Roberto Rocha se posiciona claramente diante de Flávio Dino

por Jorge Aragão

O senador maranhense Roberto Rocha (PSB) fez questão de deixar claro seu posicionamento político diante do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), nas eleições de 2018.

Rocha decidiu se posicionar mais claramente após nota da coluna Estado Maior, do jornal O Estado, inclusive repercutida pelo Blog (reveja), onde afirmava que o senador esperava um posicionamento do governador sobre a campanha política do ano que vem e chegou a cogitar a possibilidade dos dois estarem novamente juntos no palanque.

Em nota enviada a coluna Estado Maior, Roberto Rocha afirmou que “Nada na minha postura autoriza afirmar que aguardo posicionamento do governo”. Além disso, disse que não há elementos para afirmar que ele poderia voltar a dividir palanque com Flávio Dino.

O senador finalizou que seu desejo é disputar o Governo do Maranhão contra Flávio Dino e Roseana Sarney (PMDB). Rocha lembrou que já apoiou tanto um quanto outro, mas diz que se afastou por não vislumbrar planos de gestão para o desenvolvimento do estado.

Por fim, Rocha negou que tenha agenda de campanha e alfineta que o Maranhão vive “simulacro de uma mudança que nunca acontece”.

Sendo assim, então tá!!!

Decisão Tucana

por Jorge Aragão

Caberá ao presidente nacional em exercício do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), a decisão sobre o futuro do partido no Maranhão. Jereissati quer conversar com o vice-governador Carlos Brandão e com o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, as duas principais lideranças remanescentes do ninho maranhense, para tomar a decisão.

Tanto Madeira quanto Brandão participaram da reunião do diretório nacional que decidiu pela permanência do PSDB na base de apoio do governo Michel Temer (PMDB).

Após o encontro, o senador cearense conversou com o ex-prefeito maranhense e marcaram conversa para a semana que se inicia.

Apesar de ter mais proximidade com o senador Aécio Neves do que o vice-governador maranhense, Madeira teve dificuldades de ter uma resposta por causa dos interesses que o ex-candidato a presidente mantinha no governo Flávio Dino (PCdoB).

Agora, as coisas mudaram. Madeira continua tendo mais intimidade com Jereissati do que Brandão, que tem pouco acesso nacional à legenda. E pesa ainda a antipatia que o senador do Ceará mantém dos ideais e projetos comunistas e esquerdistas para o Brasil.

Mas o fato é que o destino do PSDB levará apenas Brandão ou Madeira a protagonista do partido nas eleições de 2018. Após a morte do ex-governador, ex-prefeito, ex-senador e deputado federal João Castelo, nenhum outro tucano maranhense tem mais cacife que o vice-governador e o ex-prefeito.

E caberá a um deles comandar os destinos da legenda.

Coluna Estado Maior

Momento político

por Jorge Aragão

As semanas de crises políticas, tanto em Brasília quanto no Maranhão, arrefeceram os ânimos da pré-­disputa eleitoral no estado, levando o governador Flávio Dino (PCdoB) e seus principais adversários a reduzir o ritmo de ações neste sentido. O momento de cada um:

Flávio Dino (PCdoB): Às voltas com denúncias envolvendo sua gestão e pagando por erros crassos em sua propaganda midiática, o governador tem reduzido o debate público e aparecido cada vez menos nas redes sociais, onde é ativo. A ameaça de uma CPI para investigar o sistema de Saúde também incomoda o governo.

Roberto Rocha (PSB): O senador tem reduzido cada vez mais sua agenda de campanha, mantendo apenas a relação básica com prefeitos e deputados federais e estaduais. A nova postura tem um motivo: Rocha espera um posicionamento do governador Flávio Dino sobre a campanha, que pode, inclusive, reunir os dois no mesmo palanque. Mas ele nega publicamente.

