Haickel justifica o fato de assumir a SECOM na gestão Braide

por Jorge Aragão

O ex-deputado Joaquim Haickel, que foi um dos apoiadores da candidatura de Eduardo Braide a Prefeitura de São Luís, utilizou as redes sociais para explicar os motivos que lhe levaram a aceitar o convite de assumir a Secretaria de Comunicação no Governo Eduardo Braide, que será iniciado em 1º de janeiro de 2021.

Joaquim Haickel já havia deixado claro que não assumira nenhum cargo, mas acabou sendo convencido a mudar de ideia, aceitando o convite e ajudar o aliado, Eduardo Braide, a fazer uma boa gestão na Prefeitura de São Luís.

Com o título “Bons motivos”, Haickel explicou sua decisão, Vejam abaixo.

Faz alguns dias, Eduardo Braide, me pediu que fosse ao escritório que ele montou para desenvolver as ações concernentes à transição administrativa do município de São Luís.

Imaginei que pretendia conversar comigo sobre nomes de pessoas que ele desejava indicar para os cargos de secretário de assuntos políticos, educação ou esporte, funções que eu havia exercido nos governos de Lobão, Fiquene e Roseana, ou mesmo para a pasta da cultura, uma vez que trabalho neste setor, como escritor e cineasta.

Ele foi direto. Sem fazer rodeios, disse que sabia que eu não desejava voltar a exercer nenhum cargo ou função no âmbito político, mas que precisava de mim para desempenhar uma determinada função. Que ele acreditava ser eu a pessoa mais indicada para a missão, uma vez que em sua opinião, conheço bem esta área e tenho boa capacidade de diálogo com os mais diversos protagonistas deste setor. Tendo dito isso, ele me convidou para ser seu secretário de comunicação social.

Na hora fiquei surpreso e atônito. Minha primeira reação foi sorrir, meio sem jeito. Elegantemente agradeci o convite e o recusei, mas ele insistiu, dizendo precisar de mim para aquela função e explicou seus motivos. Foram bons motivos.

Fui conversar com Eduardo, preparado para falar sobre outras pessoas, jamais sobre mim mesmo, até porque desde 2015, havia decidido que não mais iria participar de forma efetiva da política, ocupando cargos ou exercendo mandatos.O inesperado convite, a forma como ele foi feito, e os argumentos que foram usados, me fizeram baixar a guarda.

Perguntei-lhe se aquele convite era apenas uma manifestação de gratidão pelo apoio que eu sempre dei a ele, desde antes de sua candidatura e mesmo durante a campanha eleitoral. Ele foi taxativo e convincente ao dizer que não. Conhecendo-o bem, sei que ele não é mesmo de ter esse tipo de atitude. Ele é tímido, mas direto e positivo e às vezes por isso, aparenta distância e até frieza.

Disse-lhe que se fosse o caso, eu já estaria muito mais que satisfeito, contemplado apenas com o convite para fazer parte de um projeto que acredito, mudará o rumo da política maranhense nos próximos anos.

Ele reafirmou que não se tratava de mera gratidão, mas de um pedido de sacrifício pessoal, uma vez que ele acredita que eu, com o tato e a paciência cultivados e desenvolvidos em mais de 32 anos na lide política, pudesse realizar a importante missão de gerenciar esse segmento bastante sensível em qualquer governo: A comunicação do prefeito e de seu governo com o público interno, estabelecendo métodos e formas com que a administração municipal possa atuar e se apresentar, e da mesma maneira com o público externo, com quem o prefeito, seus assessores e a municipalidade, de modo geral, possa manter diálogos, comunicando seus projetos e apresentando suas ações, bem como ouvindo as demandas da sociedade, através das instituições representativas, dos políticos e diretamente da população.

Confesso que se Eduardo tivesse me convidado para ocupar alguma outra secretaria, com ênfase para aquelas as quais já ocupei nos governos em que participei, sem pestanejar, mas com grande gratidão e elegância, eu recusaria.

Porém, como ele disse precisar especificamente de mim para desempenhar esse papel, resolvi aceitar seu pedido, mesmo tendo que romper um acordo que tinha comigo mesmo, perante minha mãe, meu irmão e minha esposa, a quem havia prometido me manter fora da política formal.

Aceitei o convite para compor a equipe de Eduardo Braide por três bons motivos: Para atender ao apelo que ele me fez; Para poder estar próximo a ele neste momento tão importante, e quem sabe ajuda-lo de alguma forma, na difícil tarefa que terá pela frente; e pela possibilidade de participar de um evento único, que acredito, mudará o rumo e o destino político do Maranhão, coisa para quando eu já for um septuagenário.

