Roberto Rocha destaca incoerência de Flávio Dino

por Jorge Aragão

Em postagem nas redes sociais, o senador maranhense Roberto Rocha (PSDB) fez questão de destacar algo que vem sendo latente no político Flávio Dino (PCdoB), a sua eterna incoerência.

Rocha criticou o fato do governador ter dito, anteriormente, que o setor privado nunca puxaria investimentos, mas, agora, comemora os números do PIB, oriundos justamente do setor privado.

O senador lembrou ainda que o mesmo estudo sobre o PIB, apontou que o Maranhão ultrapassou o Piauí como o estado de gente mais pobre do Brasil. Para Rocha, Dino comemora o crescimento da riqueza do Maranhão e finge que não tem nada a ver com a pobreza dos maranhenses. Veja abaixo o posicionamento do senador maranhense.

Há menos de dez dias o governador Flávio Dino publicou em seu Twitter que o setor privado nunca puxará investimentos, e que isso nunca aconteceu no mundo.

Agora ele reaparece comemorando o PIB do Maranhão que, segundo o IBGE, foi o quarto melhor do Brasil, em 2017.

Esqueceu de dizer que esse resultado deve-se ao setor privado, em especial ao agronegócio que vem sustentando a economia do país, que sofre uma depressão na área industrial.

Ele não lembra de dizer que.os três primeiros colocados são Mato Grosso, Piauí e Rondônia, onde estão mais dois dos estados que compõem o Matopiba.

Além da agricultura, outro setor eminentemente privado, a produção florestal para a celulose, destacou-se positivamente.

Já a pecuária e a indústria amargaram índices negativos. A indústria apresentou variação em volume negativa de 3,5%, somando-se às quedas em volume das atividades de construção (-10,2%), eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (-2,0) e indústrias extrativas (-12,9%).

Portanto, o governador comemora o resultado de investimentos privados, que segundo ele próprio, não são suficientes para alavancar o desenvolvimento.

Sabe em que posição o Maranhão estava entre os PIBs do país? Em 17° lugar. Sabe onde ficou agora? Na mesmíssima posição!

Agora o mais trágico: o PIB per capita do Maranhão atingiu o último lugar dentre todos os estados. Segundo o mesmo estudo que é comemorado com tanta festejo, o Maranhão ultrapassou o Piauí como o estado de gente mais pobre do Brasil.

O governador comemora o crescimento da riqueza do Maranhão e finge que não tem nada a ver com a pobreza dos maranhenses.

Bem sabia o filósofo Disraeli quando disse que há três tipos de mentiras: as pequenas, as cabeludas e as estatísticas.

E assim segue o político Flávio Dino, com a sua eterna incoerência.

Um novo aumento do ICMS ???

por Jorge Aragão

Nesta semana, uma dúvida e um medo pairam na vida dos maranhenses: a possibilidade de em 2020 o governador Flávio Dino, mais uma vez, aumentar o ICMS.

A Lei Orçamentária Anual (LOA), encaminhada à Assembleia Legislativa, prevê que em 2020 a gestão do comunista estima arrecadar 12% a mais em impostos, na comparação com a LOA em vigor em 2019.

Ou seja, a saída para amenizar a crise que os governistas fingem esconder é, novamente, arrochar os maranhenses com o aumento de impostos.

A meta da gestão comunista é arrecadar, até o fim do ano, algo em torno de R$ 9,9 bilhões em “Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria”. O valor é R$ 1,1 bilhão a mais que os R$ 8,8 bilhões que estão previstos para o fim de 2019.

Vale lembrar que este ano, para alcançar a meta, Flávio Dino precisou recorrer, pela terceira vez em cinco anos, a um novo aumento de alíquotas de ICMS.

Sendo assim, é bom os maranhenses, desde agora, se preparem, pois pelo visto deveremos ter um novo reajuste do ICMS.

É aguardar e conferir.

A estranha mudança silenciosa no comando da CAEMA

por Jorge Aragão

No início de outubro, em primeira mão, este Blog anunciava a troca no comando da CAEMA. Fontes do titular do Blog confirmavam a saída de Carlos Rogério do comando do órgão, que tem sido um Calcanhar de Aquiles no Governo Flávio Dino (reveja).

O curioso é que a informação da troca do comando foi justamente em meio a uma grave denúncia de supersalários na CAEMA, feitas pelo deputado estadual Wellington do Curso, na Assembleia Legislativa.

No entanto, a informação não foi divulgada, mas nesta semana o Blog confirmou que a troca na presidência da CAEMA foi efetuada e como o Blog antecipou, André dos Santos Paula, que é natural de São Paulo, assumiu o comando do órgão. A troca de comando que ocorreu de maneira silenciosa, já teria acontecido desde o início de novembro.

