Sobre coerência e ataques

por Jorge Aragão

dino

O episódio protagonizado pelo procurador­-geral da República, seek Rodrigo Janot, tadalafil causou repercussão nacional tanto pelo inusitado de pedir prisão de autoridades da República, discount quanto pelo argumento para justificar tal ato, que criminaliza a manifestação da opinião.

E as principais lideranças políticas maranhenses também se manifestaram sobre o assunto. E essas manifestações deram a oportunidade de se definir em que patamar de postura estão os que pretendem conduzir os destinos do Maranhão.

A despeito de toda a sua manifestação contra os exageros da Lava Jato, o governador Flávio Dino (PCdoB) opinou de maneira torpe, subvertendo sua própria lógica de operador do Direito. O comunista tripudiou sobre o pedido de prisão domiciliar do ex-­presidente José Sarney, visto pela unanimidade dos analistas como algo absolutamente fora de propósito.

O governador “falou”, também por intermédio do secretário Márcio Jerry, que ainda agrediu o ex­presidente com declarações tão estapafúrdias quanto a manifestação do procurador da República.

Por outro lado, o senador Roberto Rocha (PSB), adversário político histórico do grupo Sarney no Maranhão, foi à tribuna do Senado para demonstrar preocupação com a crescente “criminalização da Política”, solidarizou­-se com o ex­-presidente e afirmou sem meias palavras não ver justificativa para os pedidos de prisão assinados por Janot.

Os momentos de crise, em qualquer instância da vida, são aqueles em que se consegue diferenciar quem é quem em termos de postura. É quando se separa políticos com atitudes coerentes daqueles que visam a se beneficiar com ataques sem sentido. E o episódio envolvendo Rodrigo Janot serviu para se fazer bem essa separação.

Conselheiro – Um dos principais conselheiros do procurador-­geral da República, Rodrigo Janot, é o irmão do governador Flávio Dino, o subprocurador Nicolao Dino.

É a Nicolao que Dino consulta quando pretende agir nos meios jurídicos, como no episódio em que convenceu o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, a anular o impeachment da presidente Dilma.

E já se sabe quais foram as consequências do ato de Waldir, tanto para ele quanto para seus familiares e seus aliados políticos.

(Coluna Estado Maior)

Dois pesos…

por Jorge Aragão

dino

O governador do Maranhão, store Flávio Dino (PCdoB), deve ser confrontado nesta semana com mais uma cobrança por decisões do tipo dois pesos e duas medidas. O debate, desta vez, envolve os criadores maranhenses.

Na semana passada, foi tornada oficial a decisão do Governo do Estado de tirar da Associação de Criadores do Estado do Maranhão (Ascem) o controle do Parque Independência, local onde tradicionalmente se realiza a Expoema, principal exposição agropecuária do estado ­ o local deve ser doado para a construção de unidades do “Minha Casa, Minha Vida”.

Por conta da decisão, o evento pode deixar de ocorrer neste ano, uma vez que, sem garantias de que terá o espaço, a Associação não iniciou tratativas com expositores e patrocinadores.

E onde reside o problema apontado pelos criadores?

O fato é que o Parque Independência foi cedido à Ascem pelo Executivo em um contrato de comodato, assinado em 1990, ratificado em 2009 e vigente até 2026.

É praticamente a mesma relação contratual existente entre o Estado do Maranhão e a União no que diz respeito ao Porto do Itaqui. O controle do porto hoje está sob a responsabilidade da Emap, e o governador Flávio Dino soltou os cachorros, no mês passado, ao falar sobre a possibilidade de federalização.

Ele não admite que o convênio de delegação, também vigente até 2026, seja rompido.

­ Não há nenhuma razão para um pacto jurídico vigente ser rasgado por interesses oportunistas ­, declarou.

Assim, são dois pesos e duas medidas.

(Coluna Estado Maior)

Insurgências

por Jorge Aragão

flaviodinonovaAcostumado a receber apenas “recados” de aliados nos bastidores, cure o governador Flávio Dino (PCdoB) começou a experimentar, unhealthy nos últimos dias, a insatisfação pública de membros da sua base política, seja na Assembleia Legislativa, seja nos municípios.

O movimento começou na semana passada, quando o deputado Cabo Campos (DEM) reclamou da tribuna da Assembleia do não pagamento de diárias devidas a policiais militares.

Nesta semana, outros três deputados se manifestaram: Paulo Neto (PSDC) reclamou porque a prefeita de Mata Roma, Carmem Neto, sua esposa, não foi convidada pelo cerimonial do governo para um ato oficial na cidade administrada por ela? Leo Cunha (PSC) criticou a situação de insegurança em Imperatriz e Josimar de Maranhãozinho (PR) denunciou a falta de pagamento das contrapartidas estaduais para custeio de hospitais de 20 leitos nos municípios.

