Socialista à direita

por Jorge Aragão

A votação do deputado federal José Reinaldo (PSB) no projeto da Reforma Trabalhista – aprovada na Câmara dos Deputados durante a semana – reforçou uma tese que alguns governistas têm sobre ele e que, em última instância, tem sido um dos principais impeditivos a sua ascensão ao posto de candidato predileto do governador Flávio Dino (PCdoB) ao Senado em 2018.

O socialista votou a favor da proposta, mesmo após o novo direcionamento do PSB em relação ao governo Michel Temer – durante a semana, o partido oficializou posicionamento contra as reformas.

Assim como os socialistas, Dino, o PCdoB e seus principais aliados também são contra os projetos de reformas.

José Reinaldo, não.

Mesmo filiado ao PSB e membro da base aliada do governador do Maranhão, ele tem se posicionado costumeiramente à direita nos debates nacionais no Congresso.

Uma postura que se evidenciou durante a votação do impeachment – quando ele ignorou orientação de Dino e votou pela abertura de processo contra a então presidente Dilma Rousseff (PT) – e que continua, votação após votação.

O Governo do Maranhão acompanha com decepção essa postura, considerada maléfica às pretensões do pré-candidato a senador até por seus mais próximos aliados.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

Novas delações

por Jorge Aragão

Já acusado por um ex-executivo da Construtora Odebrecht de ter recebido R$ 200 mil em caixa 2 para a sua campanha eleitoral de 2010, o governador Flávio Dino (PCdoB) é um dos muitos políticos que também devem se preocupar com as novas delações, dessa vez das construtoras OAS e Camargo Corrêa.

Não se está aqui afirmando que Dino tenha recebido caixa 2 ou propina das duas empreiteiras; mas há declarações de delatores de que seu partido, o PCdoB, foi agraciado com somas milionárias para fechar aliança com a então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014.

O que há de oficial é que a campanha de Dino recebeu cerca de R$ 1,4 milhão em doações, tanto da OAS e da Camargo quanto de outras gigantes da construção, como Queiroz Galvão, UTC e a já notória Odebrecht.

Em denúncia publicada na revista Veja, em junho de 2016, o ex-deputado Pedro Correa denunciou que o PCdoB de Flávio Dino cobrava propina das obras do programa Minha Casa, Minha Vida. O contato comunista, segundo Correa, era um auxiliar do então ministro Aldo Rebello, uma das estrelas do partido.

Rebello ficava com 1/3 de toda a propina paga ao PCdoB por OAS e Camargo Correa. Os cruzamentos da Operação Lava Jato mostram que parte dessa propina abastecia as contas do comitê central de campanha do PCdoB. E o PCdoB repassava aos diretórios regionais para suas campanhas eleitorais.

É bom lembrar que, em 2014, o próprio Portal Vermelho, órgão de comunicação do comunismo brasileiro, publicara em destaque que “a prioridade do PCdoB é a eleição do governador Flávio Dino”. Por todas essas relações é que Dino tem com o que se preocupar com as novas delações.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

Roberto Rocha fala da inclusão do nome de Flávio Dino na Lava Jato

por Jorge Aragão

O senador Roberto Rocha (PSB) concedeu entrevista onde abordou e repetiu a sua opinião sobre a Operação Lava Jato. O senador maranhense não se furtou de comentar a inclusão do nome do governador do Maranhão, Flávio Dino, nas delações de ex-diretores da Odebrecht.

“Eu não sou fiscal da consciência alheia. Eu respondo pelos meus atos e quem julga o político não é o político é o povo. O governador era acostumado a julgar, mas não entende que mudou de lado e agora é julgado. Tanto que quando alguém aponta o dedo para ele, ele fica doido, como nesse caso da Lava Jato”, disse.

Rocha lembrou que apesar de ter feito campanha junto com Flávio Dino, ele não teve seu nome citado em momento algum e voltou a frisar que não tem nenhuma preocupação com lava jato, salvo quando vai “lavar o carro”.

O senador maranhense também questionou as pesquisas apresentadas pelo Palácio dos Leões para tentarem demonstrar que a popularidade de Flávio Dino está em alta.

