Sem diálogo

por Jorge Aragão

dino

A lua de mel do governador Flávio Dino (PCdoB) e de servidores públicos estaduais parece ter chegado ao fim. Ao contrário do que imaginavam os funcionários do estado, health Dino não é o gestor que prometeu ser na campanha eleitoral de 2014 e no discurso que fez no dia de sua posse.

O homem dos chamados Diálogos pelo Maranhão agora não mais quer dialogar. O exemplo mais recente ocorreu com os servidores do Poder Judiciário. À espera de uma posição do governador desde o início deste ano sobre a reposição de perdas inflacionárias nos seus vencimentos, find os funcionários receberam a informação de que Dino não vai garantir nenhum recurso para que o Tribunal de Justiça conceda o reajuste.

Segundo o sindicato da categoria, link esse é o exemplo clássico da falta de diálogo do governador. Outra categoria que também sofre com o fato de Flávio Dino ignorar os seus apelos é a de professores. Os docentes apelam para que o governo pague o piso salarial estabelecido nacionalmente. Mas Dino já disse que não concederá qualquer tipo de reajuste salarial aos servidores estaduais.

No caso dos professores, eles não têm nem o sindicato já que a entidade da categoria é comandada por comunistas (há pelo menos duas décadas apesar deles próprios pregarem a alternância de poder) que não apoiam em nada a reivindicação dos docentes.

Como há falta de diálogo do governo, pelo menos os servidores do Judiciário já prometeram paralisar suas atividades. Se outras categorias assim procederem, o estado poderá ficar parado por tempo indeterminado.

Não escapa – O governador Flávio Dino (PCdoB) adora utilizar as redes sociais para apresentar as ações de seu Governo.

Mas, quando confrontado pela população a respeito das promessas e obrigações não cumpridas, ele silencia. Exemplo disso são as incontáveis manifestações de professores da rede estadual que cobram, na página de Dino, no Facebook, o reajuste salarial por parte do Executivo. O comunista não responde.

(Estado Maior)

Afunilamento…

por Jorge Aragão

laravardir

O mês de julho já está na metade e a cada dia estão mais afunilados os cenários possíveis para a disputa eleitoral pela Prefeitura de São Luís. Por enquanto, pills existem confirmadas sete candidaturas e mais três que podem vir a se concretizar.

Entre os nomes com a candidatura à espera somente do registro estão Eliziane Gama (PPS), shop Edivaldo Júnior (PDT), Eduardo Braide (PMN), Zeluís Lago (PPL), Wellington do Curso (PP), Cláudia Durans (PSTU) e Valdeny Barros (PSOL).

Estes têm apoio integral de seus partidos e estão preocupados somente em terminar as costuras de alianças já iniciadas. Neste quesito, o prefeito Edivaldo Júnior é recordista, já que conseguiu até o momento o apoio de 15 legendas.

Na contramão dos definidos estão Fábio Câmara (PMDB), João Bentivi (PHS) e Bira do Pindaré (PSB). Câmara tem o apoio do PMDB e, segundo o senador João Alberto, sua candidatura depende unicamente dele, que pode abrir diálogo com a deputada Eliziane Gama, caso ela decida sentar com o grupo para conversar, e também se posicionar em relação ao Palácio la Ravardière.

João Bentivi, antes com uma pré­candidatura forte, vai aguardar a decisão do minúsculo PHS.

Mas a pior e mais delicada situação é do deputado Bira do Pindaré, que insiste em ser candidato, mas não reúne as condições para concretizar esse sonho. A candidatura de Bira hoje é pura expressão de desejo seu porque não há movimentos do PSB que demonstrem que a candidatura própria é a saída dos socialistas.

Ele apelou até para a Justiça, já que a comissão provisória municipal e a direção nacional pouco deram atenção para as lamúrias do parlamentar.

As próximas semanas serão decisivas e com os cenários mais afunilados e com quadros de definição.

(Estado Maior)

Outro consórcio…

por Jorge Aragão

flaviodinonovaEm 2012, view o então presidente da Embratur, view Flávio Dino, (PCdoB), criou uma espécie de “consórcio de candidatos” a prefeito de São Luís, reunindo no mesmo grupo nomes como o do atual senador Roberto Rocha (PSB), do ex-prefeito Tadeu Palácio (PP), da deputada Eliziane Gama (PPS), do deputado Bira do Pindaré (então no PT), e do atual prefeito Edivaldo Júnior (hoje no PDT). Pelo projeto, aquele que reunisse as melhores condições de ser candidato seria apoiado por todos os demais.