É aguardar e conferir.

Joaquim Haickel comemora primeiros nomes anunciados por Braide

por Jorge Aragão

O ex-deputado Joaquim Haickel, nas redes sociais, destacou com entusiasmo os primeiros nomes anunciados pelo prefeito eleito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), para compor a sua equipe de governo.

Para Haickel, os nomes anunciados, já foram seis até o momento, colocam o time de Braide num patamar de secretariado de Estado.

Vale destacar que Joaquim Haickel já teve seu nome especulado para integrar a equipe de Eduardo Braide, mas o próprio Joaquim descartou essa possibilidade.

Braide já anunciou seis nomes para sua equipe: Verônica Pires (Secretaria Municipal de Projetos Especiais); Simão Cirineu (Secretaria de Planejamento); José Azzolini (Secretaria de Fazenda); Kátia Bogéa (Fundação Municipal do Patrimônio Histórico); Rosângela Bertoldo (Secretaria de Assistência Social) e Marcos Affonso (Secretaria de Segurança com Cidadania).

A expectativa é que nas próximas horas o prefeito eleito siga anunciando novos nomes e defina por completo a sua equipe, que inicia oficialmente o trabalho pela capital maranhense a partir de 1º de janeiro de 2021.

É aguardar e conferir.

Sobre reeleição do Legislativo

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Quando nós que fomos constituintes elaboramos a Constituição Federal de 1988, debatemos ampla e minuciosamente vários aspectos, entre eles alguns que tratavam do funcionamento do Poder Legislativo, uma vez que nós estávamos saindo de um regime de exceção e precisávamos garantir por todos os meios, que não houvesse nenhum retrocesso na transição para a democracia.

Uma das coisas que nos chamou atenção foi como ficaria o comando das duas casas do Congresso Nacional, fato que repercutiria para estados e municípios.

Sabedores da tendência que alguns de nós temos para nos perpetuarmos em cargos e funções, resolvemos colocar no texto constitucional, dispositivos que impossibilitassem que os membros das mesas diretoras, principalmente os presidentes delas, se eternizassem nos cargos.

Os legisladores estabeleceram como regra fundamental que um parlamentar que ocupasse um cargo na Mesa Diretora de uma casa legislativa não poderia nem sequer concorrer ao mesmo cargo, na eleição imediatamente subsequente, dentro da mesma legislatura. Lembre-se que uma legislatura tem quatro anos e os mandatos das mesas diretoras tem apenas dois.

São os presidentes das casas legislativas que estabelecem as pautas das matérias a serem apreciadas, são eles que impedem ou possibilitam uma ou outra votação, barrando ou permitindo que uma lei tramite, que vá ou não à votação.

A permanência de uma pessoa por muito tempo nesses cargos pode significar a agilização, o atraso ou mesmo o boicote de alguma matéria importante de interesse de algum grupo ou até de toda sociedade, como é o caso das reformas que tanto precisamos.

Distorções causadas pela errônea interpretação deste dispositivo constitucional, por parte do Supremo Tribunal Federal, fizeram com que os poderes legislativos, em suas três esferas, fossem transformados durante muitos anos, em feudos, e controlados por grupos políticos que desvirtuavam não apenas a função do Poder Legislativo, mas também e principalmente o equilíbrio de forças indispensáveis para que haja realmente a necessária harmonia entre os poderes.

Vejam o que aconteceu no Maranhão, durante dez anos. Um grupo sequestrou a Assembleia Legislativa do Estado, e fez isso com o respaldo do STF que rejeitou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, levantada por nós contra isso, e permitiu que tal contrassenso fosse perpetrado.

Para quebrar essa sequência de usurpação do Poder Legislativo maranhense, foi necessário que alguns deputados se rebelassem e desbancassem os latifundiários da ALM, vencendo no voto, uma dificílima eleição, mesmo contra todo o poder que se estabeleceu de forma arbitrária naquela casa, que tinha inclusive o beneplácito do Poder Executivo de então.

Será que alguém imagina que um parlamentar possa durante dez anos presidir um Poder Legislativo, e que isso possa ser uma coisa boa?

O que se viu esta semana, mais uma vez, foi uma Suprema corte dividida, onde parte dos juízes, como quase sempre tem ocorrido, tentavam impor seu entendimento, sempre ideológico e politizado. Mas o bom senso prevaleceu desta vez.

