Um preso e um morto no caso do assassinato dos pais de Cléber Verde

por Jorge Aragão

A polícia do Maranhão parece ter elucidado o duplo homicídio envolvendo os pais do deputado federal Cléber Verde, que foram assassinados na terça-feira (14), na cidade de Turiaçu.

A mãe do parlamentar, Maria da Graça Cordeiro Mendes, foi encontrada morta dentro da fazenda no povoado Limão, vítima de pauladas e arma branca. Já o pai de Cléber Verde, Jesuino Mendes, também foi encontrado morto, mas nas proximidades da fazenda.

A polícia agiu rápido e cercou três elementos apontados como suspeitos do crime. Um dos elementos, conhecido como Fabinho, entrou em confronto com a polícia e morreu. Um segundo suspeito, conhecido como Daniel foi preso e um terceiro, que seria um menor, foi apreendido.

O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, que confirmou as informações ao program Ponto Final, na Rádio Mirante AM, está se deslocando para a cidade de Turiaçu e trará mais detalhes nesta quarta-feira (15).

O Blog se solidariza com a família do deputado federal Cléber Verde e do ex-deputado estadual e atual presidente do ITERMA, Júnior Verde, pelo brutal assassinato dos seus pais.

PTC oficializa apoio a pré-candidatura de Duarte Júnior

por Jorge Aragão

Na noite de terça-feira (10), o Partido Trabalhista Cristão (PTC) declarou oficialmente apoio a pré-candidatura do deputado estadual, Duarte Júnior (Republicanos).

O partido comandado no Maranhão pelo ex-deputado estadual Júnior Verde, confirmou aliança com o Republicanos. Com o PTC, veio também o apoio do vereador de São Luís, Antônio Garcêz e de outras lideranças políticas da capital.

Duarte fez questão de agradecer o apoio, que acaba por fortalecer a sua pré-candidatura à Prefeitura de São Luís. Duarte tranquilizou os presentes sobre os tradicionais ataques em tempos de eleição, dos quais ele vem sendo vítima já na pré-campanha.

“Mais que um partido, uma legião de pessoas com fé, coragem e muita vontade para transformar a realidade em que vivemos. A responsabilidade é muito grande e é por isso que muitos não vão seguir regras. Infelizmente, o jogo deles é desleal. Afinal, eles estão desesperados. Sabem que não têm serviços prestados e reconhecidos pela população como nós temos. E é por isso que a gente tem que ter coragem. Nós precisamos sair daqui com os corações cheios de esperança e escolher o caminho da fé, o caminho da coragem e da ação”, disse.

O presidente do PTC também definiu a união com Duarte como um ato de amor e apoio por São Luís.

“Queremos o melhor para São Luís, um candidato comprometido, que tenha realmente a intenção e o desejo de transformar a realidade de São Luís. Precisamos e merecemos uma boa gestão voltada para projetos que possam realmente dignificar e potencializar o que nós temos, o nosso turismo, a organização da nossa gente, geração de emprego e renda, as condições sociais, o saneamento básico, tudo que torne São Luís uma referência. Então o PTC está imbuído com o Republicanos e nesse ato nós apoiamos e dizemos que queremos sim o nome que valorize todas essas condições que possam melhorar nossa cidade e esse nome é Duarte Jr”, disse Júnior Verde.

Outros partidos – Se o PTC já se definiu, ainda existem outras legendas que seguem indefinidas, mesmo sendo bastante assediadas, como o PSL, PT e Cidadania.

O PT, que possui quatro pré-candidaturas, já recebeu propostas de três partidos Republicanos (Duarte Júnior), PCdoB (Rubens Júnior) e PSB (Bira do Pindaré), todos oferecendo a vaga de vice-prefeito.

Já o PSL, comandado pelo vereador Chico Carvalho, já teve conversas com DEM (Neto Evangelista), PV (Adriano Sarney) e Podemos (Eduardo Braide).

O Cidadania por sua vez tem também três pretendentes, que são o Solidariedade (Carlos Madeira), Republicanos (Duarte Júnior) e PCdoB (Rubens Júnior).