A primeira confirmação veio nas redes sociais do deputado Felipe dos Pneus. O parlamentar registrou uma reunião que teve com o novo presidente da CAEMA, para tentar ajudar nos problemas de abastecimento de água em Santa Inês.

Depois, a confirmação da troca está na própria página do site da CAEMA. O detalhe é que Carlos Rogério, que deixou a presidência, está agora na Direção de Operação. Veja abaixo.

O estranho é o fato do governador Flávio Dino, ao contrário do que sempre faz, não ter publicizado a troca do comando da CAEMA.

O Blog apurou que o novo presidente do órgão, André de Paula, tem enfrentado a resistência do sindicato, que não tem aceito a nova indicação do governador e esse poderia ser o motivo da não publicização. Isso sem falar na denúncia feita pelo deputado Wellington, que jamais foi explicada pelos comunistas.

É aguardar e conferir.

Agora, Flávio Dino lembra da existência de dados do IBGE

por Jorge Aragão

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), não muda mesmo, segue firme na sua incoerência e na sua “cara de pau” que ainda impressiona.

Nesta quinta-feira (14), o IBGE divulgou dados de 2017 que afirmam que o Maranhão teve o quarto maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), entre todos os Estados do Brasil. A alta do Maranhão foi de 5,3%.

O Maranhão só perdeu para Rondônia (5,4%), Piauí (7,7%) e Mato Grosso (12,1%). No Nordeste, o Maranhão teve a segunda maior alta do PIB em 2017. O agronegócio foi o principal setor responsável pelo aumento do PIB.

Os dados divulgados pelo IBGE foram suficientes para que o governador Flávio Dino, utilizando as redes sociais, se posicionasse e comemorasse a informação.

O curioso é que o mesmo governador Flávio Dino, esqueceu ou teve câimbras nos dedos e não comentou dados do mesmo IBGE no início de novembro,

O IBGE afirmou que na gestão Flávio Dino, houve aumento da pobreza e do desemprego. Ou seja, o que já não era bom, piorou dentro dos cinco anos em que o comunista comanda o Maranhão.

Só que nesse caso, até de maneira covarde, o governador Flávio Dino não comentou nada e adotou um silêncio sepulcral.

Outra curiosidade é que mesmo com esse aumento do PIB, o comunista segue diminuindo orçamento de setores importantes, como bem destacou o deputado estadual César Pires, na Assembleia Legislativa.

Só que isso é assunto para uma outra postagem, ainda hoje.

É aguardar e conferir.

Disputa no PCdoB se estende ao futebol…

por Jorge Aragão

Na noite de quarta-feira (13), tivemos um dos jogos mais emocionantes no futebol brasileiro em 2019, quando Flamengo e Vasco se enfrentaram no Maracanã e empataram por 4×4.

Mesmo estando num melhor momento e com um elenco infinitamente superior, o Flamengo que venceu o primeiro jogo por4x1, não conseguiu vencer o Vasco, que, mesmo tendo como principal objetivo permanecer na Série A, fez uma grande partida e equilibrou o clássico.

O Blog se arrisca a fazer um paralelo do confronto do futebol com a disputa interna no PCdoB, até mesmo pelo fato de que os dois postulantes do partido a disputar a Prefeitura de São Luís, os deputados Rubens Júnior (federal) e Duarte Júnior (estadual), comentaram o resultado do clássico nas redes sociais.

Duarte Júnior que é torcedor declarado do Flamengo e, assim como o rubro-negro, está melhor posicionado que o adversário interno, afirmou que para os vascaínos se sentirem campeões bastou empatar com o Flamengo.

Já Rubens Júnior que é torcedor declarado do Vasco e, assim como o cruzmaltino, não consegue alcançar o adversário interno, afirmou que o Flamengo está muito bem, principalmente por ter empatado com o Vasco.

No entanto, o mais curioso é que os dois que devem ser decisivos nessa disputa interna do PCdoB, não torcem nem por um e nem por outro.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, é declarado torcedor do Botafogo e o deputado federal e presidente do PCdoB no Maranhão, Márcio Jerry, é declarado torcedor do Fluminense.

Ou seja, caberá a um torcedor do Botafogo e um torcedor do Fluminense, dois times que estão brigando para não serem rebaixados, decidir quem será o candidato do PCdoB à Prefeitura de São Luís em 2020, se o flamenguista Duarte Júnior ou o vascaíno Rubens Júnior.

É aguardar e conferir.

