarney. Os petistas maranhenses temem a repetição de 2010, quando o PT nacional interveio no diretório local para forçar o apoio justamente a Roseana Sarney, que, agora, é cotada para disputar novamente o governo pelo MDB.”

E olha que a coluna nem destacou o desdém do governador Flávio Dino na intenção do PT em integrar a sua chapa majoritária, conforme o Blog já demonstrou (reveja).

É aguardar e conferir.

PT, mais uma vez, rachado no Maranhão

por Jorge Aragão

Só para variar, o Partido dos Trabalhadores (PT) do Maranhão está novamente rachado sobre o assunto eleições. Os petistas maranhenses não se entendem qual o melhor caminho para a legenda nas eleições de 2018.

A Direção Estadual, mesmo com o desprezo do Governo Flávio Dino (reveja aqui), se posiciona favorável a uma aliança em prol da reeleição do comunista no Maranhão. Já uma ala importante do partido, defende a candidatura própria na majoritária para as eleições do ano que vem, muito possivelmente o nome seria do ex-presidente estadual do PT, Raimundo Monteiro.

A tese de candidatura própria foi apresentada através de um manifesto assinado por membros da ala CNB – Construindo um Novo Brasil, que perderam a disputa pela Direção Estadual do PT no Maranhão.

Os petistas da CNB entendem que na construção da chapa majoritária de Flávio Dino, apesar do tamanho e importância do PT, o comunista não está permitindo espaço para o partido e entendem que o melhor seria partir para uma candidatura própria.

“Diferentemente do que se esperava, a chapa majoritária que disputará a reeleição de Flávio Dino vem sendo articulada por partidos políticos de vários espectros ideológicos, à exceção do PT”, diz o manifesto.

O próprio pré-candidato ao Senado pelo PT, Márcio Jardim, que já foi secretário de Esporte do Governo Flávio Dino, mas foi retirado do cargo para abrir espaço para o PP na gestão comunista, também defende a participação do partido nas eleições majoritárias. Veja abaixo o que escreve Jardim nas redes sociais em agosto deste ano.

Entretanto, vale lembrar que essa disputa entre alas estaduais do PT no Maranhão podem valer muito pouco, uma vez que a Direção Nacional do partido já deixou claro que a prioridade é a eleição de Lula para a Presidência da República, e com isso qualquer aliança estadual, precisará antes do aval da Direção Nacional (reveja aqui).

É aguardar e conferir.

Manifesto em favor da candidatura do PT ao Governo do Maranhão

por Jorge Aragão

Após o período de redemocratização no Brasil e a fundação do Partido dos Trabalhadores em 1980, o PT no Maranhão lançou sua primeira candidatura ao governo do estado no ano de 1982. Em uma disputa sem alianças, o PT do Maranhão apresentou como governador neste pleito Osvaldo Furtado, que obteve 8.643 votos, correspondendo a 0,99% do total de eleitores. Já o vencedor, Luís Rocha, foi eleito governador do Maranhão pelo PDS, oriundo da ARENA, com apoio de 76,91% dos votantes.

Em 1986, o PT, em uma frente de oposição com o PV, lançou Delta Martins ao governo estadual, obtendo 31.504 votos, o que representou 2,45% da votação. Nas eleições de 90 e 94, o partido optou por apoiar, respectivamente, Conceição Andrade (PSB) e Jackson Lago (PDT), com o PT indicando os seus candidatos a vice-governadores, e ambas as candidaturas conquistaram cerca de 20% do eleitorado maranhense. Somente em 1998 é retomada a tática de candidatura própria e o candidato a governador do partido neste pleito é Domingos Dutra, que alcançou, em uma disputa sem alianças, a marca de 97.536 votos, ou 6,40% do total de eleitores.

Na primeira eleição vitoriosa de Lula, em 2002, o partido no estado deu prosseguimento à tática de candidatura própria e o companheiro Raimundo Monteiro foi candidato a governador pelo PT, logrando o 3º lugar entre os candidatos (127.082 votos), mantendo assim os mesmos 6% do eleitorado obtidos no pleito anterior. Desde então, para garantir sustentabilidade aos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma, o PT do Maranhão vem participando das eleições majoritárias compondo alianças e, somente em 2010, o partido conseguiu ocupar um espaço na chapa majoritária, ao eleger Washington Luiz como vice-governador do estado.