É aguardar e conferir.

Aprovado, em 1º Turno, PEC que limita competência do TCE

por Jorge Aragão

A Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, nesta terça-feira (03), em 1º Turno, a PEC – Proposta de Emenda Constitucional que limita a competência do Tribunal de Contas do Estado.

A PEC, que ficou conhecida como PEC da FAMEM (Federação dos Municípios do Estado do Maranhão), uma vez que foi uma solicitação dos gestores maranhenses, é de autoria do deputado estadual Júnior Verde e que, na prática, torna sem efeito Instrução Normativa, aprovada pela Corte de Contas em janeiro, que impõem as prefeituras restrições no que diz respeito ao custeio de festividades realizadas pelo poder executivo municipal.

A Instrução Normativa do TCE considera ilegítimas para os fins do artigo 70 da Constituição Federal qualquer despesa custeada com recursos públicos municipais – inclusive aqueles decorrentes de contrapartida em convênio – com eventos festivos quando o município estiver em atraso com o pagamento da folha salarial (incluindo terceirizados, temporários e comissionados); ou em estado de emergência ou de calamidade pública decretados.

Por conta da decisão do TCE, festas carnavalescas em alguns municípios foram canceladas, uma vez que os servidores públicos municipais estavam com os salários em atraso.

Na votação desta terça-feira, apenas o deputado estadual Wellington do Curso (PP), votou contrário a PEC. A aprovação seu deu por 25 votos, três abstenções e um voto contrário. A matéria ainda irá a 2º Turno.

“Isso é um retrocesso é uma aberração. Jamais votarei contra a moralidade e não posso querer limitar a fiscalização do Tribunal de Contas do Estado, principalmente quando quer fazer algo em prol dos servidores municipais. Não posso ser a favor da política do pão e circo. O TCE deve recorrer e a Assembleia Legislativa pode ser constrangida, pois entendo que além de tudo a matéria é inconstitucional”, afirmou Wellington do Curso, único a votar contrário a PEC.

E ainda existe um outro ponto polêmico, inclusive já abordado pelo Blog. Alguns juristas entendem que modificações nas constituições estão suspensas por conta da intervenção federal realizada no Rio de Janeiro.

É aguardar e conferir.

Rede de Controle lança Nota em defesa do TCE

por Jorge Aragão

A Rede de Controle da Gestão Pública do Maranhão emitiu nota em defesa das prerrogativas conferidas pela Constituição Federal aos Tribunais de Contas da União e estaduais, em especial da competência dos Tribunais de Contas para fiscalizar os gastos públicos e do conteúdo da IN/TCE/MA nº 54/2018, que disciplina o emprego de recursos públicos para a realização de festividades pelas prefeituras maranhenses.

A nota também expressa preocupação com o teor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 02/2018, de autoria do deputado estadual Júnior Verde, que coloca em risco a autonomia e a independência da Corte de Contas maranhense, em relação à prerrogativa de expedir atos e instruções normativas sobre matérias de sua competência.

A Rede de Controle da Gestão Pública do Maranhão é composta por instituições ligadas ao controle público e o combate ao desvio de recursos públicos cujo objetivo é garantir o fluxo ágil e desburocratizado de ações e informações a serviço do aperfeiçoamento da gestão pública e do combate à corrupção e ao desperdício de recursos. “O que se reafirma aqui é a primazia do interesse público, que é a razão de ser de nossa atuação, portanto essa é uma luta de toda a Rede”, afirmou o coordenador da Rede, Alexandre Walraven, secretário do Tribunal de Contas da União (TCU) no Maranhão.

Além do coordenador, assinam o documento o diretor de Secretaria para Assuntos Institucionais do MPMA e coordenador substituto da Rede, Marco Antonio Santos Amorim, a superintendente da Controladoria-Regional da União no MA, Leylane Maria da Silva, o procurador-chefe da República no MA, José Raimundo Leite Filho, o procurador-chefe da União no Maranhão, Fabrício Santos Dias e o procurador-geral do Ministério Público de Contas do MA, Jairo Cavalcanti Vieira. Veja abaixo a íntegra da nota.