A mais nova diferença do Dino de lá para o Dino de cá

por Jorge Aragão

Falar sobre incoerência do governador do Maranhão, Flávio Dino, não é nenhuma novidade para este Blog, afinal já foram inúmeros exemplos destacados e nós tivemos mais um, diante da decisão polêmica do Supremo Tribunal Federal sobre prisão após 2ª instância.

A observação foi destacada com muita propriedade pelo Blog do Gilberto Léda. Mais uma vez fica bem evidenciado que Flávio Dino tem uma postura e/ou opinião quando trata de assuntos nacionais e outra postura e/ou opinião quando se remete aos assuntos do Maranhão.

Ao comentar a soltura de Lula, Dino criticou Bolsonaro que chamou o petista de criminoso. Para o Flávio Dino de lá, a presunção da inocência só deixar de existir com o trânsito em julgado de uma sentença condenatória. O comunista ainda deixou claro que as autoridades devem dar exemplos e respeitar a Constituição Federal. Veja abaixo.

No entanto, o Flávio Dino de cá, que é bem diferente do de lá, não precisou esperar nem o julgamento em 2ª instância para simplesmente “condenar” e exonerar o ex-delegado Thiago Bardal.

O ex-delegado foi preso acusado de comandar uma quadrilha de contrabando no Maranhão. Bardal teve sua prisão preventiva decretada e segue preso, mas jamais foi julgado em 2ª instância, imagina o trânsito e julgado. Só que mesmo assim, Flávio Dino decidiu pela exoneração do delegado.

O que se pergunta é onde ficou, no caso do ex-delegado Thiago Bardal, a tal “presunção da inocência”, citada pelo próprio Dino no caso de Lula ???

A cada dia fica mais evidenciado a incoerência latente do comunista e que temos um Flávio Dino lá e um Flávio Dino bem diferente cá.

PEC da 2ª instância: Flávio Dino, obviamente, se posiciona contra

por Jorge Aragão

Após o novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a prisão da 2ª instância, que voltou atrás e agora entende que não pode acontecer prisão antes do trânsito e julgado, alguns deputados e senadores querem dar celeridade a PEC 005/2019, conhecida como a PEC da 2ª instância.

A proposta é de autoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), insere o inciso XVI no art. 93 da Constituição Federal para permitir a possibilidade de execução provisória da pena, após a condenação por órgão colegiado. Ou seja, determina que a decisão condenatória proferida por órgãos colegiados deve ser executada imediatamente, independentemente do cabimento de eventuais recursos.

Caso aprovada, a PEC da 2ª instância pode levar novamente para a prisão todos aqueles que estão sendo beneficiados com a soltura, após a nova decisão do STF.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), já se antecipou e deixou claro ser contrário a inciativa que tramita no Congresso Nacional. O comunista diz que a eventual modificação é uma afronta ao STF.

Flávio Dino foi mais além e disse que o assunto é muito sério para ser debatido apenas por puro “revanchismo político”.

A Comissão de Constituição de Justiça do Senado quer votar a PEC da 2ª instância ainda esta semana. No entanto, existe também uma movimentação grande de políticos para emperrar a tramitação.

A questão que fica é se os políticos que defendem a nova decisão do STF, ou seja, a prisão só em trânsito e julgado, fazem por entender que desta forma é a maneira correta, ou fazem por conta de aliados que deveriam estar presos ou fazem com receio de serem os próximos presos ???

Inegavelmente, uma dúvida pertinente.

Flávio Dino e Jair Bolsonaro, entendimentos diferentes sobre Lula

por Jorge Aragão

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) e o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), mais uma vez demonstraram terem entendimentos bem diferentes sobre o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro deixou claro que, apesar de ter sido atacado por Lula, não iria responder, principalmente pelo fato do petista ser um “criminoso” que estaria solto temporariamente.

Respondendo a Bolsonaro, Flávio Dino assegura que Lula não pode ainda ser considerado um criminoso, pois o seu processo não foi concluído ainda.

O comunista ainda disse que quem pensa assim, desrespeita a Constituição do Brasil e o Supremo Tribunal Federal.

O curioso é que Flávio Dino, aliados e asseclas, não pensam, ou pelo menos não pensavam assim, quando atacavam seus opositores, quando da disputa pelo Governo do Maranhão.

No entanto, isso também não é nenhuma novidade, afinal a cada dia fica mais evidenciado que temos um Flávio Dino que pensa e age de um jeito lá e um outro Flávio Dino que pensa e age de um jeito cá.