Roseana Sarney (PMDB): a ex-­governadora mantém a mesma postura. Trabalha normalmente entre os aliados partidários e políticos, mas não declara se entrará ou não na disputa. Sua última aparição pública se deu em maio, durante o lançamento da candidatura do irmão, ministro Sarney Filho (PV), ao Senado. Ali ficou-­se sabendo que a ela só interessa a disputa ao governo. Ou nada.

Maura Jorge (Podemos): Dos quatro principais nomes já postos para a disputa, a ex-­deputada Maura Jorge é a que mantém agenda mais intensa de pré-­candidato. Ela viaja pelo menos uma vez por semana a uma das regiões do estado, onde se encontra com prefeitos, ex-­prefeitos e lideranças. E tem se consolidado no eleitorado evangélico em todas as regiões.

Coluna Estado Maior

Dois discursos

por Jorge Aragão

O governador Flávio Dino (PCdoB) tem atuado na linha de frente para tentar tirar do poder o presidente Michel Temer (PMDB). Ele torceu pela cassação de Temer via decisão do Tribunal Superior Eleitoral e defende o impeachment do presidente, por suposto envolvimento na Lava Jato. Mas a postura de Flávio Dino é só aqui, estado em que a maioria torce o nariz para o novo governo e se mantém fiel aos programas sociais mantidos nos governos petistas Lula e Dilma. Em Brasília, a postura de Dino é outra, totalmente diferente.

O governador maranhense não se faz de rogado quando o assunto é a liberação de recursos federais para os estados. E não titubeia em pedir, ao mesmo governo que ele quer ver cassado, recursos para cumprir suas obrigações financeiras.

Embora se mantenha distante do presidente, o governador comunista atende a todos os chamados, sobretudo quando o assunto é a liberação de recursos bilionários, como a que ocorreu na última terça­feira, 13, após jantar em Brasília, com o presidente e os governadores.

O discurso furta­cor de Flávio Dino já é conhecido dos maranhenses desde as eleições de 2014, ocasião em que deu espaço em seu palanque tanto para Aécio Neves, candidato do PSDB, quanto para a presidente Dilma Rousseff (PT).

E é assim que Dino vai seguindo em seu governo, com o discurso público, espécie de jogo para a torcida, e uma postura privada, disposto a qualquer negociação que garanta a manutenção dos instrumentos de poder.

Coluna Estado Maior

Não há justificativa

por Jorge Aragão

A questão envolvendo o governo Flávio Dino (PCdoB) e o Instituto de Desenvolvimento e Apoio ao Cidadão (IDAC) ­ acusado de desvios de R$ 18 milhões no setor de Saúde ­ se resume a uma situação básica: foi no governo comunista que se deram os saques na boca do caixa do grosso dos recursos desviados, segundo a Polícia Federal.

Os aliados do governador, seu secretário de Saúde e auxiliares do governo insistem em querer tirar a gestão comunista da polêmica. É impossível, diante das datas expostas nas imagens mostradas no Fantástico, da Rede Globo. Os saques efetivados foram todos no período de março a abril deste ano, ou pouco mais de um mês antes da operação da Polícia Federal.

Outra questão envolvendo o governo Flávio Dino na operação desbaratada pela Polícia Federal: o IDAC teve aumento de 110% em seus contratos com o estado somando nada menos que R$ 242 milhões com a gestão comunista.

Não convence, portanto, o que disse o secretário Carlos Eduardo Lula, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, no último domingo, quando afirmou não haver como “detectar nenhuma irregularidade” porque o esquema tinha “fraude sofisticada”.

Tão sofisticado que conseguiu convencer o mesmo governo a aumentar contratos de R$ 18 milhões ­ todos auditados na gestão anterior, é bom ressaltar ­ em quase 15 vezes.

Claro está que o governo Dino não resolveu o problema porque não quis.

Coluna Estado Maior

Temer e o Maranhão

por Jorge Aragão

A decisão da maioria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem influência direta nos caminhos a serem seguidos para a disputa eleitoral de 2018 no Maranhão. Com a absolvição do presidente da República, Michel Temer, o PMDB maranhense ganha força e se prepara para tentar voltar ao Palácio dos Leões.