Nota da Rede de Controle da Gestão Pública do Maranhão em defesa do TCE/MA

A Rede de Controle da Gestão Pública do Maranhão, articulação que congrega órgãos públicos das esferas federal, estadual e municipal com atuação nas áreas de controle, fiscalização e prevenção à corrupção,

Em defesa das prerrogativas conferidas pela Constituição Federal, artigos 70 a 75, aos Tribunais de Contas da União e estaduais, relacionadas ao exercício do controle externo da Administração Pública, que lhes garantem independência no exercício de sua função, inclusive para expedição de atos normativos que versem sobre aspectos específicos de suas áreas de atuação, sem subordinação aos demais Poderes;

Em defesa do modelo constitucional que assegura autonomia e autogoverno aos Tribunais de Contas no que pertine à iniciativa privativa para instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e seu funcionamento, bem como para elaborar seu regimento, como resulta da interpretação lógico-sistemática dos artigos 73, 75 e 96, II, da Carta Magna de 1988 (ADI 4643/RJ, Rel. Min Luiz Fux, DJe 28.11.2014, ADI 1.994/ES, Rel. Ministro Eros Grau, DJe 08.09.06; ADI nº 789/DF, Rel. Ministro Celso de Mello, DJ 19/12/94);

Em defesa da competência dos Tribunais de Contas para fiscalizar os gastos públicos sob os aspectos da legalidade, da legitimidade e da economicidade, conforme disposto no art. 70, caput, da Constituição Federal;

Em defesa dos princípios da moralidade, da eficiência e da responsabilidade na gestão fiscal, que devem nortear toda atuação estatal, consoante previsto na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), bem como nos arts. 37, caput, e 165 da Constituição Federal de 1988;

Em defesa do conteúdo da IN/TCE/MA n. 54/2018, que atendeu a Requerimento Conjunto do Ministério Público de Contas e do Ministério Público Estadual no sentido de disciplinar o emprego de recursos públicos para a realização de festividades, face à necessidade, dentro do cenário de restrição orçamentária por que passam muitos entes públicos, de priorização de gastos, garantindo-se assim políticas públicas voltadas à concretização do princípio da dignidade humana (CF, art. 1º, III);

Em defesa do pagamento digno e pontual dos servidores e contratados da Administração Pública Municipal no Estado do Maranhão, bem como da priorização da saúde e da educação como serviços públicos essenciais à garantia do mínimo existencial;

Vem manifestar integral apoio ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, expressando preocupação com o teor da Proposta de Emenda Constitucional n. 02/2018, de autoria do Deputado Estadual Júnior Verde, que acrescenta o inciso XIII e os parágrafos 5º, 6º e 7º ao art. 51 da Constituição do Estado, colocando em risco a autonomia e a independência da Corte de Contas maranhense, no que tange à prerrogativa de expedir atos e instruções normativas sobre matérias de sua competência.

A Rede de Controle da Gestão Pública do Maranhão entende que o fortalecimento dos mecanismos de controle externo contribui para a melhoria da eficiência no gasto público e para o enfrentamento à corrupção. Nesse sentido, o modelo de organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas brasileiros está bem definido pelo poder constituinte originário de 1988, e não pode ser restringido pelo poder constituinte derivado dos Estados, sob pena de macular-se a harmonia e o respeito às instituições democráticas deste país.

Tá ficando feio para o deputado estadual Júnior Verde.

César Pires volta a cobrar a votação de PEC das Emendas Impositivas

por Jorge Aragão

Engana-se quem imagina que o deputado estadual César Pires (PEN), autor da PEC das Emendas Impositivas, desistiu da luta de dar mais liberdade ao parlamento maranhense, através desse mecanismo verdadeiramente democrático.

Nesta quinta-feira (15), quando da reabertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa após o período do Carnaval, César Pires voltou a Tribuna para solicitar que a PEC e a absurda e ilegal decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre as emendas impositivas seja apreciada pelo Plenário da Casa.