A Constituição é claríssima. A interpretação do texto não deveria requerer tamanha batalha. A maioria dos legisladores originários estão por aí, vivos, lépidos e fagueiros, perguntem a eles, por que incluíram na Constituição o dispositivo constante do parágrafo 4° do artigo 57!?

São por essas e por outras coisas que o Brasil é hoje um país completamente desajustado. Seu presidente é destemperado; a maioria de seus deputados e senadores só pensam no que fazer para se reeleger, desconhecendo que para isso basta ser trabalhador, coerente, leal e honesto; o Judiciário politiza todas as suas ações; e o povo que, ou é absurdamente manipulado por uns e por outros, ou é simples e completamente despreparado para uma vida cidadã, em sociedade, pois não tem a instrução nem a educação necessária para isso.

O bom trabalho de Anderson Lindoso na Lei Aldir Blanc

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Uma das metas de minha vida sempre foi tentar ser uma boa pessoa, claro que isso estabelecido do meu ponto de vista, dentro dos meus parâmetros, seguindo aquilo que eu tenho como coerência.

Sempre busquei agir armado de inteligência e sabedoria, imbuído dos sentimentos de nobreza e honra, focando sempre no equilíbrio, na eficácia, na eficiência, na efetividade e na excelência de minhas atitudes e ações.

Digo tudo isso pra respaldar o que direi abaixo, uma vez que, por ser como eu sou, dá margem para algumas interpretações errôneas e outras maliciosas, de pessoas que acham que por eu fazer parte de um grupo político e ideológico, não posso de modo algum elogiar alguma coisa boa que outras pessoas possam fazer.

Nada nem ninguém me fará ser diferente, pois se o for, não serei eu.

Hoje gostaria de falar sobre a atuação do secretário de cultura Anderson Lindoso na importante ação que vem fazendo no que diz respeito a execução do orçamento relativo a Lei Aldir Blanc.

Anderson, dentro de seus limites, tem feito de tudo para agilizar a utilização de uma imensa quantidade de dinheiro que foi disponibilizado pelo governo federal para ser repassada para os agentes culturais de nosso estado.

Não vou dizer que tudo está sendo totalmente perfeito, pois perfeição em administração, principalmente pública, não existe. O que existe é a busca por ela e é essa busca sincera e desprendida que tenho visto por parte do gestor estadual de cultura.

Se houvesse prazo suficiente, algumas coisas poderiam ter saído bem melhor, é verdade, mas dentro das possibilidades, tem sido muito bom o trabalho. Não vou desconhecer que problemas existem, mas nenhum dos que eu detectei são causados por desinteresse, má vontade ou mesmo por sectarismo, da parte do secretário.

Os recursos da Lei Aldir Blanc para o governo do Estado do Maranhão somam a incrível quantia de 62 milhões de reais, duas vezes mais que o orçamento da SEDEL durante todos os quatro anos em que eu fui secretário daquela pasta.

As limitações jurídicas e o exíguo tempo de execução da Lei Aldir Blanc, que é emergencial, impede que possam ser feitas ações mais pontuais e estruturantes com esses recursos, que são destinados, como o nome diz, para socorro emergencial de um setor da economia que foi completamente destruído pela pandemia de Covid-19.

Existem ainda duas coisas que podem e deveriam ser feitas para melhorar ainda mais a ajuda que tanto o governo federal quanto a SECMA estão fazendo para o setor cultural: Prorrogar o prazo da utilização dos recursos, que vai originalmente até 31 de dezembro, uma vez que os efeitos nocivos da pandemia não terminarão naquela data. Quem nos dera!… E o aumento da possibilidade de apresentação de mais projetos por parte dos agentes culturais, coisa que a SECMA já está fazendo, mas de maneira tímida, uma vez que ainda sobrará muito recurso, que infelizmente terá que ser devolvido aos cofres do Tesouro Nacional, o que é péssimo para qualquer gestor e principalmente para o setor cultural maranhense.

De qualquer maneira, cumpro aqui a minha obrigação, não por elogiar publicamente o secretário de cultura do nosso estado por seu trabalho no que diz respeito à Lei Aldir Blanc, mas por cumprir uma obrigação que tenho comigo mesmo, de dizer o que penso e no que acredito.

Parabéns ao Anderson e ao pessoal da SECMA. O setor cultural maranhense agradece.

Reforma política e eleitoral já !!!