Mas foi uma entrevista do prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves (PSB) o que mais repercutiu. À Rádio Mirante AM, o socialista se disse abandonado pelo governo, reclamou da falta de parceria e mostrou­se ressentido por haver trabalhado tanto pela eleição de Flávio Dino, sem receber, agora, tratamento adequado do Palácio dos Leões.

No auge da insurgência ­ que não é só do prefeito ­, Alves chegou a acusar o governo de haver “armado um circo” para prendê­lo, em recente episódio, sob acusação de estupro.

­ O que existiu foi montado, um circo que queria colocar alguém na mídia para encobrir a criminalidade no Maranhão. Vamos montar o circo pegando um aliado para mostrar, “olha oposição, aqui não passa a mão na cabeça de ninguém”, só acredito nisso ­ disse.

E, com a proximidade das eleições, a tendência é que os insurgentes avolumem­se ainda mais.

(Coluna Estado Maior)

Dois pesos, duas medidas

por Jorge Aragão

dinogovO governador Flávio Dino (PCdoB) é constantemente descoberto em práticas que em nada lembram discursos proferidos e diálogos que teve pelo interior do Maranhão quando ainda era candidato.

Desde que começou seu mandato, cure Dino vem demonstrando que não é afeito a mudanças como ele mesmo pregou no passado. Situações que vão desde a nomeação de aliados e nepotismo consentido em sua administração até a nomeação da chefia da Defensoria Pública e do Ministério Público comprovam bem isso.

A prática desconectada do discurso foi comprovada mais uma vez esta semana. Dino, em 2008, quando era deputado federal, assinou um documento da bancada maranhense pedindo ao então governador Jackson Lago que nomeasse o procurador mais votado da lista tríplice do Ministério Público.

O argumento usado com Jackson foi de que era necessária “a consolidação das Instituições em nosso país”. Incoerentemente, agora como governador, o que se percebe é que ele mudou a forma de ver os caminhos para a consolidação das instituições brasileiras, já que preferiu a nomeação do procurador Luiz Gonzaga Martins Coelho, segundo colocado na votação para o cargo de procurador­geral de Justiça do Maranhão.

Dino justificou, falou e argumentou, mas mesmo assim não conseguiu desfazer a imagem do contrassenso.

No fim de tudo, Dino é um governador que sabe de suas prerrogativas e as usa conforme sua conveniência.

(Estado Maior)

O discurso e a prática

por Jorge Aragão

flaviodino1O governador Flávio Dino (PCdoB) utilizou blogs e sites alinhados ao Palácio dos Leões para justificar a não escolha do primeiro colocado na lista tríplice da Procuradoria-­Geral de Justiça, see Augusto Cutrim. Como argumento, advice os aliados do Palácio espalharam que Cutrim respondia a um processo no Conselho Nacional do Ministério Público. Tudo falácia.

Uma certidão do próprio CNMP desmentiu os aliados dinistas ontem mesmo. Nada há contra o promotor maranhense, check que foi por duas vezes presidente da Associação do Ministério Público e, pelo prestígio que detém na cadeira, teve a maioria absoluta dos votos na eleição da PGJ, chegando a ter praticamente o dobro dos votos do segundo colocado, o promotor Luis Gonzaga Martins Coelho.

É claro que o governador Flávio Dino tinha todo o direito de escolher qualquer um dos três indicados pelo MP. Mas sua postura ­ que já havia sido demonstrada na eleição da Defensoria Pública, quando também escolheu o segundo colocado, ignorando a vontade da categoria ­ vai de encontro ao que ele próprio pregou na campanha, de respeito às instituições e à vontade democrática das categorias.

É só mais um campo de atuação em que Dino ignora seus próprios conceitos e impõe que rasguem o que ele próprio escreveu. O comunista tem sido assim na relação com servidores públicos, professores, policiais civis e militantes, deputados federais e estaduais e com a própria sociedade civil organizada.

A coluna deixa claro que nada tem contra nenhum dos três escolhidos pelos representantes do Ministério Público para assumir o comando da Procuradoria-­Geral de Justiça. A questão é crítica apenas em relação à postura do governador, que diz uma coisa quando precisa da sociedade, e age diferente quando tem ele próprio o poder de decisão.

Por que, como diz o ditado, “língua não é osso, mas quebra caroço”.