O projeto de conquista de governos estaduais pelo PT no Nordeste, por sua vez, é fortalecido através da eleição do presidente Lula em 2002, a exemplo do que ocorreu com a eleição de Wellington Dias no Piauí no mesmo ano de 2002, hoje cumprindo seu terceiro mandato como governador no estado, e na Bahia, com a vitória de Jacques Wagner em 2006, recondução ao cargo em 2010 e a eleição de seu sucessor Rui Costa em 2014. Em outros termos, o aumento do eleitorado petista no Nordeste possibilitou a implementação de um novo modo de governar os estados dessa região tradicionalmente dominada pela velha política.

No Maranhão, é preciso reconhecer que a eleição do governador Flávio Dino pelo PC do B em 2014 trouxe novas perspectivas ao cenário político do estado. As expectativas de renovação da classe política e da gestão pública tomaram conta do eleitorado, definitivamente ampliadas com a garantia do apoio da presidenta Dilma ao novo governador então eleito. Nesse sentido, ainda em 2015, a direção estadual do PT se reuniu e deliberou por compor a base do governo Flávio Dino, sem reivindicar cargos no poder executivo ou alianças políticas futuras.

O mandato do único parlamentar petista na Assembleia Legislativa do Maranhão, companheiro José Inácio, atuou diuturnamente na defesa das pautas progressistas do governo Flávio Dino e reconheceu, assim como toda a militância petista, a importância do posicionamento do PC do B em nível nacional e do próprio governador em favor da manutenção do mandato da presidenta Dilma. A denúncia do golpe parlamentar orquestrado contra o PT reafirmou entre nós e o PC do B a solidariedade de classe necessária para o enfrentamento da ofensiva neoliberal da direita brasileira.

O modo petista de governar é reconhecido e admirado em todo o país. Os programas desenvolvidos por prefeituras, governos estaduais e pelos mandatos dos presidentes Lula e Dilma granjearam fama internacional e conquistaram prêmios de excelência. É sensato, portanto, concluir que o PT, aliado há mais de três décadas do PC do B, apresenta-se como um dos mais importantes partidos do arco de alianças a ser fechado em 2018 e com capacidade de contribuir efetivamente para a implementação de políticas públicas que revertam os baixos indicadores sociais e econômicos que o Maranhão ainda ostenta.

O Campo Construindo Um Novo Brasil – CNB participou das eleições do PED em 2017 e apresentou o nome do companheiro e deputado estadual Zé Inácio para concorrer à presidência do PT, ao lado de uma chapa, formada por companheiros e companheiras de todo o estado, que pleiteou os cargos da Direção Estadual. A votação dos filiados e filiadas nos posicionou enquanto maior força do PT no Maranhão, com direito a ocupar em torno de 40% das vagas de Direção, apesar de a CNB sair do PED com mais de 50% dos votos. Zé Inácio, pela eleição direta, ficou em 1º lugar entre todos os candidatos, recebendo 4358 votos.

No Congresso Estadual do PT, realizado em maio deste ano, o partido aprovou a seguinte tese política da CNB, defendida ao longo do PED, “Tendo como CENTRO DA NOSSA DA TÁTICA A ELEIÇÃO DO PRESIDENTE LULA e no Maranhão buscará compor a Chapa Majoritária com o PCdoB, seja com a candidatura a Vice-Governador(a) ou ao Senado Federal, haja vista a importância do PT e do Presidente Lula para o povo maranhense.” Em nenhum momento houve por parte do nosso campo algum recuo em relação a esta proposição; ao contrário, em todas as oportunidades e fóruns de discussão do partido a tese congressual foi reafirmada e aberta para a construção com dirigentes do PC do B e representantes do governo.