“Quando o governador anuncia nos quatro cantos que tem x%, eu não sei a necessidade de fazer isso. Aprovação de governo significa bom, mais e ótimo, já reprovação significa ruim, menos e péssimo. O regular deve ser desprezado nessas pesquisas, pois pode ser para cima e para baixo. Só que nessas pesquisas ele pega o regular e soma como se fosse aprovação, aí é se enganar e querer enganar os outros, isso não funciona e muito menos intimida”, finalizou.

Veja abaixo a curta entrevista de Roberto Rocha, que mais uma vez parece ter acertado na moleira do governador comunista.

 

A cara de pau sem limites de Flávio Dino…

por Jorge Aragão

Seria cômica, se não fosse trágica, mais uma demonstração da desfaçatez do governador do Maranhão, Flávio Dino, nas redes sociais. O comunista parece debochar dos maranhenses quando escreve algo que não só não utiliza na prática, como faz ao contrário do que prega.

Nesta segunda-feira (24) Flávio Dino, ao querer fazer média com a sociedade e se posicionar contra as reformas propostas pelo Governo Federal, o comunista maranhense simplesmente pregou mais uma vez algo que não só não faz no seu governo, como recentemente fez exatamente o contrário, sendo alvo de críticas por mais uma incoerência.

“Maior problema do Brasil é a brutal desigualdade social. Profunda retirada de direitos via ‘reformas’ aumenta concentração de riquezas Não teremos verdadeiro desenvolvimento com riqueza concentrada nas mãos de poucos. No máximo, crescimento econômico para os ‘de cima’. A reforma que o Brasil realmente precisa é a TRIBUTÁRIA para acabar com os privilégios do grande capital e dos milionários”, escreveu Flávio Dino.

O problema é que no mês passado foi votado na Assembleia Legislativa, a pedido do Governo Flávio Dino, exatamente um Projeto de Lei que que só beneficiava os atacadistas que possuem, no mínimo, um capital social de R$ 100.000.000,00 (cem milhões de reais). Ou seja, o tal projeto incentiva justamente os mais abastados, os ‘de cima’, os do grande capital, os milionários, esquecendo os que mais precisam de um aporte do governo, que são os médios e pequenos empresários do ramo no Maranhão.

O pior é que a aprovação desse projeto que beneficia as grandes empresas do Maranhão, foi aprovado depois de um outro projeto do Governo Flávio Dino aumentando o ICMS – que incidiu nos reajustes da gasolina, telefonia móvel, TV por assinatura e energia elétrica. Ou seja, o comunista passou a cobrar o ICMS maior para a população e logo depois diminuiu impostos de quem, teoricamente, menos precisa. O projeto foi alvo de inúmeras críticas (reveja aqui e aqui).

Além disso, sobre a questão das reformas, que foi o motivo da postagem “cômica” de Flávio Dino, o deputado estadual Eduardo Braide, que já liderou o maior Bloco do Governo na Assembleia Legislativa, afirmou recentemente que a Reforma da Previdência já foi iniciada no Governo Flávio Dino (reveja).

Pelo visto a cara de pau de Flávio Dino realmente não possui limites e ele segue com o Governo da Mudança, mas da mudança de opinião, e mudando dia após dia, de acordo com cada situação enfrentada e como lhe convém.

A “tacada” certeira de Roberto Rocha

por Jorge Aragão

Desde que percebeu que as promessas feitas aos maranhenses não seriam cumpridas, as inúmeras contradições do comunista e os sucessivos erros da administração do PCdoB no Maranhão, o senador Roberto Rocha foi aos poucos se afastando do governador Flávio Dino e de boa parte do seu grupo político.

Entretanto, como todos que ousam questionar as atitudes, mesmo equivocadas e contraditórias, de Flávio Dino, o senador maranhense passou a ser um dos principais alvos dos asseclas do comunista, que quase nunca se preocupam em responder as críticas, mas se limitam apenas, talvez por total falta de argumento e capacidade, a tentar destruir a imagem de quem critica.

Uma das principais críticas a Roberto Rocha era que o senador maranhense só teria sido eleito por conta do apoio recebido por Flávio Dino na reta final das eleições de 2014. A crítica sempre incomodou Rocha, que tem dito que da mesma forma que foi ajudado, também ajudou o comunista a se eleger.