“Farra de Capelães” no Governo Dino é destaque na imprensa nacional

por Jorge Aragão

Desde de 2018 existe a denúncia, por parte da Oposição ao Governo Flávio Dino, que o comunista criou mais 36 vagas de capelães da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para distribuir para lideranças religiosas, principalmente, das igrejas evangélicas.

No ano passado, o site G1 chegou a fazer um levantamento sobre o número de capelães em todo o Brasil. Naquela oportunidade, o Maranhão era disparado o Estado com o maior número de capelães existentes no Brasil. Os estados que mais se “aproximam” do Maranhão possuem 10 vezes menos o número de capelães do Governo Flávio Dino.

A discrepância era absurda e saltava aos olhos. Enquanto que no Governo Flávio Dino, o Maranhão que tinha 14 passou a contar com 50 capelães, os estados do Rio Grande do Norte, Alagoas e Minas Gerais, que são os que mais se aproximam do Maranhão, possuem apenas e tão somente 5 capelães cada.

Além disso, boa parte dos estados brasileiros nem possuem capelães na sua estrutura, casos da Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Roraima.

Nesta sexta-feira, a Revista Crusoé fez uma reportagem sobre a “Farra dos Capelães” na gestão comunista. A matéria foi também destaca no site O Antagonista. Veja abaixo a reportagem completa do jornalista Renato Alves.

Os capelães do comunista

O governador Flavio Dino, do PCdoB, abre o orçamento de um dos estados mais pobres do país para uma boquinha insólita e contrata aliados políticos como guias religiosos

Ao redor de uma muda de pau-brasil recém-plantada no jardim do Palácio dos Leões, cinco homens engravatados oram pelo crescimento da árvore. Dias depois, no mesmo local, a sede do governo do Maranhão, uma situação semelhante: homens com fardas militares rezam de mãos dadas. À frente de ambos os eventos, públicos, estava o comunista Flávio Dino. Com uma Bíblia na mão e a outra levantada, o governador rezava de olhos fechados. Repetia os améns bradados por pastores. Pedia para seu governo e seus seguidores serem abençoados. Protagonizadas pelo político do PCdoB, as cenas — e os pedidos — se tornaram comuns em órgãos públicos e igrejas evangélicas de São Luís e do interior maranhense. Não só por temor a Deus. Para agradar às lideranças evangélicas locais, o governador reeleito em 2018 arranjou-lhes uma boquinha inusitada: nomeou capelães para as forças de segurança.

Comuns nas Forças Armadas, onde ingressam por meio de concurso público, os capelães podem celebrar missas e cultos, presidir casamentos, fazer palestras e atuar em casos de extrema-unção. No caso do Maranhão, eles prestam “serviços religiosos” nas polícias Civil e Militar, no Corpo de Bombeiros e na Secretaria de Administração Penitenciária. São tantos que o estado se tornou a unidade federativa com o maior número de funcionários contratados para essa finalidade. Todos pagos com dinheiro público, claro.

O contribuinte já gastou menos com sacerdotes. O insólito, e ao mesmo tempo surpreendente, é o fato de a chegada de um comunista ao poder ter turbinado a prática. Até a ascensão de Dino ao poder, o Maranhão contava com 14 cargos de capelão. Por meio de três leis do governador, aprovadas pela Assembléia Legislativa, foram criadas outras 46 vagas. No mais recente levantamento realizado pelo Ministério Público estadual, 39 dos 60 postos estavam ocupados. Todos os capelães foram nomeados pelo governador, que tem a prerrogativa de escolher, empossar e exonerar os escolhidos para o posto de acordo com seus critérios. A lei estadual reza que para ser conselheiro religioso no Maranhão não é necessário enfrentar concurso público. O salário para exercer a função, na qual não há cobrança de horário ou desempenho, não é nada desprezível: chega a 21 mil reais. Uma verdadeira sinecura patrocinada por Dino.

Para se ter uma ideia da discrepância, São Paulo, o mais populoso e mais rico estado do país, não conta com nenhum capelão. O mesmo vale para estados como o Paraná, Rio Grande do Sul, Amapá e Rondônia. Com cinco cada, Alagoas, Minas Gerais e Rio Grande do Norte aparecem em segundo lugar na lista de estados com mais “ministros religiosos”, como eles são conhecidos no meio militar. Ainda assim, nesses casos, os capelães ingressaram por meio de seleção pública, como qualquer policial ou bombeiro.

Os números do Maranhão chamam ainda mais a atenção, enfatize-se, por se tratarem de nomeações feitas por um comunista. Comunistas, afinal de contas, costumam rechaçar qualquer crença religiosa. Karl Marx, em seu Introdução à crítica da filosofia do direito de Hegel, escreveu que “a religião é o ópio do povo”, “uma ferramenta de continuidade da opressão da classe trabalhadora pelas classes dominantes”. Não é por outra razão que não há liberdade religiosa em países comunistas, como China e Coreia do Norte, onde fiéis, em especial os cristãos, são punidos com prisão e até morte.