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Antes da eleição, alguns candidatos a vereador me procuraram para que eu fizesse uma análise das condições eleitorais de diversos partidos. Alertei-os sobre o panorama da eleição e os avisei que com o fim das coligações, o cálculo do coeficiente eleitoral seria feito apenas com os votos que cada partido obtivesse. Disse-lhes que o mais sensato a fazer para ser eleito, era ser o mais votado do partido e rezar para que ele tivesse pelo menos os votos necessários para eleger um vereador.

No final, o que se viu foi muito candidato bom não conseguindo se eleger. Gente que perdeu a eleição tendo três ou quatro vezes mais votos que quem ganhou, e o que é pior, pessoas que tiveram votação semelhante às dos mais votados, cujo partido não conseguiu votos suficientes para atingir o coeficiente eleitoral e não elegeu nenhum representante.

Mais do que nunca, depois dessa eleição, ficou claro que precisamos urgentemente de uma profunda reforma política e eleitoral, que possa garantir efetivamente que a escolha do cidadão será respeitada.

Exemplo de que precisamos urgentemente dessa reforma se verá quando Eduardo Braide assumir a prefeitura e deixar de ser deputado federal. Em seu lugar assumirá o suplente da coligação PMN/PHS, que elegeu em 2018 dois deputados, ele, Eduardo, com 190 mil votos e o Pastor Gildenemyr com 47 mil votos. O primeiro suplente, Josivaldo JP, que obteve apenas 23 mil votos será nosso novo representante na Câmara Federal.

Isso ocorre porque a regra eleitoral favorece a agremiação partidária, deixando de lado o interesse do eleitor, uma vez que os menos votados acabam tendo preferência, em detrimento daqueles que conseguiram uma maior votação, como é o caso do deputado Gastão Vieira que obteve 58 mil votos, mais que o segundo colocado da coligação PMN/PHS, e bem mais do dobro de votos do suplente, Josivaldo JP, que será efetivado como deputado federal a partir de janeiro próximo, enquanto Gastão, em que pese ser um ótimo parlamentar, mesmo que ande um tanto equivocado politicamente, continuará dependendo da boa vontade do governador Flávio Dino e de seus correligionários para que possa assumir uma vaga de deputado federal.

Vejam bem que estou sendo totalmente pragmático. Estou dando um exemplo desfavorável a um deputado que irá apoiar o prefeito que acabamos de eleger em São Luís e mostrando que um que votou contra ele, deveria assumir o mandato.

O erro não é meu! O erro é da lei. Só quem deseja que o Brasil siga torto, capenga, aleijado no tocante às leis que regem a forma como escolhemos nossos representantes, concorda com ela.

O voto proporcional distorce a intenção do eleitor. Ele deseja uma coisa e a lei eleitoral lhe dá outra. O voto majoritário, com o qual só os mais votados se elegem, é tido como conservador demais, pois segundo seus críticos, não dá chance igualitária de representatividade aos candidatos menos fortes.

Em minha modesta opinião o melhor tipo de voto é o distrital simples, onde municípios e estados são divididos em distritos, tendo por base suas zonas eleitorais, e neles cada partido pode apresentar apenas um candidato para disputar a vaga referente àquele distrito, o que efetivamente regionaliza a disputa e propicia uma maior e melhor ligação do eleitor com seus representantes.

Penso ser este é o melhor tipo de voto que podemos ter em nosso país. Ele é mais justo, mais democrático e retrata a vontade direta do povo. Além disso a adoção do voto distrital simples servirá de filtro natural para a diminuição dessa absurda quantidade de partidos, através da solidificação e do fortalecimento apenas daqueles que realmente tenham aceitação e respaldo social e popular.

Carta ao futuro prefeito de São Luís

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Meu caro Eduardo Braide, eu sempre tive certeza de que a esperança venceria o medo e você ganharia a eleição para prefeito de São Luís, tanto que estou escrevendo esta carta no dia 23 de novembro, mas ela só será publicada no dia 30, depois que tivermos comemorado a vitória da coragem e da liberdade do povo de nossa cidade.

Você e seus companheiros ganharam uma eleição difícil, onde o poder político e financeiro se colocou do lado de seu adversário. Tenho certeza que nesta última semana nossos opositores irão fazer de tudo para tentar reverter a derrota, mas tenho igual certeza de que não conseguirão. O máximo que poderão fazer é compraram votos e diminuírem a diferença.

Você e seus companheiros lutaram o bom combate, mantendo a disputa num nível elevado, o quanto foi possível, principalmente apresentando as suas propostas para administrar nossa amada São Luís, de forma clara e realista.

