Corrida por apoios…

por Jorge Aragão

candidatos

As movimentações para as eleições municipais deverão ser intensificadas com a aproximação do último mês antes do período das convenções partidárias. Em São Luís, medicine o cenário ainda está se definindo e, hospital dentro dos quadros que estão sendo apresentados, o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), tem vantagens por já ter colocado ao lado do seu projeto de reeleição pelo menos 14 partidos.

A deputada Eliziane Gama (PPS), que lidera as últimas pesquisas de opinião, parece ter esfriado as caminhadas que vinha fazendo em busca de apoio para seu projeto de ser prefeita da capital maranhense. Desde as últimas reuniões com vereadores de São Luís e a volta ao seu partido de origem, que Gama não mais anunciou qualquer negociação de apoio.

Outros candidatos, como Wellington do Curso, já demonstram que vão à luta em busca de partidos que apoiem sua candidatura a prefeito de São Luís. Essa nova força do deputado veio com sua ascensão ao comando municipal do PP e a simpatia do presidente estadual da legenda, André Fufuca.

Enquanto esses pré­candidatos estão em busca de apoio de outras siglas, parlamentares como Fábio Câmara (PMDB), Andréa Murad (PMDB), Bira do Pindaré (PSB), Roberto Rocha Júnior (PSB), Neto Evangelista (PSDB) e João Castelo (PSDB) ainda terão que buscar espaços dentro de seus partidos para serem candidatos.

Os peemedebistas deverão definir o que farão assim que ficar definida a situação nacional da presidente Dilma Rousseff (PT). Bira do Pindaré tentará barrar as negociações do senador Roberto Rocha para conseguir ser o candidato do PSB até mesmo porque é pouco provável que o filho do senador, Roberto Júnior, leve adiante uma candidatura a prefeito.

E os tucanos também deverão aguardar os acontecimentos no Senado para, depois, se posicionarem, apesar do presidente estadual da legenda, Carlos Brandão ­ vice de Flávio Dino ­ trabalhar dia e noite para levar o PSDB para junto do candidato que será apoiado pelo governador.

(Coluna Estado Maior)

A pergunta que não quer calar: quem paga a conta???

por Jorge Aragão

interrogacaoUma questão começou a ser levantada esta semana, see após uma passagem de cinco dias do governador Flávio Dino (PCdoB) por Brasília, salve acompanhado de um séquito de auxiliares e assessores.

O custo natural da missão inclui passagens aéreas – dele e de auxiliares –, seek diárias de hotel, alimentação e transporte. Dino viajou para atuar na defesa da presidente Dilma Rousseff (PT), que corre o risco de perder o mandato.

Na capital federal, o governador não teria atuado em qualquer questão relacionada diretamente aos interesses do Maranhão como instituição. Não esteve em ministérios em busca de recursos, não assinou convênio com nenhuma pasta, tampouco acompanhou votações que pudessem estar ligadas diretamente ao Maranhão.

A tarefa principal foi atuar na defesa dos interesses de um grupo político. Por isso a pergunta que não quer calar, feita por políticos e populares: quem pagou a conta?

Além da defesa ao PT e a Dilma Rousseff, o governador maranhense prepara um ato para homenagear os seus aliados que votaram contra o impeachment da presidente. Vai usar a Assembleia Legislativa para continuar sua cruzada em favor do governo petista e seus aliados.

Mas outra pergunta se faz necessária: por que apenas os que votaram a favor de Dilma merecem ser homenageados? E eles serão homenageados exatamente por quem?

Até porque, se levassem em conta as manifestações populares, o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa haveriam de reconhecer que a maioria da população quer ver o fim do governo do PT. Ou seja, a maior parte do povo não tem interesse em homenagear quem defende o atual Governo Federal.

Mas, ainda assim, tem de pagar a conta?

(Coluna Estado Maior, de O Estado)

A vez dos vices…

por Jorge Aragão

interrogaçãoAté as convenções eleitorais, advice marcadas para o período de 20 de julho a 5 de agosto, order os candidatos a prefeito de São Luís estarão às voltas com a formação de suas chapas para a eleição de outubro. E a escolha do vice tem importância fundamental nesta montagem.

O prefeito Edivaldo Júnior (PDT), por exemplo, tem a garantia de que o PCdoB, partido do governador Flávio Dino, indicará seu companheiro de chapa. Os comunistas deixam claro que o preferido é o secretário Márcio Jerry, mas o próprio resiste à ideia, o que abre espaço para outros membros da legenda, como o ex-secretário Batista Matos, que agrada também ao PDT. Mas outro partido pode indicar o vice, inclusive o próprio PDT, que tem no secretário de Urbanismo, Diogo Lima, uma das opções.