Neste fim de semana, utilizando as redes sociais, Roberto Rocha deu uma “tacada” segura, principalmente pelo fato de ter aproveitado a citação do nome de Flávio Dino no suposto esquema de propina envolvendo a Odebrecht.

Inegavelmente uma resposta à altura…

Flávio Dino “desiste” de homenagem em Minas Gerais

por Jorge Aragão

Apesar de asseclas e portais ligados ao comunista terem afirmado que o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), receberia uma homenagem em Minas Gerais, no Dia de Tiradentes (veja aqui), a repercussão negativa do evento fez com que Dino recuasse e não comparecesse para receber tal homenagem.

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), outro citado nas delações da Odebrecht, realizou uma cerimônia em homenagem à Inconfidência Mineira, em Ouro Preto, interior de Minas Gerais.

Pimentel queria prestar algumas homenagens, mas boa parte dos homenageados estão com nomes arrolados no esquema de corrupção da Odebrecht.

Entre os homenageados estavam os nomes do ex-presidente Lula e dos governadores do Acre, Tião Viana (PT); da Bahia, Rui Costa (PT); do Maranhão, Flávio Dino; de Alagoas, Renan Filho (PMDB), todos citados na célebre lista do Fachin na parte das petições que foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal. Desses, apenas Renan Filho compareceu, recebendo a medalha da Inconfidência junto com outras 170 pessoas (veja aqui a reportagem de Veja sobre o assunto).

Já Flávio Dino, utilizando de bom senso, algo raro de se constatar, decidiu refutar a homenagem pelo enorme desgaste que o evento iria causar ainda mais a sua imagem.

Apuração de vazamento de decisões de Fachin pode alcançar Dino

por Jorge Aragão

A apuração de vazamentos na divulgação de atos processuais do ministro Edson Fachin, determinada pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, relacionada à Operação Lava Jato, pode alcançar o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Isso após a suspeita de ter vazado informações a Dino, quando da citação de seu nome por um delator do esquema de corrupção.

Fachin recebeu da Procuradoria-Geral da República pedido de abertura de inquérito contra Dino por susposto recebimento de propoina em troca de apoio a um projeto de lei que tramitou na Câmara Federal e do qual ele foi relator.

Ocorre que o levantamento do sigilo das decisões do ministro Fachin ocorreu apenas no dia 4 de abril, quando ele assinou eletronicamente os despachos. Mas, Flávio Dino, apresentou na semana passada uma certidão do dia 17 de março para contestar conteúdo da delação que o envolve, daí a suspeita de ele ter recebido informações privilegiadas sobre o seu caso.

Agora, com a apuração do STF sobre os vazamentos, o caso específico da emissão de uma certidão da CCJ da Câmara em favor de Dino, pode ser alcançada.

Oposição aponta incoerência de Dino após citação na Lava Jato

por Jorge Aragão

O Estado – A bancada de oposição apontou incoerência do governador Flávio Dino (PCdoB) após citação do comunista na Lava Jato. De acordo com os deputados estaduais, Dino, que tanto elogiou a operação quando adversários políticos foram citados, agora tenta diminuir a atuação do Ministério Público Federal (MPF) e da Justiça.

O primeiro a tratar do tema na sessão de ontem foi o deputado Edilázio Júnior (PV). Orador do Grande Expediente, o parlamentar afirmou que Dino “mordeu a própria língua”, após ter sido delatado pelo ex-funcionário da Odebrecht, José de Carvalho Filho.

“Ele, que até ontem era o arauto da moralidade do nosso Maranhão, que já era uma decepção como gestor e como político, agora é uma grande decepção com relação à moral. Porque o que ocorreu em relação à Odebrecht não se trata de ‘Caixa 2’, se trata de propina”, disse.

Edilázio lembrou que em 2015, ocasião em que a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) foi citada na Lava Jato, Flávio Dino e o seu grupo político fizeram uma espécie de pré-julgamento à peemedebista. Agora, o comunista tenta diminuir o pedido de abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) do qual é alvo.

“Quando a ex-governadora Roseana Sarney foi citada, na época pelo Paulo Roberto Costa, houve um alvoroço aqui de governistas, já condenando-a. Hoje o governador morde a própria língua”, completou.