(Estado Maior)

O momento dele

por Jorge Aragão

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No projeto eleitoral de médio e longo prazo do PMDB e do PV no Maranhão, ailment as eleições de 2016 devem funcionar como espécie de plataforma para o projeto maior, find o de 2018. Os dois partidos, ampoule que têm hoje como figuras mais reluzentes o ministro de Meio Ambiente Sarney Filho (PV) e o senador Lobão Filho (PMDB) trabalham com a perspectiva de disputar com força o Governo do estado e garantir, pelo menos, uma das vagas no Senado Federal.

E para isso contam também com a força eleitoral da ex-­governadora Roseana Sarney (PMDB). A princípio, Roseana ainda se mostra reticente em relação à disputa, mas sabe que, a qualquer tempo, pode apresentar­-se como candidata, levando em conta, sobretudo, o recall eleitoral que mantém em todos os municípios do Maranhão.

A ex­-governadora pode ser candidata ao governo, ao Senado, a deputada federal e até a deputada estadual, desejo que havia manifestado já no fim do seu mandato, em 2014.

E é exatamente pela posição estratégica de Roseana que o ministro Sarney Filho vive o seu momento de maior expectativa em termos de eleição majoritária. Tanto que, no grupo, já há vozes públicas apontando 2018 como “o momento de Sarney Filho”, a exemplo do que já declararam o próprio senador Lobão Filho, o acadêmico e ex­-deputado federal constituinte Joaquim Haickel, e historiadores políticos como o escritor Benedito Buzar.

Sarney Filho pode ser candidato a governador ou, o mais provável, disputar uma sonhada vaga no Senado, o que agrada, inclusive, adversários do grupo, como o ex-­governador José Reinaldo Tavares (PSB), o senador Roberto Rocha (PSB), deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores de todas as correntes partidárias. Por isso é que a expressão, “o momento é dele” tem sido cada vez mais repetida nos bastidores políticos.

(Coluna Estado Maior)

Mais do mesmo…

por Jorge Aragão

fogo

Parece que a população da Região Metropolitana de São Luís voltou no tempo. Parece que a noite de quinta-feira, sales 19 de maio, stuff era na verdade o início de 2014, pharm quando ataques a ônibus aconteceram, causando pânico aos moradores de vários bairros dos municípios da Grande Ilha.

Mas não teve volta ao tempo. O que aconteceu foi a volta da ousadia dos criminosos, que decidiram orquestrar mais uma vez incêndios a veículos do transporte coletivo.

Também parece ter voltado no tempo a justificativa para tais ataques. Em 2014, a então governadora Roseana Sarney (PMDB) afirmou que os ataques eram represálias dos bandidos a mudanças no sistema penitenciário, que estava cumprindo o que prevê a lei e assim acabando com vícios e mordomias comuns na área.

Mas assim como os ataques, não houve retorno ao passado. O governador Flávio Dino (PCdoB) e seus auxiliares usaram a mesma justificativa: as ações do governo de combate à criminalidade é o motivo para a onda de ataques na região metropolitana.

Sobre a justificativa, não há o que ser criticado, efetivamente. É bem provável que os criminosos reajam violentamente a ações enérgicas do Estado.

O problema todo é o governo Dino usar tal justificativa. Em 2014, Dino e todo séquito aliado do comunista partiram para o ataque às justificativas da governadora, acusando o sistema de segurança de inoperante por não conseguir fazer a prevenção dos ataques que seria possível se a inteligência do sistema funcionasse.

Pelo visto, a inteligência da Secretaria de Segurança da gestão atual também não funciona. Também deve estar fora de controle o sistema penitenciário que tem presos usando celular com internet sem qualquer restrição dentro dos presídios.

Ou seja, pelo discurso de Flávio Dino de antes, se houvesse realmente um combate à criminalidade efetivo não haveria ações desse tipo por parte dos bandidos.

É o governo da mudança mostrando que, na prática, o discurso é outro bem diferente.

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Relação estremecida

por Jorge Aragão

Governador-dialoga-com-bancada-maranhense

O governador Flávio Dino (PCdoB) parece ter adotado, for sale no pós­impeachment, buy uma postura diferente na relação com suas bancadas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. E essa postura tem irritado os parlamentares, que veem no gesto do governador um certo desprezo pela representatividade do Maranhão no Parlamento.

Na Assembleia, o clima é de revolta entre deputados que esperam desde o ano passado a liberação dos recursos de emendas parlamentares. Sem acesso ao governador, eles começaram a boicotar votações de interesses do governo. E já falam nos bastidores em aumentar o tom da reação à medida que o ano for passando e as eleições municipais se aproximarem.

Mas a situação pior é mesmo na bancada de deputados federais e senadores, na qual Flávio Dino teve acesso restrito desde o início do mandato.