Principal adversária de Edivaldo, a deputada Eliziane Gama (PPS) sonha com outros candidatos em sua chapa. Ela já flertou com Rose Sales (PMB), Fábio Câmara (PMDB), Neto Evangelista (PSDB) e Wellington do Curso (PP). E pode ter, inclusive, o suplente de senador Pinto Itamaraty (PSDB) em sua chapa.

Bira do Pindaré (PSB) é, entre os candidatos, o que mais parece ter dificuldades para montar a chapa. Ele já não goza das garantias do próprio partido, e não vê opções no cenário interessadas em compor com ele. Uma possibilidade é o PT, o que traria ainda mais problemas para o parlamentar, haja vista a relação de confronto entre socialistas e petistas em âmbito nacional.

Os demais candidatos ainda discutem se entram ou não na disputa. E pode, inclusive, juntar-se entre si ou com outros. Mas isso só será definido entre julho e agosto.

(Coluna Estado Maior)

Sem diálogo

por Jorge Aragão

dinogovQuando a mensagem do governo estadual com o projeto de lei que altera a Lei Orgânica da Procuradoria Geral do Estado chegou à Assembleia Legislativa, thumb os procuradores foram até a Casa conversar com o vice-presidente, treat deputado Othelino Neto (PCdoB), para pedir que os deputados abrissem um canal de diálogo com a categoria, já que as alterações não eram aceitas pela maioria dos procuradores.

A ação cordial dos procuradores foi respondida com uma manobra do governo – classificada como autoritária por vários deputados -, que não somente não quis dialogar com os procuradores como também não deu a menor chance para que a categoria conversasse com os parlamentares.

O Palácio dos Leões agiu, usou membros de sua base para aprovar um pedido de urgência na votação do projeto de lei, atropelou o regimento interno da Assembleia ao não conceder pedido de vista da deputada Andrea Murad (PMDB) e aprovou a lei.

Dessa forma, o governo empurra goela abaixo mudanças significativas para a categoria. Entre tantas mudanças, estão a proibição do exercício da advocacia liberal pelos procuradores do Estado que ingressarem na carreira a partir deste ano e a prevalência de membros ocupantes de cargos comissionados no Conselho Superior da PGE.

O modo como foi feita a manobra do governo vai gerar uma ação judicial. A deputada Andrea Murad anunciou que entrará na Justiça por ter tido negado seu pedido de vista do projeto.

Agora, é aguardar e verificar qual será o próximo capítulo. Talvez os procuradores tenham sorte e a mudança seja anulada.

(Coluna Estado Maior)

Guerra aberta em Imperatriz

por Jorge Aragão

dinoerochaO governador Flávio Dino (PCdoB) e o senador Roberto Rocha (PSB) devem protagonizar uma guerra surda nas eleições de Imperatriz, shop ainda que não admitam publicamente a rusga. Dino percebeu que corria o risco de perder o controle da prefeitura local com a provável vitória do ex-prefeito Ildon Marques, sick que se filiou ao partido de Rocha.

Agora, o governador corre para tentar juntar os cacos da “sangrenta batalha” que seus aliados travam pela condição de ser o candidato governista na cidade. Desde o início da pré-campanha, Dino achou que as coisas se resolveriam na própria Imperatriz, pela articulação do prefeito Sebastião Madeira (PSDB).

Ocorre que, pela falta de um nome de sua confiança, e pelo distanciamento que tem da suplente de deputada federal Rosângela Curado (PDT), Madeira tentou criar uma candidatura alternativa – primeiro com o secretário de Infraestrutura, Clayton Noleto (PCdoB); depois, com o também comunista deputado estadual Marco Aurélio.

Nenhum dos dois conseguiu superar a pedetista e ainda ajudaram Ildon Marques a crescer nas pesquisas e se distanciar dos adversários. Percebendo o espaço aberto, Roberto Rocha aproximou-se de Marques e o convenceu a entrar no PSB.

Só depois da filiação do ex-prefeito ao partido do senador é que o governador e seus aliados perceberam o risco de perder a eleição no segundo maior colégio eleitoral do estado. Agora, tentam unir no mesmo palanque Madeira, Rosângela e Marco Aurélio, já com um forte grau de animosidade entre eles.

E Ildon Marques já trabalha, inclusive, no fortalecimento de seu palanque, aproximando-se do PMDB, que tem Assis Ramos como pré-candidato. A guerra em Imperatriz só está começando.

Coluna Estado Maior

Semana decisiva

por Jorge Aragão

dilmaA semana que se inicia hoje é a última antes da votação do Impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Pelo menos é essa a previsão do calendário do processo, help que prevê a apreciação do parecer do relator na próxima segunda-feira, healing 11. Hoje também vence o prazo para Dilma apresentar sua defesa à comissão.