Crítica

Em um aparte, o deputado Eduardo Braide (PMN) também criticou a postura adotada por Flávio Dino após envolvimento na Lava Jato.

“Eu acho que o caminho mais errado que pode se tomar em relação a essa situação, é tentar desqualificar a Operação Lava Jato, é o que tem sido feito pelo grupo do governador Flávio Dino. No portal do partido do governador, por meio de vários emissários do governador o que tenta se dizer é que a Operação Lava Jato é uma operação contra os políticos, contra a classe política e eu acho que eu esperava, particularmente, uma postura diferente do governador Flávio Dino, esperava que ele desse uma declaração apoiando a Operação Lava Jato e pedindo que a investigação corresse o mais rápido possível”, disse.

Adriano Sarney (PV) concordou com os posicionamentos de Edilázio e de Eduardo Braide e também lembrou da postura recente de Dino, quando os alvos da operação eram seus adversários políticos no estado.

“O governador Flávio Dino que tanto falou mal do grupo Sarney, que tanto falou mal do Sistema Mirante, que tanto falou mal dos deputados de oposição, agora quer utilizar uma entrevista da TV Mirante como forma de defesa. Mas ontem ele falava mal, dizia que a TV Mirante não tinha credibilidade porque era um grupo político que mandava neste estado, um grupo político que tinha força das mídias, e hoje ele utiliza dessa mídia para justamente se defender”, completou.

Sousa Neto (PROS) questionou a estratégia utilizada pelo governador de publicação de pesquisas que apontam aprovação de seu Governo.

Já Andrea Murad (PMDB), afirmou que Flávio Dino não tem mais “condição moral”, de apontar para adversários. “Ele está envolvido na Lava Jato até o pescoço. Está lá, citado na Lava Jato e terá de se defender na Justiça”, finalizou.

Saiba Mais

O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), rebateu a oposição. Ele afirmou que, diferentemente do que os colegas de parlamento sustentaram, o governador Flávio Dino (PCdoB)é hoje “o maior interessado para que a apuração seja feita de forma célere”. Ele afirmou acreditar na honestidade de Dino e disse que o tempo provará a sua inocência.

Edilázio: “Flávio Dino morde a própria língua”

por Jorge Aragão

O deputado estadual Edilázio Júnior (PV) fez dura crítica hoje, à postura adotada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), após o comunista ter sido envolvido no escândalo de corrupção conhecido Lava Jato.

Dino foi citado em delação feita por José de Carvalho Filho, ex-funcionário da Odebrecht, ao Ministério Público Federal (MPF).

No depoimento, Filho detalhou o pagamento de R$ 200 mil à campanha de Flávio Dino em 2010, em troca de apoio do comunista, então deputado federal, ao Projeto de Lei nº 2.279/2007 de interesse da empreiteira, na Câmara dos Deputados e afirmou   que outros R$ 200 mil foram pagos na campanha de 2014, mas de forma oficial.

Para Edilázio, o envolvimento de Flávio Dino na Lava Jato, é uma decepção para o eleitor maranhense.

“Ele, que até ontem era o arauto da moralidade do nosso Maranhão, que já era uma decepção como gestor e como político, agora é uma grande decepção com relação à moral. Porque o que ocorreu com relação à Odebrecht, não se trata de ‘Caixa 2’, se trata de propina”, disse.

Edilázio lembrou que todo o esquema delatado por José de Carvalho Filho, está registrado pela Odebrecht. Ele enfatizou o apelido de Dino na denúncia: Cuba, e fez referência à senha utilizada pelo governador, segundo a delação, para o resgate do dinheiro: Charuto.

“Vale ressaltar que o delator, que se dava muito bem com ele. Já veio aqui no Maranhão depois de ele ter sido eleito governador. Visitou ele [Flávio Dino] várias vezes ainda na Embratur. O governador Flávio Dino hoje morde a própria língua”, enfatizou.

Antes de finalizar o seu discurso, no Grande Expediente, Edilázio ainda fez uma crítica em relação à postura adotada por Dino após ter sido citado na Lava Jato.

“Quando a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) foi citada, na época pelo Paulo Roberto Costa, houve um alvoroço aqui de governistas, já condenando-a. Hoje o governador morde a própria língua”, finalizou.

