flavio-dino-prefeitosO governador Flávio Dino (PCdoB) apresentou ontem, durante encontro com prefeitos eleitos e reeleitos no Maranhão, num hotel em São Luís, uma série de justificativas para antecipar que deve ter dificuldades em firmar parcerias financeiras com os municípios em 2017.

Ao se dirigir aos gestores que comandarão prefeituras a partir do dia 1º de janeiro, o comunista adiantou estar com “pouco dinheiro disponível” e que tem três prioridades – e que nenhuma delas é trabalhar em parceria com as cidades.

“Eu tenho hoje pouco dinheiro disponível porque na minha mão eu tenho três prioridades que eu não posso abrir mão: pagar os meus servidores, eu não posso sacrificar a minha folha. Então a minha folha é meu foco”, comentou.

Segundo o governador, as outras duas prioridades são educação e pagamento de dívidas, internas e externas.

“Segunda grande prioridade: saúde. Eu posso fechar um hospital? Não. Eu luto para que ele não feche. ‘Ah, faltou remédio, faltou não sei o quê’. É essa luta que nós temos todos os meses. Mas de um modo geral a gente mantém as unidades funcionando. E nosso terceiro foco: dívidas. A gente tem dívidas que a gente tem que pagar. Dívidas internas e dívidas externas, que a gente tem que pagar porque a gente não pode perder o selo de bom pagador”, destacou.

Neste ponto do discurso, Flávio Dino lembrou que foi o fato de o Maranhão ter sido considerado “bom pagador” o que permitiu que o Estado contraísse um novo empréstimo, de R$ 55 milhões, da Caixa Econômica Federal (CEF), para investir em melhorias no trânsito de São Luís.

Lenda – Apesar de já adiantar que não deve ter muitos recursos aos prefeitos, o governador tentou desmistificar o que considera uma “lenda”: a de que ele não ajuda os municípios porque não quer.

“Há uma lenda segundo a qual a gente não ajuda os municípios porque não quer. E o que eu quero afirmar para vocês é que isso não é verdade. A gente quer ajudar”, disse.

Ele, no entanto, não explicou objetivamente porque não consegue atender aos pleitos da maioria dos prefeitos.

“Às vezes eu não posso, eu não consigo ajudar porque não tem recurso e a gente não pode fazer coisa impossível”, completou.

Mais

O governador Flávio Dino (PCdoB) ainda tentou mostrar-se aberto a pleitos dos novos prefeitos para o Carnaval 2017, que ocorrerá no final de fevereiro. Pediu agilidade na formalização dos pedidos de ajuda financeira, mas desejou que a festa ocorresse logo em janeiro, “para não dar tempo de vocês [prefeitos] pedirem” recursos.

Informações de O Estado