“Esta Casa precisa continuar com esse sentimento libertário e de ascensão, para isso é necessário que a Mesa Diretora coloque a juízo de nossos pares a PEC das Emendas Impositivas, que já se encontra nesse parlamento. Se a nossa Casa cresceu de um lado apresentando nomes e talentos com direito de poderem guindar situações melhores, a nível nacional, ela agora também tem por obrigação apresentar o direito também de ter a liberdade do Parlamento maranhense. A redenção do Parlamento maranhense, que vem se escusando há muito tempo de votar a emenda impositiva”, afirmou César Pires.

Lembrando que César Pires deu entrada na PEC das Emendas Impositivas no início do segundo semestre do ano passado, mas ela seguiu tramitando a passo de cagado com câimbra e emperrou na CCJ.

Somente depois de inúmeras cobranças na Tribuna, no fim de novembro de 2017, que a CCJ se posicionou e ainda fez vergonhosamente. Para tentar barrar a PEC das Emendas Impositivas a CCJ, de maneira absurda, afirmou que a proposta era inconstitucional

“Presume-se que na CCJ haja pessoas capazes de analisar os projetos de lei, emendas ou medidas provisórias, mas eu teria vergonha de assinar o parecer dado à PEC da Emenda Impositiva, contrário inclusive ao parecer técnico da Consultoria Legislativa”, disse à época César Pires, que ainda lembrou que a Câmara Federal e os legislativos de outros estados aprovaram e fizeram valer as emendas impositivas, por serem absolutamente legais.

Agora resta aguardar quando efetivamente a PEC das Emendas Impositivas será efetivamente apreciada em Plenário.

De qualquer forma, poderá se fazer uma comparação entre a PEC das Emendas Impositivas e a PEC 002/2018 de autoria do deputado estadual Júnior Verde (PRP) que, atendendo solicitação da FAMEM, apresentou uma proposta tentando barrar a instrução normativa apresentada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) sobre o gasto do dinheiro público diante de salários atrasados dos servidores públicos municipais.

Ao justificar sua proposta, Júnior Verde assegurou que “é uma PEC que visa estabelecer critérios dentro das perspectivas de normas estabelecidas pelo TCE na relação, na inter-relação entre os municípios maranhenses”.

Só não será admissível que a PEC apresentada em 2018 e que mal começou a tramitar, seja votada primeira que a PEC das Emendas Impositivas.

É aguardar e conferir.

Crise: mais deputados governistas denunciam secretários candidatos

por Jorge Aragão

Engana-se quem imaginou que o desabafo e a grave denúncia feita, na quarta-feira (07), na Assembleia Legislativa, pelo deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB), que contou com o aparte de outro parlamentar governista, Vinícius Louro (PR), contra secretários do Governo Flávio Dino que são candidatos nas próximas eleições, seria um fato isolado.

Nesta quinta-feira (08), poderia se imaginar que o assunto seria esquecido, mas não foi e pelo menos mais quatro deputados, todos governistas, voltaram a afirmar que secretários do Governo Flávio Dino, que querem ser deputados, estariam cometendo crime eleitoral.

O assunto desta vez foi iniciado pelo deputado Josimar de Maranhãozinho (PR). O parlamentar mais votado em 2014, mas que tem um mandato apagado na Assembleia, utilizou a Tribuna para ratificar as palavras do colega Raimundo Cutrim e ainda chegou a citar o nome de Márcio Honaiser, secretário de Agricultura do Maranhão.

“Secretário está indo aos nossos municípios, à minha região especificamente e chega lá como secretário presenteando a oposição com dinheiro do governo, com equipamentos que custam mais de R$ 500 mil. No final de semana passada, a oposição com o Secretário Márcio Honaiser, que usa claramente a Secretaria para promover sua própria campanha, foi lá e presenteou com dois tratores, caminhões para a oposição do prefeito. Enquanto que o prefeito, que é meu aliado, prefeito reeleito, o prefeito de Araguanã, prefeito esse que discursou no evento do partido, do PR, representando todos os prefeitos e ali elogiou o governo, que é aliado do governo, em setembro pediu uma colaboração para o Festival do Peixe, não teve. Pediu uma colaboração, em novembro, para o aniversário da cidade, também não teve. Pediu uma colaboração agora para o carnaval e foram liberados cinquenta mil reais para fazer um carnaval com quatro noites de festa na cidade”, desabafou Maranhãozinho.