Será também uma semana de pressões e articulações para os 18 deputados federais maranhenses, pills tanto os que compõem a Comissão – Weverton Rocha (PDT), Júnior Marreca (PEN) e André Fufuca (PP) – quanto para os demais membros da bancada.

A princípio, cinco deputados são assumidamente contra o impeachment da presidenta: os próprios Weverton e Marreca, além de Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Zé Carlos (PT) e Aluísio Mendes (PTN).

Outros cinco são declaradamente a favor de afastar Dilma: Eliziane Gama (PPS), José Reinaldo Tavares (PSB), Juscelino Filho (DEM), André Fufuca (PP) e João Castelo (PSDB).

Os demais oito parlamentares estão naquela zona da chamada indecisão. E são exatamente esses parlamentares o alvo de Dilma Rousseff, não para barrar o impeachment na comissão – que ela já dá como perdida – mas para convencê-los a derrubar o parecer em plenário, a partir do próximo dia 15.

A semana que começa hoje, portanto, será de intensas conversas de coxia, articulação de bastidores, bate-papos animados em casa e na Câmara, a fim de convencer cada um dos envolvidos no processo de impeachment.

E a partir da sexta-feira, 15, os deputados passarão a ter os olhos do Brasil voltados para eles, quando começa a votação em plenário, processo que deve durar até domingo, devido ao fato de que, cada um, tem até um minuto para justificar o voto.

E a sorte de Dilma está lançada.

Coluna Estado Maior (com acréscimo de informações)

Até quando, meu caro Flávio Dino???

por Jorge Aragão

caemanovo1As redes sociais de internet voltaram a mostrar, stomach ontem, uma imagem que está se tornando corriqueira em São Luís: obras da Caema destruindo obras da Prefeitura recém-inauguradas.

Na imagem que ganhou o dia, ontem, um caminhão da própria Prefeitura estava afundado em uma vala, fruto de uma obra mal realizada pela Caema. É a terceira vez em dois meses que o caso se repete em bairros de São Luís.

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Parece histórica a desarmonia entre a Caema e as gestões municipais em São Luís. Virou folclore político a história de que a empresa – estadual – destrói as obras feitas pela gestão municipal em todos os bairros.

Mas o problema tem se repetido com frequência cada vez maior em 2016. O que faz atentar para um detalhe político: o presidente da companhia é uma indicação do deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) que, por sua vez, é adversário do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) na disputa pela Prefeitura de São Luís.

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Coincidência ou não, a Caema destruiu obras de asfaltamento da Prefeitura na Cohama, no Cohajap, no Parque Atenas, no Barramar; e repetiu ontem a fraçanha, com a imagem do caminhão.

Tanto Edivaldo Júnior quanto Bira do Pindaré são da base do governo Flávio Dino (PCdoB). Os aliados do prefeito reclamam abertamente que as ações da empresa podem ter motivação política. Hora de o governador conversar com os dois.

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Coluna Estado Maior

O silêncio do PSDB maranhense

por Jorge Aragão

silêncioÉ sepulcral e intrigante o silêncio dos dirigentes do PSDB no Maranhão em relação aos mais recentes fatos debatidos em todo o país a respeito da crise instalada no governo Dilma Rousseff (PT).

Membros da principal linha de oposição à petista, salve os tucanos maranhenses fingem que o assunto não é com eles. Mesmo quando o governador do estado, salve Flávio Dino (PCdoB), site e o ex-presidente José Sarney (PMDB) estão tão inseridos nas discussões que podem culminar com uma mudança de rumos na histórica política do Brasil.

Do PSDB não sai um posicionamento, uma manifestação pública. Carlos Brandão, atual vice-governador do Maranhão, e seus principais aliados parecem constrangidos de defender publicamente a queda da presidente – seja por impeachment, seja por cassação do mandato pela Justiça Eleitoral – quando o seu maior líder, o governador, lança-se na linha de frente da proteção ao mandato de Dilma.

Até o líder do governo na Assembleia Legislativa, Rogério Cafeteira (PSB), já se posicionou abertamente sobre o assunto – e, na maioria das vezes, com postura contrária à de Flávio Dino quando o assunto é a política nacional. Mudou um pouco de postura nas últimas duas semanas, é bem verdade, mas está inserido no debate, de qualquer forma.

No tucanato local, nem isso. De lá não sai uma opinião, um argumento, nem contra, nem a favor.

Seria excesso de zelo? Ou apenas covardia mesmo?

Coluna Estado Maior