Campeonato Maranhense: Wellington vai ao MP pela intransigência da FMF

por Jorge Aragão

O deputado estadual Wellington do Curso, um torcedor quase sempre presente aos estádios de futebol, decidiu “comprar a briga” justíssima da torcida do Moto Club de São Luís e recorreu ao Ministério Público.

Moto Club e Imperatriz farão a final do Campeonato Maranhense de 2018, mas a Federação Maranhense de Futebol (FMF) acabou marcando os jogos decisivos para os dias 05 e 08 de abril, deixando de marcar a primeira partida para o próximo fim de semana, ou seja, no dia 01 de abril.

A maioria dos campeonatos estaduais pelo Brasil, pelo menos os mais organizados, terão suas finais realizadas justamente nos dois próximos fins de semana, dias 01 e 08 de abril, mas a FMF quer fazer a primeira partida no dia 05, às 21h45 (num horário esdrúxulo para o torcedor) apenas e tão somente para agradar uma televisão que poderá transmitir a decisão.

Determinar datas e horários para agradar as televisões é algo normal no futebol, mas isso acontece quando essas televisões compram o direito para transmitir os jogos, pagando uma boa grana para os clubes. Entretanto, aqui no Maranhão a situação é totalmente inversa, pois a televisão que quer transmitir, além de não ter pago nada, acabou foi ficando com boa parte do dinheiro público que deveria ser dado aos clubes, conforme afirmou o próprio Governo Flávio Dino (reveja).

Por conta dessa imoralidade, torcedores, segmentos da imprensa e clubes, não ficaram satisfeitos com as datas, começaram a reclamar e protestar. Diante desse imbróglio, o deputado Wellington formalizou solicitação para que a FMF altere as datas das finais e também ingressou com representação no Ministério Público através da Promotoria de Defesa do Consumidor.

“O torcedor também é consumidor e deve ter seus direitos que estão previstos no Código de Defesa do Consumidor e no Estatuto do Torcedor garantidos. Ao tomar decisões, a FMF deve levar em consideração a viabilidade e logística de forma a beneficiar o principal interessado que é o torcedor e seus respectivos clubes. Por isso, solicitamos a mudança de horário da partida e formalizamos representação no MP para que se posicione à cerca da solicitação dos torcedores”, destacou o deputado Wellington do Curso.

O parlamentar também não descarta a possibilidade de ingressar com um pedido de abertura de CPI para investigar o repasse do dinheiro público, feito pelo Governo Flávio Dino, que deveria ser destinado aos clubes, mas um pouco mais de 50% chega efetivamente aos times maranhenses.

É aguardar e conferir.

Crise entre Moto Club e FMF vai parar na imprensa nacional

por Jorge Aragão

A Federação Maranhense de Futebol vive em briga com um dos maiores clubes do Nordeste. Conflito que tumultua o torneio Estadual deste ano. O Moto Club de São Luís, segundo maior campeão do Estado (25 títulos), exige uma mudança da tabela, reclama de um diretor da entidade e insinua ser prejudicado. A federação descarta as queixas e acusa o presidente da agremiação de fraude.

O Moto Club entrou em 17 de novembro do ano passado com mandado de garantia no TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) do Maranhão. A reclamação era com o formato do torneio. O clube acusa o vice-presidente de competições da federação, Hans Joseph Nina Höhn, de falta de transparência na elaboração da tabela.

Hans Nina é ex-presidente do Moto Club e renunciou ao cargo em novembro de 2016 alegando problemas de saúde.

“O senhor Hans Nina não possui capacidade técnica para elaborar tabelas e regulamentos pois não possui formação de educador físico, única profissão apta a exercer tal função”, diz o texto da representação do clube, ao qual a Folha teve acesso.

Para apresentar o mandado de garantia, o Moto Club teria de pagar R$ 2 mil de taxas. O clube anexou comprovante de depósito ao entregar documento à Federação Maranhense de Futebol. De acordo com o presidente da entidade, Antônio Américo Lobato Gonçalves, no entanto, a quitação foi fraudada pelo presidente da agremiação, Celio Sergio.

“O documento é fraudulento. Fomos ao Tribunal de Justiça apresentar isso e foi verificado. O dinheiro não entrou na conta da federação. Nós não queremos criar conflitos entre os clubes, mas esse pagamento é uma fraude”, disse à Folha o mandatário da federação maranhense.

Na resposta da entidade entregue ao Tribunal de Justiça Desportiva, a federação foi ainda mais incisiva: “(…) uma tentativa grotesca do impetrante de levar estre tribunal ao erro, levando a instauração do procedimento sem sequer arcar com a parte que lhe cabe na ação”, diz o documento da entidade.

A federação ainda acusa o Moto Club de usar esse tipo de fraude de maneira “contumaz” e cita ação trabalhista ajuizada pelo jogador Diego Sousa Teles, em que teria acontecido a mesma coisa.

“O presidente do Moto Club veio aqui e pediu para a gente esquecer o assunto, que houve um erro. Eu ouvi e não disse nada. O presidente falou que viria hoje [quarta (3)] retirar o mandado de garantia. Até agora não aconteceu”, completa Antônio Lobato Gonçalves.

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