Você tem agora apenas um mês para se organizar, no sentido de se preparar para o verdadeiro desafio, que será gerir a máquina administrativa municipal, para tomar decisões nem sempre fáceis ou boas, decisões que influenciarão direta e indiretamente a vida de mais de um milhão de seus conterrâneos.

Você demonstrou grandeza ao estar disposto a firmar parcerias com o governo do estado no sentido de proporcionar à nossa cidade alguns benefícios, mesmo que o governador e seus assessores não tenham tido um comportamento republicano e democrático, durante a campanha eleitoral.

Ao fazer isso, você demonstrou não só grandeza de caráter, mas provou para ele e para o povo de São Luís, os que votaram e os que não tiveram o bom senso de votar em você, de que seu objetivo é principalmente realizar uma grande e boa administração.

Sua grandeza de espirito não será igualada pelo governador, que não deverá reconhecer a derrota e cumprimenta-lo pela vitória, como exige que o presidente Bolsonaro faça em relação ao presidente eleito dos Estados Unidos. Incoerência é marca registrada dele.

Você venceu essa eleição em primeiro lugar, por mérito próprio, graças à sua obstinação, à sua dedicação, à sua garra, ao seu trabalho em prol da cidade e de sua gente. Depois, essa vitória deve ser creditada àqueles que desde sempre estiveram ao seu lado, que acreditaram em você e em seus bons propósitos. Mesmo sendo citado em terceiro lugar, o apoio daqueles que se juntaram a sua campanha no segundo turno foi decisivo. Sem eles seria praticamente impossível termos ganho essa eleição. Por fim e principalmente, essa vitória tem que ser creditada aos eleitores que votaram, não simplesmente em você, mas nas suas propostas, na sua postura, na esperança que você encarnou.

Em que pese você ser ainda bem jovem, já é bastante experiente, porém nunca é demais repetir: o poder deve ser exercido basicamente com quatro instrumentos: sabedoria, inteligência, nobreza e honra. Muitas vezes você será colocado a prova, no sentido de saber qual a quantidade de cada um desses ingredientes há realmente em você, e em sua administração.

Imagino que alguns ensinamentos que recebi de meus pais, você e seus irmãos também receberam de Antônia e Carlos. Coisas como: “Estude; Preste atenção; Seja paciente; Ouça mais do que fale; Não tenha medo de reconhecer um erro, e se desculpe quando por acaso cometer algum. Saiba separar os amigos verdadeiros dos de ocasião. Saber ganhar é tão importante quanto saber perder; Busque e exija sempre o sucesso, mas valorize o esforço sincero das pessoas; A meritocracia é a melhor das réguas; As pessoas tem obrigação de ser acessíveis, disponíveis e corteses; Poder não é para quem tem, mas para quem sabe; Quem não sabe é como quem não vê; Você não é obrigado a firmar compromissos, mas se os fizer, cumpra-os ou os repactue; O sim só é uma palavra boa quando é verdadeiro ou possível; O não só deve ser dito se for terminantemente necessário…”

Não preciso lhe dizer como estou feliz por sua vitória eleitoral, mas ficarei muito mais feliz por sua vitória administrativa, pois dela dependem outras vitórias políticas.

Sei que você sabe que as coisas não serão fáceis, que o trabalho será grande e árduo, mas que muita coisa boa pode ser feita de forma simples, rápida e descomplicada. Sei também que você tem como principal meta de sua administração o atingimento daquelas cinco palavras que começam com a letra “E”: Equilíbrio, Eficácia, Eficiência, Efetividade e Excelência, mas nem sempre isso será possível, e você precisará estar preparado para saber como remediar tais situações.

Eduardo, sei que não é necessário dizer-lhe isso, mas mesmo assim insisto. Afaste completamente de você maus sentimentos como arrogância, prepotência, autossuficiência e soberba. Não seja, nem permita que ninguém ao seu redor seja, sectário ou maniqueísta. Fuja da hipocrisia e da desfaçatez a todo custo. Nós acabamos de ver que esses sentimentos podem levar os mais poderosos a uma retumbante derrocada.

Por fim só me resta desejar a você boa sorte, pois acredito que muitos dos outros ingredientes necessários para o sucesso, ou você já os tem ou não terá nenhuma dificuldade em consegui-los.

Haickel critica Fake News de Flávio Dino

por Jorge Aragão

Apesar da pá de cal que o próprio PT deu no governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e na campanha do candidato do Republicanos, Duarte Júnior, sobre a tentativa de nacionalizar a disputa eleitoral de São Luís (reveja), o comunista parece querer seguir com Fake News.