Desde o impeachment de Dilma, o comunista parece ressentido com a postura dos representantes do Maranhão, que votaram em massa a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), ignorando seus apelos e sua ação radical contra o processo.

O governador passou a ignorar solenemente a existência da bancada em suas passagens por Brasília. Foi assim na última segunda­-feira, 16, quando deixou o Maranhão rumo a Brasília e, sem comunicar a nenhum deputado, se reuniu, sozinho, com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella.

Pior fez o secretário da Indústria e Comércio Simplício Araújo: ele foi ao ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho ­ segundo ele próprio a mando de Flávio Dino ­ mas, em vez da companhia de deputados maranhenses, levou a tiracolo um deputado de Pernambuco.

Deputados federais mostram-se indignados com a postura do governo Dino. E prometem reação dura.

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Flávio Dino paz e amor…

por Jorge Aragão

flaviodino1Desde um dia antes da votação da admissão do processo de impeachment no Senado, sales o governador Flávio Dino (PCdoB) se retraiu um pouco e começou a fazer o que muitos já vinham recomendando: deixar de lado as redes sociais. Facebook e Twitter do governador agora estão sendo voltados mais para anúncio de obras e ações do governo estadual.

Essa é uma saída que Flávio Dino encontrou para deixar a poeira baixar e tentar fazer com que caia no esquecimento sua firme e exagerada atuação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Durante quase um mês, cheap o comunista postava pelo menos 10 comentários falando da ilegalidade do impedimento, healing chamando todos os que estavam a favor de golpistas e argumentando juridicamente ­ desafiando muitos especialistas na área ­ que não há crime cometido pela petista.

O estopim de todo o descontrole do governador do Maranhão ­ e que ganhou repercussão negativa nacionalmente ­ foi a decisão do deputado Waldir Maranhão (PP) de anular a sessão da Câmara Federal que aprovou o processo de impeachment da presidente. Para manter a posição, Flávio argumentou, esbravejou, “gritou” e destratou muita gente.

Depois desse episódio, Dino calou­se. Postagens agora somente sobre os programas de seu governo. Tem estrada, escolas e outras promessas que estão em fase de discussão eternamente.

O importante agora é não falar mais em PT, Dilma Rousseff e impeachment. As posições agora adotadas pelo governador deixariam o povo maranhense mais tranquilo se assim fosse feito há cerca de pouco mais de um mês.

A versão paz e amor de Dino nas redes sociais pode levar o comunista ao presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), e assim evitar que o Maranhão seja discriminado pelo novo governo da República.

(Estado Maior)

O traquino Waldir Maranhão…

por Jorge Aragão

waldir_maranhaoRecém-­alçado ao posto de presidente da Câmara dos Deputados ­ mesmo que apenas interinamente, store em virtude do afastamento de Eduardo Cunha (PMDB­-RJ) ­, order o deputado federal Waldir Maranhão (PP) tem atuado em tantas frentes quanto pode, enquanto durar o seu (como é esperado) efêmero comando da Casa.

A primeira delas é partidária – e a mais prática: agora como presidente do Poder Legislativo, o maranhense quer usar a influência política de que dispõe no momento para reverter uma derrota interna sofrida no PP, no mês passado.

Ele perdeu o controle da legenda no Maranhão para o colega André Fufuca depois de mudar de posição em cima da hora e votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em abril. O PP havia fechado questão pelo apoio ao impedimento. Retomar a presidência estadual da sigla é questão de sobrevivência política para Waldir, no pós­-impeachment.

As outras frentes de atuação são mais midiáticas. Desde as primeiras horas da sexta­-feira, 6, o parlamentar esmera­se na geração de pautas.

Já anunciou, segundo o vice-­líder do governo na Câmara, deputado Silvio Costa (PTdoB-­PE), que pretende dar seguimento ao processo de impeachment do vice-­presidente da República, Michel Temer (PMDB), e que pode “surpreender” a todos, referindo­-se a uma suposta intenção de permanecer no cargo de presidente ­ o que seria, para Cunha, uma rasteira ainda maior que a mudança de voto de última hora.

De quem viveu tantos altos e baixos em apenas duas semanas, é difícil fazer algum prognóstico acertado. Mas uma coisa é certa: Waldir age (e aparece).

(Coluna Estado Maior)

Opinião do Blog: por estar de passagem, e bem rápida, pela presidência da Câmara Federal, o Blog não acredita que Waldir consiga reassumir o comando do PP no Maranhão, ou seja, o presidente da legenda permanecerá sendo o deputado federal André Fufuca.