O discurso de Edilázio foi aparteado pelos deputados Eduardo Braide (PMN), Sousa Neto (PROS) e Adriano Sarney (PV), que destacaram a coerência no posicionamento.

 

Lideranças criticam Flávio Dino após citação na Lava Jato

por Jorge Aragão

O Estado – A inclusão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), no rol de possíveis investigados por suspeita de recebimento de dinheiro de caixa dois da Odebrecht na campanha eleitoral de 2010 levou a comentários de análises de lideranças e observadores da cena política local comentaram nos últimos dias.

Em depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato, o ex-funcionário da Odebrecht detalhou o pagamento de R$ 200 mil à campanha de Flávio Dino em 2010, em troca do apoio do comunista, então deputado federal, ao Projeto de Lei nº 2.279/2007, de interesse da empreiteira, na Câmara dos Deputados.

Outros R$ 200 mil foram pagos na campanha de 2014, segundo ele, de forma oficial. A proposta, então em tramitação na Câmara, garantiria segurança jurídica a investimentos da construtora em Cuba, em virtude do embargo econômico dos Estados Unidos à ilha comunista.

No Maranhão, o caso repercute desde o anúncio oficial de que o comunista estava na “Lista de Fachin” – no caso dele, a petição da Procuradoria-Geral da República (PGR) será encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O ex-juiz Marlon Reis – um dos autores da Lei da Ficha Limpa e atual nome do Rede no estado para a disputa pelo Senado -, foi quem mais se manifestou até agora.

Ontem, por exemplo, criticou, por meio de postagem na sua conta pessoal no Twitter, a tentativa de abafar a Lava Jato com a justificativa de salvar a política.

“Agora corruptos de diversos partidos tramam abafar a Lava Jato como forma de salvar a ‘política’. Querem salvar as próprias peles”, afirmou.

Ele não chegou a citar diretamente o governador maranhense, mas a declaração é um recado claro. Um dia antes, Dino havia usado também as redes sociais para propor uma “tática” que se estabelecesse como uma “saída política” para o caos instalado atualmente no país.

“Cabe à esquerda e ao centro democrático concertar uma saída política para o caos institucional. Fora da Política não há salvação real”, escreveu.

Caixa dois – Outro comentário de Reis, esse mais diretamente relacionado a Flávio Dino, referia-se a seu conceito sobre caixa dois.

Para o membro do Rede Sustentabilidade, o recebimento de doações não contabilizadas em campanhas eleitorais deve ser mesmo considerado crime. “Caixa 2 é corrupção qualificada pela lesa pátria”, defende.

MAIS

O conceito de que caixa dois é crime é também compartilhada pelo subprocurador-geral da República, Nicolao Dino, irmão do governador Flávio Dino. Meses antes de o comunista ser incluído na Lava Jato sob suspeita de receber R$ 200 mil dessa forma, ele havia declarado, durante o Seminário Reforma Política Eleitoral no Brasil, que “caixa dois é um fenômeno tão nocivo para o processo democrático quanto a corrupção”.

Dino é criticado até por adversários de Sarney

A inclusão do governador Flávio Dino (PCdoB) na chamada “Lista de Fachin” provocou reações contrárias ao comunista mesmo de lideranças que se opõem ao grupo do ex-presidente José Sarney (PMDB) no Maranhão.

Em artigo divulgado no fim de semana, por exemplo, o jornalista, médico e advogado João Bentivi comparou o aparecimento do comunista no caso com o fato de que figuras proeminentes “sarneísmo” estão fora da Lava Jato, dentre elas a principal adversária do governador, Roseana Sarney (PMDB).

“Está, pois, estabelecido o inevitável maniqueismo, mesmo nesse mar de incertezas, de constatações inapagáveis e volumosas surpresas. O nosso governador, na primeira infância da política, ainda que eu creia na sua honestidade (e creio) tem que se explicar e está se explicando. É mau. É mal”, escreveu.

Já Igor Lago, filho do ex-governador Jackson Lago (PDT), mesmo sem aliviar os “sarneístas”, criticou o grupo do governador, que tanto atacou seus oposicionistas nos últimos anos.

“A política [no Maranhão] resumiu-se aos sarneístas e seus dissidentes. O resultado não poderia ser pior: o sujo falando do mal lavado.”, comentou.