O deputado ainda deixou claro que se esse desmando continuar, ele deixará a base do Governo Flávio Dino.

“Então, isso eu já comuniquei às pessoas do nosso Governo, eu que faço parte desse governo, mas de forma alguma vou estar no governo que as pessoas que estão à frente, que representam o governo, lá na minha região, não respeitam o meu partido e muito menos os meus aliados”, finalizou.

Josimar de Maranhãozinho foi aparteado por outros três deputados governistas – Stênio Rezende (DEM), Sérgio Frota (PSDB) e Júnior Verde (PRB) – todos também reafirmaram as graves denúncias.

“O senhor Márcio Honaiser me dá também uma dor de cabeça em duas pequenas cidades, em Nova Colinas e em Benedito Leite. Ele chega, às vezes, com essas propostas para os prefeitos que dizem: não, eu voto com o deputado Stênio, citando o meu exemplo, aí ele diz: pois me dê o vice e dois ou três vereadores”, denunciou Stênio Rezende.

“Que o Executivo tenha no seu secretariado candidato a deputado, isso é normal no jogo democrático, mas não é normal o que está acontecendo. Não vamos esquecer que eles vão ser deputados. Nós já somos deputados. Quem apoia o Executivo, hoje, somos nós, aprovando projetos às vezes impopulares, mas estando de braços dados com o Executivo. O que está acontecendo é um abuso. E nós temos as prerrogativas, hoje, enquanto deputados estaduais e uma legislação que nos ampara, no sentido de limitar ações desses secretários que estão extrapolando”, afirmou Frota.

“O que está acontecendo é o uso realmente de forma, infelizmente, a prejudicar aqueles que são candidatos, porque quem tem o poder e esse poder está sendo utilizado para poder retirar prefeitos dos deputados. O sentimento que temos aqui, acho que é um sentimento compartilhado, é que estamos ajudando o governo para o governo vir contra nós. É o que está acontecendo, infelizmente”, encerrou Júnior Verde.

Apesar do desabafo de pelo menos cinco deputados governistas, ninguém do Palácio dos Leões, inclusive o próprio governador, que se diz probo e defensor da moralidade com o gasto público, se pronunciou sobre o assunto.

Resta também saber se o Ministério Público Eleitoral, diante de todas essas denúncias de abuso do poder político e econômico não irá se manifestar.

É aguardar e conferir.

Adelmo Soares na AL: Júnior Verde simplesmente amarelou

por Jorge Aragão

Para quem esperava uma sessão polêmica nesta terça-feira (23) com a presença do secretário de Agricultura Familiar, Adelmo Soares, convocado pela Assembleia Legislativa, acabou se decepcionando.

A sessão foi na realidade um “ bate-papo” com o secretário Adelmo Soares e aqueles que alardearam que iriam “ apertar” o gestor, simplesmente refugaram da ideia.

A convocação de Adelmo foi solicitada pelo deputado estadual Júnior Verde. O parlamentar era um dos mais indignados. Verde chegou a dizer que Adelmo estava fazendo política com as sementes do governo e equipamentos.

Só que Júnior Verde, pelo demonstrado na sessão, simplesmente amarelou e nem de longe foi o parlamentar indignado quando da convocação do secretário. Uma verdadeira vergonha alheia.

Entretanto, para o Blog não foi nenhuma surpresa. No dia 14 de maio, a postagem “Recuo de Júnior Verde e/ou da Assembleia Legislativa?”, onde os dois já estavam de mãos dadas num evento em Duque Bacelar.

Como a convocação de Adelmo Soares foi feita pela própria base governista, os deputados oposicionistas apenas acompanharam o “bate-papo”. O Líder do Governo, Rogério Cafeteira, estava de prontidão, mas como percebeu que a sessão seria mesmo muito tranquila, até deixou o Plenário mais cedo.