ReproduçãoReproduçãoDino com os aliados em frente ao palácio: comunista, mas com reservas

O pecado venial, por assim dizer, pode ter um preço, porém. As nomeações dos religiosos e a possível atuação deles na campanha que levou à reeleição de Dino, em 2018, pode custar a cassação do mandato do comunista, do seu vice, Carlos Brandão, filiado ao PRB, e dos senadores Weverton Rocha, do PDT, e Eliziane Gama, do PPS, todos da mesma coligação. Eles são acusados de abuso de poder político e econômico ao se aproveitar dos cargos que ocupavam para empossar os capelães e se fortalecerem com os segmentos religiosos. Adversários sustentam que os capelães pediram votos para Dino e aliados tanto nas igrejas quanto nos órgãos públicos onde atuam. A apuração está em andamento. “Após os depoimentos das testemunhas de defesa e de acusação, vou reunir as provas e analisá-las, para fazer o parecer”, diz o procurador eleitoral Juraci Guimarães.

Além do suposto uso político das nomeações, o procurador investiga a constitucionalidade das leis estaduais que deram a Flávio Dino o direito de escolher e exonerar os capelães como e quando quiser. O procurador já sabe, por exemplo, que dos 39 capelães nomeados por Dino que estavam exercendo a função à época de um levantamento feito por sua assessoria, 16 eram filiados a partidos políticos. A lista tinha inscritos no PT, PR, MDB, PRB, PDT e PSC. Dos postos criados por Dino, dez foram destinados à Igreja Católica e os demais a evangélicos. A maioria é formada por pastores da Assembleia de Deus. Também há parentes de pastores.

A relação de Dino com a instituição remonta a 2015. Ao assumir o governo, ele foi apresentado ao presidente da Assembleia de Deus em São Luís, pastor José Guimarães Coutinho. O religioso comanda 110 pastores na capital maranhense e se comprometeu a ajudá-lo a arrebanhar votos dos fiéis. A aproximação fez parte de um cálculo político importante. O governador era malvisto pelo rebanho por empunhar bandeiras como o casamento entre pessoas do mesmo gênero. Em troca do apoio, Coutinho ganhou dois cargos de capelão. Para um, indicou o filho, Jessé Coutinho. Para o outro, o pastor Fábio Leite, até então um líder evangélico ligado à família Sarney, arqui-inimiga de Dino. Ambos receberam a patente de tenente da Polícia Militar.

“A gente não faz política. A gente só orienta os fiéis sobre as propostas dos candidatos, mas deixando todo mundo sempre livre para escolha, como prevê as nossas leis constitucionais”, disse Coutinho a Crusoé. Ele se recusou a falar sobre as nomeações de capelães, assim como a do filho e de Fábio Leite. O mesmo Coutinho, que jura não se meter em política, há um mês, em um culto no principal e maior templo de sua igreja, anunciou ao microfone para uma multidão que o pastor Fábio Leite é pré-candidato a vereador de São Luís nas eleições de 2020. Com apoio da Assembleia de Deus.

Não há fronteiras para a confusão entre política e religião no estado. No afã de agradar às lideranças religiosas, Dino chegou a promover uma espécie de milagre. Graças a ele, um militar subiu três patentes no mesmo dia e em corporações diferentes. Raimundo Gomes Meireles era 1º tenente da PM até 19 de janeiro de 2018, quando foi exonerado pelo governador. Na mesma edição do Diário Oficial do Maranhão, o nome de Raimundo Gomes Meireles foi publicado com o posto de coronel capelão do Corpo de Bombeiros do estado. Com isso, ele elevou também o salário. Saltou de 9 mil para 16 mil reais.

Procurado por Crusoé, Flávio Dino respondeu por meio de nota oficial. Ainda assim, não respondeu tudo. O texto afirma que os salários dos capelães variam de “acordo com a patente”, mas não explica os gastos totais com a nomeação dos escolhidos nem os critérios utilizados nem as razões que o levaram a criar tantos cargos. Hoje o governador comunista é um frequentador assíduo dos templos da Assembleia de Deus. Nos cultos, fica sempre na primeira fila e, às vezes, é chamado a falar no púlpito. Nunca na história se viu tanto evangélico bater palma — e continência — para comunista.

E assim segue o Governo Flávio Dino, cada dia mais conhecido nacionalmente.