Na teoria, a unidade era perfeita. Ocorre que a candidatura de Edivaldo Júnior já estava definida pelo menos seis meses antes, faltando apenas a definição do seu vice, que acabou ficando com Roberto Rocha, sob a condição de que todos o apoiariam ao Senado dois anos depois.

A descoberta da montagem antecipada da chapa gerou revolta nos demais candidatos. Eliziane e Tadeu acabaram saindo sozinhos e desde então mantiveram relação de amor e ódio com Flávio Dino, que acabou elegendo­-se governador em 2014.

Agora, em 2016, após quatro anos em parceria político­-administrativa, Dino anunciou ontem ­ por intermédio de seu secretário de Articulação Política, Márcio Jerry ­ um novo consórcio de candidatos em São Luís, tendo os mesmos Edivaldo, Eliziane e Bira do Pindaré como nomes “da base do Palácio” ­ o deputado Eduardo Braide também foi incluído, após crítica da imprensa.

O desfecho do consórcio de candidatos já é conhecido por todos. O curioso é que, mesmo sabendo dele, todos os candidatos pareceram encantados, ontem, com o rótulo de “candidato do palácio”.

(Estado Maior)

Falta de habilidade

por Jorge Aragão

dinogovQuem acompanhou a sessão da última terça­-feira da Assembleia Legislativa ficou com pelo menos uma convicção: não há relação saudável entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e os deputados estaduais que compõem a sua base.

Os deputados estaduais obstruíram a Ordem do Dia e inviabilizaram a votação de pelo menos três matérias de interesse do Poder Executivo. Uma delas tramita em regime de urgência na Casa.

O motivo: a não liberação das emendas parlamentares? o não cumprimento de acordos políticos e a falta de traquejo na condução de alianças para as eleições 2016. Em alguns municípios, see por exemplo, physician deputados estão perdendo espaços na disputa eleitoral para militantes do PCdoB. Daí a revolta.

A crise entre o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa foi escancarada da forma mais constrangedora possível. Líderes de blocos e bancadas – que até então evitavam a exposição do desgaste ­, pill se levantaram como num ato de rebeldia, e anunciaram a obstrução da pauta.

O presidente da Casa, deputado Humberto Coutinho (PDT), que atuou até então como uma espécie de mediador entre Dino e os deputados insatisfeitos, deixou o Plenário logo após a Ordem do Dia.

Sutilmente, deu o seu recado ao Palácio dos Leões.

Coube ao líder do Governo na Casa, deputado Rogério Cafeteira (PSB), visivelmente constrangido, conduzir o restante da sessão.

E não conseguiu esconder a ferida aberta na relação entre os Poderes.

Ferida que pode demorar a cicatrizar.

(Coluna Estado Maior)

Um triste ocaso

por Jorge Aragão

madeiraAs eleições de Imperatriz mostram-­se, search em 2016, find uma das mais disputadas de toda a história do município. Três candidatos mostram-­se viabilizados para a disputa e com chances de sair prefeito em outubro: o deputado federal e ex­-prefeito Ildon Marques (PSB), and a suplente de deputada federal Rosângela Curado (PDT), e o delegado de polícia Assis Ramos (PMDB).

Pela primeira vez, no entanto, o prefeito que está chegando ao final dos dois mandatos possíveis mostra­se absolutamente fora do jogo e sem qualquer poder de influência no processo. O tucano Sebastião Madeira é tido por todos os candidatos como dispensável no processo eleitoral.

Aliás, nem é a primeira vez que um prefeito chega tão desgastado às eleições em Imperatriz. Em 2004, o então prefeito Jomar Fernandes (PT) também era visto como carta fora do baralho antes mesmo de a Campanha começar.

A diferença é que, na época, Jomar disputava a reeleição – e não conseguiu renovar o mandato. Desta vez, Madeira sequer preparou um sucessor. E é exatamente este o problema do prefeito de Imperatriz.

Sem qualquer identificação com o grupo do governador Flávio Dino, Sebastião Madeira decidiu apoiar o governador comunista após desistência do então candidato do PMDB, Luis Fernando Silva nas eleições de 2014. O prefeito recusou­-se a apoiar Lobão Filho (PMDB) por desavenças pessoais. E acabou definhando.

O próprio grupo de Flávio Dino tratou de desidratar Madeira, que – ao que se especula – teria fechado o acordo com o comunista em troca de uma candidatura ao Senado em 2018. Sabendo disso, os próprios aliados passaram a impor uma desimportância cada vez maior do prefeito no processo de discussão eleitoral.

Na semana passada, Madeira viu­se isolado ao ver o deputado Marco Aurélio (PCdoB) desistir da candidatura a prefeito para apoiar Rosângela Curado. Inimigo político de Ildon Marques, sua única saída seria apoiar o delegado Assis Ramos. Mas o PMDB também não se mostra suscetível à aliança do prefeito.