Melhor para Adelmo Soares, que não só foi na Assembleia Legislativa encarar de frente os deputados, como ainda ganhou uma boa mídia para sua candidatura em 2018.

Já Júnior Verde, conseguiu sair menor do que entrou.

Recuo de Júnior Verde e/ou da Assembleia Legislativa?

por Jorge Aragão

Para alguns, depois dos últimos acontecimentos, a tão badalada convocação do secretário de Agricultura Familiar do Governo Flávio Dino, Adelmo Soares, deve acabar em “pizza”.

Adelmo Soares foi o primeiro secretário do Governo Dino a ser convocado e sua convocação teria sido feita pelo fato de que alguns parlamentares acreditam que ele estaria utilizando o cargo para se promover publicamente e estaria supostamente utilizando a estrutura e projetos da Secretaria de Agricultura Familiar para viabilizar sua candidatura nas próximas eleições.

Entretanto, dois fatos, no mínimo curiosos, que aconteceram nas últimas horas acabaram chamando atenção e fazendo com que se coloque em dúvida a ida de Adelmo ao parlamento estadual.

Adelmo Soares foi convocado no dia 03 de maio, o fato ganhou amplo destaque no noticiário, e no dia seguinte, 04 de maio, a Assembleia encaminhou o ofício informando ao secretário a sua convocação. A primeira convocação foi inclusive marcada para o dia 16 de maio.

Só que Adelmo Soares, às vésperas da sua ida a Assembleia, encaminhou ofício informando que não poderia ir ao parlamento em virtude de um compromisso em Brasília. O detalhe é que o ofício foi datado do 12 de maio, mais de uma semana depois da sua convocação. Ou seja, se era um compromisso já agendado, o secretário não precisaria ter esperado uma semana para informar a Assembleia que não poderia ir, se foi um compromisso marcado posteriormente, demonstra bem o respeito que o secretário tem pela Assembleia Legislativa e seus deputados.

A Assembleia Legislativa também não perdeu muito tempo e remarcou a nova sessão para a ida de Adelmo Soares para o dia 23 de maio.

Só que outro fato chamou a atenção no fim de semana. O autor do requerimento convocando Adelmo Soares foi o deputado estadual Júnior Verde, teoricamente o maior interessado na ida do secretário, mas no sábado (14), Adelmo e Verde estavam de mãos dadas em um evento na cidade de Duque Bacelar, conforme foto acima.

Resta saber se tudo não passou de mera coincidência ou se alguns já trabalham para transformar a sessão com a presença de Adelmo Soares num agradável “bate-papo” com “sabor de pizza”.

É aguardar e conferir.

Insatisfação: AL convoca secretário do Governo Flávio Dino

por Jorge Aragão

Para quem ainda tinha dúvidas sobre a insatisfação da Assembleia Legislativa com o tratamento recebido pelo Governo Flávio Dino, o parlamento maranhense demonstrou nesta quarta-feira (03) que não só existe, como é enorme.

A Assembleia Legislativa aprovou o requerimento do deputado Júnior Verde convocando para uma Sessão Extraordinária o secretário de Agricultura Familiar do Governo Flávio Dino, Adelmo Soares.

O secretário tem sido acusado, inclusive por parlamentares, de utilizar o cargo para se promover publicamente. Alguns deputados afirmam ainda que Adelmo Soares será candidato nas eleições de 2018 e estaria supostamente utilizando a estrutura e projetos da Secretaria de Agricultura Familiar para viabilizar sua candidatura.

Na sessão para que foi convocado, Adelmo Soares terá, entre outras coisas, que apresentar documentos sobre as ações desenvolvidas pela sua pasta, desde o fornecimento e entrega de kit’s a prefeituras e entidades em todo o Maranhão.

O episódio nos remete a mais uma falsa promessa do governador Flávio Dino. O comunista jurou de “pé junto” que nenhum secretário de seu governo seria candidato, o que está longe de ser verdade, pois boa parte do seu secretariado deverá sim disputar as eleições do ano que vem.