Diferentemente do que se esperava, a chapa majoritária que disputará a reeleição de Flávio Dino vem sendo articulada por partidos políticos de vários espectros ideológicos, à exceção do PT, e o Governador na convenção do PDT garantiu que uma das vagas na sua chapa majoritária para o senado terá como candidato o deputado federal Weverton Rocha, do PDT. A imprensa tem divulgado como certa a outra vaga para o senado o ex-governador e deputado federal José Reinaldo.

Além disso, o próprio presidente estadual do PCdoB faz defesa pública da continuidade do atual vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que hoje se encontra sem partido devido à intervenção do PSDB.

É preciso admitir, com efeito, que não há mais possibilidade de o PT do Maranhão concorrer na chapa majoritária do governador Flávio Dino, o que tem ficado cada vez mais evidente com a proximidade do pleito de 2018 e os arranjos políticos feitos à margem da direção petista. Como o CENTRO DA NOSSA DA TÁTICA É A ELEIÇÃO DO PRESIDENTE LULA, não podemos estar em um palanque no Maranhão com partido que tem candidatura a presidente, que é o caso do PCdoB, que lançou como pré-candidata a presidência a deputada estadual do Rio Grande do Sul e ex-deputada federal Manuela D’Ávila. Logo, a tese congressual perdeu seu objeto e o partido precisa urgentemente reorganizar-se para desempenhar um papel protagonista nas eleições de 2018.

Estamos vivendo atualmente no Brasil um processo denominado por estudiosos como Estado Pós-Democrático. As garantias sociais não foram suprimidas do texto constitucional, mas não há nenhum interesse por parte dos representantes do neoliberalismo em fazer valê-las. O golpe parlamentar que destituiu Dilma e a caçada ou o lawfare praticado contra o presidente Lula, visando impedi-lo de concorrer às eleições presidenciais e continuar simbolizando a esperança para milhares de brasileiros e brasileiras das camadas populares, são provas incontestes que lutar por direitos sociais voltar a ser uma das trincheiras da disputa hegemônica pela esquerda.

Em 2018, o PT não poderá titubear. No Maranhão, para retomarmos o crescimento do estado, defender o legado dos governos petistas e resgatarmos o projeto de desenvolvimento social com inclusão, nós da CNB defendemos que o partido concorra às eleições com candidatura própria ao governo do estado com o companheiro Monteiro – PT, que já foi testado nas urnas e tem com chances reais de aglutinar um novo polo da esquerda maranhense e representar avanços na escalada histórica de eleições do PT.

Com nossa candidatura própria podemos ampliar o número de deputados estaduais e federais, além de termos um senador do partido na chapa majoritária. Não temos dúvida que com as candidaturas de Lula Presidente e Monteiro – PT Governador mudaremos de fato os rumos da política do Maranhão, trazendo a esperança que nosso povo tanto precisa!

Fernando Silva (Diretório Estadual do PT), Nonato Chocolate (Diretório Estadual do PT) e Mundico Teixeira (Executiva Estadual do PT).

O desprezo de Flávio Dino pelo PT e petistas do Maranhão

por Jorge Aragão

É cada vez mais claro o desprezo que o governador Flávio Dino possui pelo PT do Maranhão e pelos petistas maranhenses. Além de conceder um espaço nanico, diante da importância e tamanho do PT, o comunista rejeita qualquer possibilidade ter alguém da legenda na sua chapa majoritária.

Em entrevista coletiva seletiva, ou seja só com aliados, Flávio Dino falou sobre as eleições de 2018. O comunista inicialmente deixou claro que a vaga de vice-governador está a disposição de Carlos Brandão, que já anunciou que se filiará ao PRB. Pelo que Dino deixou a entender, Brandão só não será o candidato a vice se não quiser.

A declaração, se não foi um blefe do comunista, chega a surpreender, já que caso se reeleja governador, Flávio Dino não terminará o segundo mandato, sairá antes do tempo para uma disputa visando o Senado. Desta forma, imaginava-se que escolheria alguém mais próximo e de confiança.

Já para o Senado, um dos principais imbróglios do comunista, Flávio Dino reafirmou que uma das duas vagas em sua chapa é do deputado federal Weverton Rocha (PDT). Já a segunda e última, estaria entre outros três deputados federais – José Reinaldo (PSB/DEM), Eliziane Gama (PPS) e Waldir Maranhão (AVANTE).