O ex-deputado Joaquim Haickel, nas redes sociais, criticou a postura da maior autoridade do Maranhão se prestar a divulgar Fake News durante a campanha eleitoral.

A crítica certeira de Joaquim foi acompanhada de um vídeo, que acabou viralizando nas redes sociais e, mais uma vez, desconstruindo a Fake News que tentam, a todo custo, implantar como verdade desde o 1º Turno.

Definitivamente, espalhar Fake News não é uma postura digna de um governador, principalmente se quer almejar voos mais altos nacionalmente.

Honra e nobreza

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Como sempre, acordei cedo e vim para meu escritório, ler e escrever. Passei uma vista no Facebook e no Twitter, uma vez que não sou muito gabaritado no Instagram. Constatei que o mote do momento do grupo palaciano é pressionar aqueles que não desejam apoiar o representante remanescente do consórcio dinista na disputa pela prefeitura de São Luís.

Li postagens de grandes amigos meus, como os secretários Carlos Lula e Felipe Camarão nesse sentido.

Respeito Lula e Felipe. Tenho por eles verdadeira amizade e grande admiração por serem boas pessoas, e essa é uma constatação que muito me agrada, pois ao contrário dos maniqueístas e sectários do grupo atualmente alojado no Palácio dos Leões, eu sei que boas pessoas existem em todo lugar, até mesmo entre gente que não aceita ou respeita a opinião dos outros, onde a chefia, o comando, só aceita de seus comandados a formal continência e a automática obediência, seguida de irrestrita subserviência, perfil aos quais pessoas como Lula, Felipe, Marcellus, Ted, Anderson, entre outros poucos, não se enquadram.

Cresci no meio da política. Aprendi muito nos 32 anos nos quais ocupei cargos no legislativo e no executivo. Sempre mantive minha coerência. Cultivei uma relação fraterna com aqueles que em meu grupo político tinham posto de comando, mas sempre de forma socrática, ponderando criticamente sobre os caminhos, o meu e o do meu grupo. Mantive uma relação sempre respeitosa com todos, mas me choquei de frente com atitudes e ações com as quais discordava, por acharem que fossem erradas ou descabidas.

Para quem não se lembra fui contra mudar o nome de secretaria para gerência, fui contra a extinção do SIOGE e o sucateamento do nosso setor agropecuário. Sempre agi de forma crítica, fiz isso, até mesmo no relacionamento com meu pai, a quem devo tudo que sou ou tenho.

Compreendo perfeitamente que pessoas como Lula e Felipe, que são amigos fiéis do governador, o acompanhem automaticamente, até porque o caminho escolhido por Flávio Dino, é o mesmo caminho deles, além de ser aceito por eles de bom grado. O que acho que eles não podem fazer é recriminar quem tenha escolha diferente que as suas, pois ninguém pode pedir o sacrifício pessoal de outra pessoa.

Lembro que uma vez recebi uma ligação da então governadora Roseana Sarney, onde ela dizia que gostaria que todos os deputados que se afinavam com o seu governo se filiassem no PFL, que quem fizesse isso teria mais apoio do governo em seus pleitos, e que ela queria que eu fizesse o mesmo. Eu a fiz ver que se fizesse o que ela me pedia, eu não me reelegeria, pois o PFL tinha um grupo de deputados com muito mais votos e recursos que eu, que um político pode fazer quase tudo, mas duas coisas são terminantemente proibidas, cometer suicídio moral e eleitoral. Roseana ficou chateada comigo, mas eu me reelegi e pude contar essa e outras histórias.

Flávio Dino obrigar Rubens Junior, que teve seu pai insultado, a apoiar seu caluniador é a suprema humilhação.

É ridículo quererem que o senador Weverton Rocha apoie um candidato a prefeito que se eleito for, vai dificultar a sua jornada rumo ao governo do Estado em 2022. Isso é algo ultrajante e se alguém se submete a tamanha humilhação e subserviência, é sinal de que essa pessoa não pode ser confiável.

Respeito todo aquele que tem posição clara, que está do lado de seus companheiros de luta, como é o caso de meus queridos amigos Carlos Lula e Felipe Camarão, mas não tenho em alta conta quem se submete a vontade do chefe com sacrifício próprio.

Na Bíblia há um caso simbólico, que para os crentes é a maior demonstração de fé, respeito e obediência. É Abraão ter aceitado por ordem de Deus sacrificar seu próprio filho. Mesmo tendo sido por ordem de Deus, Abraão, como homem e homem de caráter deveria ter questionado a Deus: “Senhor se é verdade que me amas, porque pedes o sacrifício do meu amado filho!?”