Do outro lado está o governador Flávio Dino (PCdoB), que vê o seu campo político (o de esquerda, pelo menos no discurso) se enfraquecendo nacionalmente com a vitória do peemedebista.

Dino, que já entrou no clima de pré­campanha eleitoral fazendo encontro com prefeitos e vereadores, vai intensificar sua agenda política e suas obras pequenas pelo interior do estado. O comunista tentará passar a ideia de que seu governo trouxe a prometida mudança para o Maranhão. E sabe que terá que fazer isso, provavelmente, sem um apoio forte na política nacional.

Já o grupo maranhense do PMDB vai se fortalecendo. Sem o perigo real de perder os valorosos espaços nos comandos dos órgãos federais no Maranhão, os peemedebistas se animam ainda mais com uma possível candidatura ao Governo do Estado.

E para isso, o partido vem tentando convencer a ex­governadora Roseana Sarney a entrar na disputa do próximo ano. Ela, que admitiu somente que não disputará o Senado como vinha sendo colocado nos bastidores, nunca disse abertamente que será candidata novamente ao governo do Maranhão. Roseana vem dizendo que existe a possibilidade, mas que depende de muitos fatores.

E, talvez, um dos fatores seja a permanência do comando do país com a seu partido. E isso aí, pelo menos no que diz respeito ao julgamento no TSE, já passou.

Fortalecido – E também sai fortalecido desse cenário todo favorável a Michel Temer o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV).

Ele, que é pré­candidato ao Senado em 2018, foi um dos defensores de Temer no momento em que a crise política foi mais grave para o peemedebista.

E se Temer venceu, Sarney Filho também. Ele sai mais forte para a disputa que promete ser uma das mais acirradas da história.

Coluna Estado Maior

Ainda a chegada do UBER ao Maranhão…

por Jorge Aragão

Na guerra pela legalização do aplicativo Uber, os mais diferentes atores têm se manifestado. Desta vez, foi o Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Estado.

Em ação impetrada na Vara de Interesses Difusos, pede que o serviço seja liberado em São Luís alegando ser direito do cidadão a escolha do meio de transporte a ser usado.

Essa é a segunda ação que chega a Vara de Interesses Difusos. O advogado Thiago Brahner entrou com ação popular alegando inconstitucionalidade na lei vigente. Pedido foi indeferido pelo juiz responsável.

Ringue político – O debate sobre a legalização do aplicativo chegou até à Assembleia Legislativa. No entanto, por lá, o direito do cidadão não foi o mais importante para os deputados.

A discussão sobre o Uber entre os deputados acabou virando mais um ringue político. Oposição e governistas pareciam debater proposta polêmica de interesse do Executivo.

Por ter sido um deputado da oposição a propor lei que regulamenta o serviço, os governistas recusaram a proposta. E pior, a mando do Palácio dos Leões.

Coluna Estado Maior

Pescado camarada

por Jorge Aragão

A Comissão de Ética na Assembleia Legislativa decidiu arquivar a representação contra o deputado Levi Pontes (PCdoB) por quebra de decoro parlamentar. A ação foi motivada pela divulgação de áudio que mostra o parlamentar comunista negociando distribuição para suas bases políticas pescado comprado com o dinheiro público da Prefeitura de Chapadinha. A representação foi impetrada pela deputada Andrea Murad (PMDB).

Preside a comissão a também comunista, Francisca Primo, e o relator designado para decidir sobre a admissibilidade da representação foi Rogério Cafeteira (PSB), que só é o líder na Assembleia Legislativa do governador Flávio Dino, nome maior do PCdoB. Com tantos aliados reunidos, seria fácil imaginar que Pontes não sofreria nada, se dependesse da Comissão de Ética.

A questão a ser analisada é que os comunistas agem com duas caras nessa denúncia contra Levi Pontes. A incoerência, uma marca dos governistas e seu líder maior, é percebida no relatório apresentado para o arquivamento da representação contra o deputado do PCdoB.