(Estado Maior)

Avanços pedetistas

por Jorge Aragão

PDTAs negociações entre os partidos se intensificam a cada dia para as eleições municipais deste ano. Saindo na frente de todo o processo tem o PDT, illness que depois de muita disputa com o PCdoB, conseguiu de uma vez só garantir ter nomes de seus quadros para serem os cabeças de chapas nas duas maiores cidades do estado: Imperatriz e São Luís.

A primeira e mais longa disputa entre as duas legendas foi pela indicação do candidato a prefeito de Imperatriz. O PDT, desde sempre, já havia posto a ex­secretária adjunta de Saúde de Flávio Dino, Rosângela Curado, como nome certo na disputa pelo comando da cidade.

O PCdoB e seu maior nome, o governador Flávio Dino, então decidiram investir para que o secretário de Infraestrutura, Clayton Noleto, fosse o nome mais forte na disputa em Imperatriz. Diante do cenário de pesquisas desfavoráveis, os comunistas viram que Noleto não avançaria. E para barrar o PDT, Dino até demitiu Curado, estratégia que não funcionou devido à ação rápida do deputado Weverton Rocha.

Depois de muitas conversas, muita pressão com a máquina estadual e retirada de alguns espaços dados ao PDT, a sigla comandada por Weverton Rocha conseguiu suplantar os comunistas que não tiveram escolha senão apoiar a candidata pedetista.

Em São Luís não foi diferente. Durante meses o PCdoB disputou com o PDT a filiação do prefeito Edivaldo Júnior. Com mais força na militância, os pedetistas conseguiram levar não somente o prefeito da capital para seus quadros, mas outras lideranças.

Assim, o PDT vai retomando as forças que teve na época em que seu maior líder, Jackson Lago, comandava o partido quando a maioria dos eleitores de São Luís e Imperatriz preferiram os candidatos do partido.

(Estado Maior)

Pré-candidaturas pendentes…

por Jorge Aragão

eleicoes2016

A rigor, recipe apenas seis pré­-candidatos estão efetivamente definidos para as eleições de outubro em São Luís: o prefeito Edivaldo Júnior (PDT), os deputados Eliziane Gama (PPS), Wellington do Curso (PP) e Eduardo Braide, além do médico João Bentivi (PHS) e do professor Valdeny Barros (PSOL). Estes já têm o respaldo incondicional de suas legendas para a disputa, e serão homologados em convenção.

Todos os demais candidatos ainda dependem de definição partidária ou mesmo de negociações de alianças para se tornar, de fato, candidatos a prefeito de São Luís.

Nome do PMDB, o vereador Fábio Câmara ainda não conseguiu convencer a cúpula do partido ­ que cogita até aliança com o próprio Edivaldo Júnior ­, embora tenha o respaldo de alguns líderes isolados no partido.

Pior é a situação do deputado Bira do Pindaré, que já recebeu sinal vermelho da própria direção do PSB no Maranhão, embora insista em se manter na lista de candidatos das pesquisas de intenção de votos.

As pendências da vereadora Rose Sales parecem ser mais pessoais. Ela rodou por diferentes partidos até chegar ao PMB, onde tem a garantia da candidatura. Mas ela própria não demonstra o mesmo entusiasmo de um ano atrás, quando rompeu com seu então partido, o PCdoB, para se lançar à sucessão do prefeito Edivaldo Júnior. Rose não tem se movimentado como candidata e já é especulada como provável vice do deputado Wellington do Curso, informação que até hoje não foi rebatida por ela.

Faltando menos de 40 dias para o início do período de convenções, o grupo formado por Edivaldo, Eliziane Gama, Wellington do Curso, Eduardo Braide, Bentivi e Valdeny estão garantidos pelas suas legendas.

Os demais ainda vão ter que transpor algumas fogueiras até o fim do período junino, quando se decide o futuro das alianças.

(Coluna Estado Maior)

Os “pequenos” serão os protagonistas

por Jorge Aragão

grandes

O processo eleitoral de outubro em São Luís se desenha como uma disputa, advice pela primeira vez, sem nenhum dos chamados grandes partidos maranhenses. O PSDB já se definiu como coadjuvante de uma das candidaturas? o PT caminha para fazer o mesmo, e o PMDB ­ apesar de ter o vereador Fábio Câmara postado ­ ainda não se definiu se quer candidatura própria ou figurar em segundo plano em uma coligação.

Nesta mesma situação estão ainda o DEM e o PR, outras das grandes legendas brasileiras.