E olha que Flavio Dino nem é Deus!… Mas acho que ele ainda não sabe disso.

Porque Eduardo Braide

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Faz alguns dias, ao entrar em um supermercado, fui abordado por uma senhora que me pediu que lhe explicasse porque apoio Eduardo Braide para prefeito de São Luís, e o mais curioso ainda em seu pedido, é que ela gostaria que eu também explicasse, o que a fazia simpatizar tanto com esse jovem político, a ponto de querer vê-lo dirigindo o destino de sua cidade e de certa forma, as vidas das pessoas que nela habitam.

Ajudei a senhora e seu marido a colocarem as compras em seu carro e conversei com eles.

O marido mostrou ser mais direto e enfático sobre sua escolha: “Ele é visivelmente diferente dos outros candidatos. Não vive fazendo propaganda de si mesmo, dizendo que fez isso, fez aquilo, que defendeu o consumidor… E também não tem por trás de si grandes grupos políticos como o do governador ou o da exgovernadora”.

Já a esposa, desconfiada até de seus próprios motivos para simpatizar com seu candidato, questionava e argumentava: “Todo político, durante a campanha eleitoral, parece um anjinho, mas durante o mandato, mostra que no lugar das asas de querubim, possui asas de morcego, como as do satanás!” E continuava: “Eu olho e ouço esse Braide e ele me parece realmente bem diferente dos outros, mas já me enganei tantas vezes que estou descrente. Será que eu vou me enganar de novo!?” Ao que o marido retrucou: “Eu não vou me arrepender de votar nele. Confio nele. Eu conheço gente!”

Tentei explicar ao simpático casal que o voto é sempre dado motivado por alguma emoção. Que eles precisavam saber qual a emoção que os motiva a votar em Braide.

A senhora respondeu na bucha: “Ele me passa confiança”. O marido dela completou: “Ele fala de forma simples, passa credibilidade…” No que sua esposa interrompeu, desconfiada: “Mas não é isso que os políticos fazem! Falam manso, abraçam e beijam criancinhas, aparentam uma coisa e são outra!?”

Tentei explicar pra ela que é assim que ocorre com todos, na vida. Que o eleitor precisa conhecer seu candidato para se enganar o menos possível com ele.

Dei-lhe o exemplo de meu pai. Ele fazia questão de se mostrar como realmente era. Simples, quase simplório, um igual entre os iguais do povo. Ele não queria que o vissem como ele não era e mesmo assim as classes mais “altas” não o aceitavam e até o repudiavam.

A senhora foi logo me cortando… “Mas o seu pai era político de um outro tipo e de um outro tempo. Sou de Viana e seu pai era amigo de Belarmino Gomes e Doca Bezerra, passava na minha rua jogando bombons pra crianças e naquela época eu achava aquilo ridículo!… Mais tarde eu fui entender que aquela era a forma apenas dele chamar atenção. A política dele era feita com os empregos que ele dava para as pessoas, as melhorias que ele trazia para os municípios. Já você era diferente dele, era mais de fazer discursos bonitos, defender ideias… Eu sei das coisas! Não sou tonta, como certas pessoas pensam!…” E fez um gesto com a boca apontando para o marido, que apenas sorriu levemente.

Tentei mostrar para aquela senhora que o que ela sentia em relação a Eduardo Braide era um misto de insegurança e esperança. Sentimentos de alguém que precisa acreditar que existe uma pessoa que pode bem dirigir nossa cidade e que este alguém é aquela pessoa, no caso Braide. Ele é a segurança e a esperança.

Perguntei-lhes novamente quais os sentimentos que os motivavam a votar em Eduardo Braide para prefeito de São Luís e a resposta foi, “simpatia, confiança, esperança e fé”.

A responsabilidade de Eduardo Braide para comigo é imensa. Não apenas para comigo, mas para com aquele casal e com todas as pessoas que vão votar nele, tendo esses mesmos sentimentos, e até mesmo para com aqueles eleitores e cidadãos que não sufragarem o seu nome no dia da eleição. Ele não poderá decepcioná-los, sob pena de se tornar igual aos outros políticos.

Acredito que nem eu nem ninguém irá se decepcionar com Braide.

PS: Nos últimos dias os demais candidatos e seus apoiadores resolveram baixar absurdamente o nível da campanha eleitoral, criando factoides e mentiras na tentativa de superarem um ao outro, o que demonstra estarem mais preocupados com a eleição de que com o respeito que precisam ter para com a população.