Flávio Dino nem citou o nome do petista Márcio Jardim, que no último fim de semana teve o aval da Direção Nacional do PT para ser pré-candidato ao Senado. Ou seja, o comunista nem cogita essa possibilidade, um desprezo total aos petistas maranhenses.

Percebam que pode ter espaço na chapa majoritária para o PDT, único garantido, PRB, DEM, AVANTE e PPS, mas nada, absolutamente nenhuma cogitação de sobrar um espaço para o PT, mesmo sendo o segundo maior partido do Brasil, e o maior da eventual coligação do comunista.

Pelas palavras e ações de Flávio Dino, só interessa mesmo do PT, o tempo do partido e colher dividendos eleitorais da sua principal estrela, o ex-presidente Lula. Já do PT do Maranhão e dos petistas maranhense, o comunista quer mesmo é distância.

Alianças estaduais do PT serão submetidas a Direção Nacional

por Jorge Aragão

O PT que parecia já ser “favas contadas” na aliança com o PCdoB e no apoio à reeleição de Flávio Dino, parece que pode virar mais um grande imbróglio para o comunista, pelo menos é o que tem demonstrado os últimos episódios.

Se já não bastassem alguns petistas maranhenses buscarem, acertadamente, espaço na chapa majoritária do governador Flávio Dino, agora os comunistas foram surpreendidos com a confirmação de que qualquer decisão sobre alianças nos estados, precisará necessariamente passar pela Direção Nacional.

A confirmação dessa informação veio no fim de semana, quando o PT baixou uma Resolução Nacional, deixando claro que a prioridade do partido será a eleição de Lula para a Presidência da República.

“Nos estados e municípios a militância e dirigentes do PT têm debatido a estratégia e tática eleitoral para levar Lula novamente a presidência da República e eleger companheiras e companheiros aos demais cargos em disputa. Nossa estratégia eleitoral para ser vencedora levará em conta as dinâmicas regionais, mas afirmamos categoricamente a supremacia do projeto nacional sobre as disputas locais. Para efetivar essa política, fica desde já estabelecido que toda e qualquer definição de candidaturas e política de aliança nos estados terá que ser submetida antecipadamente à Comissão Executiva Nacional.”, assegura um trecho da Resolução (clique aqui para ler a integra).

Pelo visto o apoio do PT a Flávio Dino não é tão certo como contabilizava o comunista.

É aguardar e conferir.

Manuela D’Ávila: complicando a aliança PT/PCdoB no Maranhão

por Jorge Aragão

O PCdoB realizou neste fim de semana o seu 14º Congresso Nacional e oficializou a pré-candidatura à Presidência da República da comunista Manuela D’Ávila. O encontro inclusive contou com a presença do governador do Maranhão, Flávio Dino.

É tolice não imaginar que essa candidatura não interferirá na sonhada aliança, por Flávio Dino, entre os comunistas e o Partido dos Trabalhadores. Dino quer Lula no seu palanque, afinal deseja tirar proveito do potencial eleitoral do petista, mas pelo visto terá que se contentar mesmo com Manuela D’Ávila.

A pré-candidata do PCdoB deixou claro, no Congresso Nacional, que quer mesmo disputar a Presidência da República e descartou qualquer possibilidade de ser vice de Lula nas eleições do próximo ano.

Ninguém se lança candidato para ser vice. Nós lançamos candidatura para eu ser candidata à Presidência da República. Apesar disso, defendemos a candidatura de Lula em 2018”, afirmou Manuela.

A pré-candidatura do PCdoB, para muitos, é a justificativa que Lula esperava para optar por uma neutralidade no Maranhão. Aliado e grato pelo apoio dado pelo ex-presidente José Sarney quando comandou o Brasil, reconhecimento feito em setembro antes da Caravana do PT visitar São Luís, Lula não deverá subir nem no palanque de Flávio Dino e nem de Roseana Sarney.

Não ter Lula no seu palanque é inegavelmente um fator ruim para a candidatura do comunista e pode piorar se o PT partir para uma candidatura própria ao Governo do Maranhão.

É aguardar e conferir.