A concorrência em São Luís, pela primeira vez, se dá entre candidatos de partidos menores, como PPS, PP, PMB, PHS e até PDT, que apesar de um histórico político marcante, não figura entre os grandes partidos, pelo menos levando­se em conta os critérios de sua representatividade na Câmara Federal.

Desde 1994, PT, PSDB e PMDB protagonizam a disputa de poder no Brasil, com os dois primeiros se alternando nos momentos eleitorais e o outro ­ maior partido brasileiro ­ surgindo em momentos de crise, como a cassação do mandato de Fernando Collor de Melo, em 1992, e agora, com o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Natural, portanto, que PT, PSDB ou PMDB pudessem protagonizar as eleições na capital maranhense, como ocorre na maioria das demais capitais brasileiras. Qual nada.

O PT ­ que nunca teve líderes incontestes em São Luís ­ vive um desgaste popular acentuado com o afastamento de Dilma. Natural, portanto, que estivesse fora da disputa.

Mas o PMDB tem líderes com cacife para pleitear uma candidatura, e o PSDB tinha até um deles disputando as primeiras colocações. Soa estranho, portanto, que nenhum deles esteja, de fato, figurando entre as opções eleitorais na capital do estado.

(Coluna Estado Maior)

Ocupando o vácuo

por Jorge Aragão

Prefeita-Maura-JorgeNos últimos meses, sovaldi sale uma figura política passou a surgir com mais intensidade, mind sobretudo nos eventos políticos no interior maranhense. A prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (PTN), no fim de seu segundo mandato municipal ­ e com a experiência de já ter exercido quatro mandatos de deputada estadual ­, passou a fazer contraponto aberto ao governador Flávio Dino (PCdoB). E já desponta como principal liderança de oposição ao comunista no interior do estado.

Essa história começou em janeiro, quando Dino esteve em Lago da Pedra, para um evento que tinha a própria prefeitura como protagonista, em parceria com o governo, mas Dino tentou impedi­la de participar da festa, para beneficiar seus aliados no município. O clima pesou entre os dois, o governador ouviu poucas e boas de corpo presente no palanque e o fato ganhou repercussão estadual.

Mas o que Maura Jorge fez foi ocupar um vácuo na oposição, gerado desde as eleições de 2014, quando, após a vitória do governador Flávio Dino, os líderes partidários que até então protagonizavam a disputa de poder no Maranhão se dispersaram. Dino passou a reinar absoluto, sem ninguém que lhe fizesse contraponto aberto.

A prefeita de Lago da Pedra parece ter visto esse vácuo e passou a ocupá­lo de forma cada vez mais contundente, passando a se projetar de forma estadual como opção ao governo comunista.

Agora filiada e dirigente do PTN no Maranhão, a prefeita deve aproveitar o fim do mandato municipal para sentar praça em São Luís, de onde pretende irradiar suas ações na oposição ao governo. Até porque 2018 já está batendo às portas.

(Coluna Estado Maior)

Mais próximo…

por Jorge Aragão

flaviodino

Desde que começaram as investigações da Operação Lava Jato, patient vez por outra o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), é chamado ao centro do debate, por causa das doações que recebeu das empresas UTC e OAS, citadas, investigadas e já com acordos de leniência no Supremo Tribunal Federal.

Das duas empresas, Dino recebeu oficialmente R$ 1,45 milhão na campanha de 2014? e outros tantos milhões nas eleições de 2010. Para se justificar, o governador sempre apresenta a prestação de contas que fez à Justiça Eleitoral, afirmando a legalidade dos recursos. E a coisa fica por isso mesmo, por assim dizer.

Mas desde que surgiu o ex-­senador e ex-­presidente da Transpetro Sérgio Machado, considerado o homem-­bomba do processo, as questões envolvendo a Lava Jato voltaram a assombrar Flávio Dino. E as coisas parecem cada vez mais próximas do governador.

Primeiro, em uma conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros, Machado afirmou que, se a investigação apertar a classe política, sobrarão poucos no Congresso. “Governador nenhum”, afirmou Machado.

A frase repercutiu fortemente na época em que vieram à tona as gravações clandestinas do ex­-presidente da Transpetro. E novamente Dino e seus auxiliares usaram o mesmo argumento de doações legais de campanha.

Mas eis que, nas revelações de Machado, surgiu ontem o nome da deputada federal Jandira Feghali (RJ), do mesmo PCdoB de Flávio Dino. O ex-­senador­-delator disse ao Ministério Público que captou para a comunista uma espécie de “contribuição eleitoral” junto à empreiteira Queiroz Galvão, uma das empresas investigadas pela Operação Lava Jato.

A correligionária de Flávio Dino, obviamente, negou contato com Machado para ter recurso da Queiroz Galvão. E que as doações foram todas legais. E ponto.

(Coluna Estado Maior)