Lá no voto diz que não se pode levar em consideração uma gravação clandestina e, como descreveu em seu voto o relator, sendo aquela “quando um dos interlocutores grava a conversa sem o outro saber”.

No entanto, o que mais o PCdoB de Levi Pontes, Márcio Jerry, Flávio Dino e Francisca Primo faz nas últimas semanas é pedir a saída de Michel Temer da presidência devido a uma gravação feita pelo empresário Joesley Batista da JBS sem que o presidente da República soubesse. Ou seja, uma gravação clandestina.

São dois pesos e duas medidas dos comunistas. Para os seus, no caso Levi Pontes, isso não tem validade. Para seus adversários, é prova cabal para condenação dos inimigos políticos.

É Dino e suas eternas contradições

Vista grossa – Contradições não são novidade no mundo dos comunistas, porque nos casos de delação citando os adversários eles sempre faziam a festa e passavam dias falando sobre o assunto.

Pediam investigação e antes de tudo condenavam os alvos das delações, que apontavam uso do dinheiro público para interesses próprios. Quando o citado foi Flávio Dino, acusada em delação da Odebrecht de ter recebido R$ 200 mil, as delações foram classificadas de inválidas e usadas para fins politiqueiros.

Silêncio – E sobre a delação da Odebrecht, o governador do Maranhão decidiu não mais se posicionar nas redes sociais quanto o assunto diz respeito à Lava Jato.

Constam em seus perfis em redes sociais manifestações sobre o assunto nas datas próximas à divulgação do áudio contra Michel Temer.

Motivo para o silêncio do comunista? As duras críticas que recebeu de seguidores porque, assim como Temer, ele também foi apontado como beneficiado do jogo de propinas.

Coluna Estado Maior

Oito dias depois…

por Jorge Aragão

Passados oito dias desde que o ministro do Meio Ambiente Sarney Filho (PV) foi lançado pelos seus aliados como pré-candidato a senador, o cenário político para esta disputa específica no Maranhão teve uma forte mudança.

Logo no dia seguinte ao pré-lançamento de Sarney Filho, o também deputado federal Weverton Rocha (PDT) realizou encontro de lideranças em Balsas. Claro que o encontro do pedetista já estava pré-agendado, mas ganhou contornos mais intensos desde a festa em torno do ministro do Meio Ambiente.

No domingo seguinte ao evento do ministro, o ex-ministro, ex-deputado federal e ex-candidato a senador Gastão Vieira (Pros) reapresentou-se como candidato a senador, mesmo após ter declarado que iria buscar vaga na Câmara. E a reaparição de Vieira abriu um flanco de batalha com seu ex-adversário na disputa de 2014, Roberto Rocha (PSB), que acabou rebatendo duro, mesmo nada tendo a ver com a disputa senatorial de 2018.

Este “nada tendo a ver” em relação a Roberto Rocha pode também ser questionado, já que seus próprios aliados admitem, inclusive, que ele possa abrir mão de quatro anos de mandato para ser candidato novamente em 2018. Objetivo: fugir de uma batalha com o governador Flávio Dino (PCdoB), pela vaga única de senador em 2022, quando termina o seu atual mandato.

Os outros dois nomes apresentados para a disputa – Waldir Maranhão (PP) e José Reinaldo Tavares (PSB) – preferiram optar pelo silêncio, embora um ou outro aliado tenha lembrado seus nomes no decorrer da semana.

Como se viu, a pré-candidatura de Sarney Filho teve uma consequência clara: a ebulição do cenário político para a disputa de senador.

Incomodados – Após o sucesso retumbante do evento organizado por lideranças em prol da pré-candidatura ao Senado do ministro Sarney Filho, dependentes do governador Flavio Dino e aliados de seus pretensos candidatos ao Senado não param esbravejar.

O séquito dinista está nitidamente incomodado com a demonstração de força política do pré-candidato do PV.

Analistas do cenário político avaliam que os governistas deveriam se preocupar mais com imbróglio internos e menos com o prestígio consolidado de Sarney Filho.

Coluna Estado Maior