Além de Adelmo Soares, devem ser candidatos em 2018 os secretários, Márcio Jerry, Jefferson Portela, Marcelo Tavares, Marcelo Coelho, Simplício Araújo, entre outros.

A convocação faz com que o governador Flávio Dino ligue a “luz amarela” com relação a Assembleia Legislativa, principalmente diante da sua citação na Operação Lava Jato, mas isso é outra história que daqui a pouco o Blog comenta.

A Assembleia Legislativa ainda não definiu a data e o horário em que o secretário Adelmo Soares será obrigado a prestar esclarecimentos ao parlamento maranhense.

É aguardar e conferir.

A estratégia equivocada e covarde de Cabo Campos e Júnior Verde

por Jorge Aragão

Quando se imaginou que depois do fatídico 15 de março, nada mais pudesse surpreender na Assembleia Legislativa, eis que aparecem os deputados estaduais Cabo Campos e Júnior Verde, com uma estratégia injusta e covarde.

Os dois parlamentares, depois de passarem quase oito horas calados, sem se pronunciar durante a votação da MP 230, resolveram, nesta quinta-feira (16), um dia após a votação, se posicionar e tentar justificar os seus votos, que foram contrários a emenda do deputado Eduardo Braide – que respeitava o Estatuto do Educador e atendia ao interesse da categoria.

Entretanto, a atitude dos parlamentares foi equivocada, pois trouxe novamente à baila o assunto, e covarde, já que esperaram os professores saírem da Assembleia para externarem seus pensamentos.

Ou seja, o “tiro saiu pela culatra” e os dois parlamentares ainda ouviram o que não queriam da Tribuna, pois tanto Max Barros, quanto Eduardo Braide responderam à altura os pronunciamentos tolos e desnecessários de Cabo Campos e Júnior Verde.

“Eu entendo que o dia e o momento para se estabelecer o contraditório, o debate, a divergência de opiniões não é o dia de hoje, era o dia de ontem, quando a matéria foi votada, quando os principais interessados estavam aqui na galeria para participar e ouvir o debate, ontem foi o grande dia para se estabelecer o contraditório, o debate, o poder da argumentação, não hoje. Nem os principais representantes do governo nesta Casa ousaram discutir mais esse assunto. Mas parece que as vezes, para alguns, é necessário mostrar algum serviço ao governo para fazer esse discurso apenas para registro da mídia”, cutucou Max Barros.

Eduardo Braide foi mais incisivo e chegou até a alertar a categoria de policiais civis e militares quando seus reajustes forem votados na Assembleia. Braide fez a comparação pelo fato de Júnior Verde ser policial civil e Cabo Campos ser policial militar.

“Os deputados tiveram toda a oportunidade de defender a medida provisória na forma original, já que estão dizendo que é a melhor coisa do mundo. Por que não subiram na Tribuna ontem para dizer que a MP era boa? Hoje, que já foi aprovada, que não tem nenhum educador na galeria para poder acompanhar a votação, sobe-se com maior arroubo para dizer que a MP é boa. Existem certos momentos que é melhor ficar calado do que falar. Pelo que estão dizendo, Polícia Militar do Maranhão, Polícia Civil do Maranhão, tomem cuidado porque, se o governo do Estado chegar aqui com uma medida para implantar a recomposição salarial em qualquer gratificação de vocês e não no subsídio, tem deputado que já declarou da Tribuna que é bom e que vai votar desse mesmo jeito. Eu quero dizer o que foi feito ontem aqui, foi rasgar o Estatuto do Magistério. E falo em alto e bom som, que essa matéria será levada à Justiça e eu tenho certeza que a Justiça haverá de reconhecer esse equívoco”, finalizou Braide, que durante o seu discurso, comprovou mais uma vez, através de matéria retirada no site do próprio SINPROESEMMA, que a categoria não queria a gratificação em cima da GAM, mas sim em cima do vencimento.

Pelo visto os dois parlamentares, com a ida extemporânea na Tribuna, apenas fizeram com que o assunto viesse novamente ao debate e que estavam com medo de se posicionar diante dos professores.

Dessa forma, era melhor terem realmente ficado calados.