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O consórcio faliu

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Pelo menos por duas vezes o governador Flavio Dino inventou nas redes sociais que Eduardo Braide o ataca. Braide, durante toda esta campanha, manteve-se longe de polêmicas ou conflitos com o Flávio. Ele não abriu a boca para atacar este governador hipócrita e mentiroso.

Vejam só. Um governador que não consegue derrotar um candidato a prefeito, mesmo formando um consórcio de meia dúzia de candidatos, demonstra duas coisas: Incompetência política e falta de efetivo apoio popular. Agora está correndo atrás do prejuízo causado por suas enormes prepotência e arrogância.

O governador Flávio Dino, é o arquiteto e o engenheiro de uma intrincada construção política, na qual resolveu levantar, em solo arnoso, sem o indispensável alicerce, sete colunas para sustentar seu poder hegemônico na cidade de São Luís. Esse projeto mirabolante ficou conhecido como Consórcio FD, um condomínio no qual o governador do Maranhão seria o síndico, mas acabou se notabilizando por ser apenas o faxineiro.

Ao patrocinar as candidaturas de Duarte Junior, Neto Evangelista, Rubens Junior, Bira do Pindaré, Yglésios Moises, Jeizael Marques e Dr. Madeira, sendo que este último, demostrando tanto juízo quanto o famoso “Bota pra moer”, desistiu da caminhada, antes de chegar no paralelo 38, o governador Flávio Dino esqueceu de ensinamentos básicos da política e da física, tais como: Depois de iniciado o processo eleitoral ele certamente fugirá do controle; Água e azeite não se misturam; O combinado pode até não ser caro, mas o preço não ser a sobrevivência do outro; Não se apaga fogo com líquidos inflamáveis; Quem tem… Juízo… Tem medo!…

Com todas essas trapalhadas, estou começando a acreditar que eu vou perder a aposta que fiz, acreditando que Flávio era corajoso e obstinado e que seria candidato a presidente ou a vice, na eleição de 2022, mas já estou achando que ele vai ser mesmo é candidato a senador, pois com esse tipo de atitude ele demonstra não ter tamanho, preparo, nem habilidade para ser candidato nem a vice, quanto mais a presidente da república.

Flávio Dino está morrendo de arrependimento por ter inventado esse consórcio de candidatos a prefeito de São Luís, na tentativa de derrotar Eduardo Braide, pois além de não ter conseguido se intento, esfacelou seu grupo político, cujos membros demonstraram só estar com ele, pelo poder que por enquanto ainda detém.

Sempre soube que as lições servem para o aprendizado, mas existem mestres tão arrogantes que esquecem de lições fundamentais, como as máximas inexoráveis de custo e valor de Smith ou a do amor e do temor de Maquiavel. Flávio Dino não imagina qual é o verdadeiro custo de seu valor, nem deve ter noção de que as pessoas apenas o temem, não o amam e que fora do poder ele será apenas um qualquer, com tão pouca importância quanto eu.

Existe um filme muito bom, um clássico do western, dirigido pelo grande John Ford, estrelado por John Wayne, James Stewart e Lee Marvin, chamado “O homem que matou o facínora”, onde só quem tem coragem de desafiar o valentão da cidade é um pacato cidadão, que acaba matando o bandido em um duelo. Veja o filme e descubra quem realmente eliminou o safado!

A vida é assim mesmo. Precisamos de coisas como determinação e coragem, as tintas com as quais podemos escrever a nossa história no livro da vida.

Flávio Dino escreveu sua história e desbancou um poderoso grupo político que comandou o Maranhão por muito tempo, só que suas tintas se esmaeceram muito depressa. O preto ficou cinza, o magenta tornou-se lilás, o ciano embranqueceu e o amarelo praticamente desapareceu, expostos ao sol, nestes últimos seis anos.

Ele luta contra essa triste realidade e cobra de nós o preço, muito caro, diga-se de passagem, para se manter no conforto do poder.

Acredito que a eleição de Eduardo Braide para prefeito de São Luís seja senha para o governador Flávio Dino cair na real.

Para finalizar, deixo aqui três perguntas e suas respectivas respostas, junto com a comprovação de tudo que disse neste singelo texto, feito nesta manhã indignada de domingo, postado mais cedo em minha página do Twitter.

O que dizer de alguém que se faz de bonzinho, mas na verdade é maligno? Hipócrita!

O que dizer de alguém que falta com a verdade? Mentiroso!

O que dizer de alguém forte que ataca alguém mais fraco? Covarde!

Vejam só um camarada com todos esses adjetivos: