Justiça nega lockdown, mas estabelece medidas restritivas no MA

por Jorge Aragão

Na manhã desta quinta-feira (11), o juiz Douglas de Melo Martins, Vara de Interesses e Direitos Difusos no Maranhão, indeferiu o pedido de lockdown no Maranhão. A decisão do magistrado foi tomada durante audiência que contou com representantes dos poderes públicos.

A negativa foi uma resposta a um pedido foi realizado semana passada por três membros da Defensoria Pública do Estado – Clarice Binda, Cosmo da Silva e Diego Bugs.

“Por mais que eu entenda que esses dados apresentados são gravíssimos, tomar uma decisão que não seja cumprida, desmoraliza todo o sistema de justiça”, justificou o magistrado.

No entanto, ficou determinado a proibição de músicas ao vivo e som mecânico em bares, restaurantes e casas de show do estado. Também não serão permitidas as chamadas “resenhas” particulares em espaços públicos.

O juiz Douglas Martins ainda ressaltou que a decisão vale até o dia 18 de fevereiro e que depois dessa data, caberá a Estado e municípios tomarem decisões.

Na audiência, participaram também representantes dos municípios maranhenses, além do Estado, da Defensoria Pública e representantes de setores da atividade econômica do Maranhão.

Vale lembrar que o magistrado já havia negado incialmente o pedido, que queria a adoção de lockdown em todo o Maranhão no prazo de 48 horas.

É aguardar, conferir e torcer por uma fiscalização efetiva para a diminuição dos casos no Maranhão.

Juiz Douglas Martins, neste momento, nega lockdown pedido pela DPE

por Jorge Aragão

O juiz titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas de Melo Martins, de maneira acertada, negou, neste momento, o pedido feito pela DPE, que solicitou que Estado e Municípios decretassem lockdown em até 48 horas.

O magistrado afirmou que inicialmente vai intimar os 217 municípios e o Governo do Maranhão, para saber dos gestores a real situação e quais providências estão sendo tomadas, para somente depois disso tomar uma decisão definitiva sobre o pedido da DPE.

No entanto, essa decisão não deve ser tomada tão cedo, pois primeiramente os 217 municípios e o Governo do Maranhão precisam ser intimidados, o que deve demandar um certo tempo, depois disso, osgestores terão três dias para apresentarem as solicitações que estão sendo feitas pelo magistrado, que somente depois dessas informações tomará a decisão.

Sendo assim, pelo menos nesse momento, está descartado lockdown no Maranhão.

Douglas Martins explica decisão da prorrogação do lockdown

por Jorge Aragão

Nesta quarta-feira (13), em entrevista ao titular do Blog, no programa Ponto Final, da Rádio Mirante AM, o juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, explicou a sua decisão de prorrogar, nesse primeiro momento, o lockdown em três dias, indo até o próximo domingo (17).

O magistrado deixou bem claro que partiu exclusivamente dele a decisão de prorrogar o lockdown, já que nenhuma das partes que estiveram participando da reunião demonstrou tal interesse.

“Eu fiz uma audiência ontem, de conciliação. Nessa audiência, o representante do estado, os representantes dos municípios fizeram uma análise positiva do lockdown, mas nenhuma das partes envolvidas manifestou interesse em que o lockdown fosse prorrogado. Eu propus diante das informações que chegaram, e de certa forma até insistir, que tivéssemos mais três dias de lockdown. Insisti com as partes e no final conseguimos chegar a bom termo para essa prorrogação por mais três dias de lockdown na ilha de São Luís”, afirmou.

No entanto, o magistrado também deixou claro que dificilmente teremos uma prorrogação da prorrogação, já que as partes não demonstraram interesse nem no prolongamento inicial. A afirmação foi feita pelo fato do juiz Douglas Martins ter deixado claro que uma nova prorrogação teria que partir de um pedido do Ministério Público e/ou Executivo, municipais e/ou estadual.

“Do que nós vimos na audiência, já poderíamos dizer que provavelmente não teremos nenhum tipo de proposta de prorrogação além da segunda-feira, porque ninguém propôs a prorrogação na audiência, partiu de uma iniciativa minha. O que parece, do que vimos na audiência é que todas as partes estão se encaminhando no sentido de daqui por diante, essas decisões de mais restrições ou menos restrições, a partir de segunda-feira fique ao encargo exclusivo dos órgãos do executivo estadual e municipais. Cada um decidindo de acordo com a sua realidade e de acordo com a situação concreta de seu. município”, destacou.

O magistrado afirmou que tem consciência que sua decisão ajudou a salvar vidas de muitos maranhenses e está com a cabeça tranquila por ter determinado a decretação do lockdown. Clique aqui para ouvir a entrevista na íntegra.

Todo Estado – Nesta quarta-feira (13), o PSTU confirmou que ajuizou uma ação na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, querendo a ampliação do lockdown para todo o Maranhão e pedindo a estatização de todos os leitos privados para serem controlados pelo SUS para atendimento aos portadores de COVID-19.

CNJ proíbe juiz do lockdown de participar de lives político-partidárias

por Jorge Aragão

O juiz maranhense Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses e Difusos do Maranhão, que determinou que o Governo do Maranhão decretasse o lockdown na Região Metropolitana está proibido de participar de lives político-partidárias.

De acordo com o Conjur, a decisão foi do corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, que determinou, em caráter liminar, que o magistrado do Maranhão, abstenha-se de participar de debates virtuais públicos que possuam conotação político-partidária, com ou sem a presença de políticos maranhenses e/ou de pessoas que, publicamente, pleiteiam se eleger ou se reeleger nas eleições de 2020, nos termos do artigo 25 do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça.

A decisão liminar foi tomada nesta terça-feira (12/5) nos autos de reclamação disciplinar formulada pelo senador Roberto Coelho Rocha (PSDB-MA) contra o magistrado. Segundo Roberto Rocha, o juiz “vem se submetendo a superexposição midiática ao lado de políticos maranhenses, participando de diversos eventos promovidos por estes, já tendo atuado em diversas lives propiciadas e agendado a sua participação em outra que ainda vai ocorrer”.

Preservação – Em sua decisão, o ministro Humberto Martins destacou que observou, em todos os folders eletrônicos de divulgação das lives que tiveram a participação do juiz Douglas Martins, o logotipo característico do parlamentar ou do pré-candidato que promoveu e coparticipou do encontro virtual (com símbolos e cores de partidos políticos), vinculando essa atividade virtual à militância política ou à atividade político-partidária.

Dessa forma, segundo o ministro, o magistrado, por estar investido de jurisdição e possuir o mister precípuo de julgar, tem o dever de resguardar sua imparcialidade, sua impessoalidade e preservar para que suas decisões judiciais, sua imagem e a própria imagem do Poder Judiciário como um todo, não sejam atreladas a interesses político-partidários de qualquer natureza.

“Na hipótese, entendo que a participação do juiz Douglas de Melo Martins, em debates ao vivo (lives) promovidos por políticos do estado do Maranhão, pré-candidatos a eleição ou reeleição, para discutir decisão judicial e temas de notório cunho político-partidário ou reveladora de atividade de militância política pode ensejar, em tese, conduta que viole deveres e vedações inerentes à magistratura”, afirmou o corregedor nacional.

O ministro Humberto Martins determinou ainda a expedição de Carta de Ordem ao presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão para que promova a intimação pessoal do magistrado, a fim de que, querendo, apresente defesa prévia, no prazo de 15 dias.

Lockdown na Região Metropolitana será estendido até domingo

por Jorge Aragão

Como anteriormente informado pelo Blog, na manhã desta terça-feira (12), o juiz Douglas Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha de São Luís, comandou uma audiência de conciliação para definir sobre a prorrogação ou não do lockdown nos quatro municípios da Região Metropolitana de São Luís.

A audiência, que foi por meio de videoconferência, teve as participações de representantes do governo do Maranhão e dos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Limiar e Raposa.

De acordo com o magistrado, a audiência de conciliação resultou  num acordo entre as partes e definindo, após sugestão do próprio juiz Douglas Martins, a extensão do lockdown até o próximo domingo (17).

Vale lembrar que o governador Flávio Dino havia antecipado o feriado do dia 28 de julho (Adesão do Maranhão) para o dia 15 de maio, mas com a nova decisão, a antecipação fica desnecessária e o correto seria revogar a medida.

Além disso, o rodízio de veículos termina na quinta-feira (14), resta saber se será prorrogado pelo governador Flávio Dino.

É aguardar e conferir, mas até o momento a confirmação é que o lockdown será prorrogado até o domingo.

Preso no PR homem que ameaçou de morte juiz do lockdown no MA

por Jorge Aragão

Foi preso nesta terça-feira (12), no Paraná, um homem de 29 anos acusado de ter ameaçado de morte o juiz maranhense Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesse e Difusos, após o magistrado ter determinado que o Governo do Maranhão declarasse o lockdown.

O homem preso, que é maranhense da cidade de Caxias, mas estava morando na capital paranaense, foi identificado como Edson Douglas Oliveira Freitas.

A informação é do site CGN, que ainda destacou que a operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR), foi em apoio da Polícia Civil do Maranhão.

A prisão aconteceu em cumprimento de mandado de prisão preventiva, no Centro da capital paranaense. Também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no bairro Xaxim, onde foram encontrados computadores e celulares.

Douglas Martins, após decretar o lockdown, confirmou que recebeu várias ameaças, entre elas uma de morte (reveja).

Douglas Martins rejeita suspeição, mas decide se afastar do caso

por Jorge Aragão

Diante do pedido do Ministério Público, através do promotor de Justiça da Defesa do Idoso, José Augusto Cutrim, que pediu a sua suspeição na Ação Civil Pública que cobra mais transparência do Governo Flávio Dino diante dos recursos que tem recebido para o combate da pandemia do novo coronavírus no estado (reveja), o juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, se posicionou rapidamente.

O magistrado decidiu pela rejeição do pedido de suspeição, mas mesmo assim decidiu se afastar do caso.

No seu despacho, Douglas Martins deixou claro que existem outras decisões tomadas de sua autoria que seriam teoricamente contra o Estado do Maranhão, ou seja, contra o governador Flávio Dino, e justamente por esse motivo optou pela rejeição da suspeição.

No entanto, apesar de rejeitar a suspeição, o magistrado pede que o corregedor-geral de Justiça do Maranhão, desembargador Paulo Velten, designe um juiz auxiliar para atuar na Vara por 30 dias e julgar não apenas a ação do MP por mais transparência do Executivo estada, mas também outros processos relacionados à pandemia da Covid-19, com uma da DPE pela divulgação da disponibilidade de locais de testes.

“O pedido de designação de juiz auxiliar para conduzir este e outros processos que tramitam na Vara de Interesses Difusos e Coletivos tem o escopo de também deixar claro que este magistrado não tem apego ou paixões por processos. Estes podem ter sua condução ou de qualquer outro magistrado, não importando se esta condução será semelhante ou diferente. A necessidade de decidir uma infinidade de processos de grande repercussão tem resultado em exposição exagerada deste magistrado. Desta forma, a divisão de responsabilidades com outro magistrado também servirá para diminuir essa exposição”, completou.

É aguardar e conferir.

MP pede suspeição do juiz Douglas Martins em ACP contra governo

por Jorge Aragão

O Ministério Público, através do promotor de Justiça da Defesa do Idoso, José Augusto Cutrim, pediu, nesta sexta-feira (08), a suspeição do juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, na Ação Civil Pública que cobra mais transparência do Governo Flávio Dino diante dos recursos que tem recebido para o combate da pandemia do novo coronavírus no estado (reveja).

Entre as argumentações para pedir a suspeição do magistrado, o promotor cita uma outra ação em que o próprio juiz Douglas de Melo Martins se julga suspeito.

“Por meio de consulta realizada, nesta data, no Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJE), do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (DOC 06 e 07), assim como demais ferramentas públicas de pesquisas, para verificar a veracidade da informação, encontramos um despacho da lavra de Vossa Excelência dando-se por SUSPEITO, em razão de foro íntimo, em uma Ação Popular por abuso de autoridade, figurando no pólo passivo, dentre outros agentes públicos vinculados ao Poder Executivo Estadual, o Governador do Estado, Flávio Dino de Castro e Costa, o atual Secretário de Saúde do Estado, Carlos Eduardo de Oliveira Lula, e o Ente Federativo, Estado do Maranhão”, assegurou o promotor Augusto Cutrim, que disse que seria estranho o magistrado se julgar suspeito em um processo e não em outros que tenha o governador Flávio Dino citado.

Clique aqui e veja o pedido na íntegra.

É aguardar e conferir.

Juiz do “lockdown” diz que já recebeu até ameaça de morte

por Jorge Aragão

O juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha de São Luís, revelou na manhã desta segunda-feira (04), em entrevista na Rádio Mirante AM, ao jornalista Marcial Lima, no programa Acorda Maranhão, que após a sua decisão sobre o lockdown já recebeu várias ameaças, inclusive de morte.

O magistrado determinou, na semana passada, que o Governo do Maranhão determinasse o lockdown na Região Metropolitana – São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. O governador Flávio Dino atendeu a determinação e já editou o decreto que começa a valer a partir desta terça-feira (05).

Apesar das ameaças, o juiz Douglas de Melo Martins assegurou que não tem medo e que isso não irá intimidá-lo.

“Tem gente ameaçando me bater nas ruas, tem gente me ameaçando de morte. As pessoas não respeitam, as pessoas acham que podem só porque o juiz proferiu uma decisão dizer que vão me matar como tem aparecido basta você abrir o meu Instagram e você vai ver lá. Uns dizendo que vão me bater e outros que vão me matar porque não concordam com a minha decisão. Olhem o grau de falta de civilidade, as pessoas não tem mais um equilíbrio, elas não sabem mais discordar da decisão. Eu acho que o juiz está errado, eu acho que ela é inconstitucional e fere o direito de ir e vir das pessoas e que fere a questão dos poderes, eu não concordo que fere, mas eu concordo com o direito que elas tem de criticar. As pessoas tem o direito de criticar, mas não tem o direito de dizer que vão me matar, o direito de dizer que vão me bater e que vão me agredir. Um grupo de pessoas absolutamente intolerantes, elas sequer sabem mais como criticar alguém sem ofender. Em que mundo nós vivemos?”, disse.

O magistrado revelou ainda que as ameaças já foram encaminhadas e estão sendo apuradas pelo Tribunal de Justiça e pela polícia.

“Eu já encaminhei essas denúncias ao setor de segurança do Tribunal e eles já estão tomando providências muito eficaz em relação a isso. eu estou absolutamente tranquilo, não estou preocupado nem um pouco com essas ameaças. Não é que não esteja preocupado, mas eu estou me sentindo absolutamente seguro não estou com medo. A segurança do Tribunal está cuidando desse aspecto, a própria polícia está cuidando disso, apurando as responsabilidades de quem fez essas ameaças para providências cabíveis”, afirmou.

Vale lembrar que a decisão final do lockdown não foi do magistrado, mas sim do governador, que optou em não recorrer da decisão e a acatou.

Além disso, caberá ao juiz Douglas de Melo Martins também analisar a Ação Civil do Ministério Público contra o Governo do Maranhão transparência da gestão comunista, diante dos recursos que tem recebido para o combate da pandemia do novo coronavírus no estado (reveja).

É aguardar e conferir.

Senador e deputados “trocam farpas” por causa de lives com juiz

por Jorge Aragão

O senador maranhense Roberto Rocha (PSDB), utilizou as redes sociais para criticar as lives que o juiz Douglas Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha de São Luís, tem feito com alguns deputados estaduais.

O magistrado tem feito lives com os parlamentares explicando a sua recente decisão, onde determinou que o Governo Flávio Dino faça a decretação de lockdown na Região Metropolitana.

A primeira live do magistrado foi com o deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos). Roberto Rocha criticou a iniciativa. Veja abaixo.

Duarte Júnior não deixou por menos e cobrou inclusive gratidão do senador ao governador do Maranhão, Flávio Dino, pela sua eleição. Duarte ainda disse que Roberto Rocha em silêncio demonstra mais competência.

A segunda live do magistrado foi com os deputados Othelino Neto (PCdoB), presidente da Assembleia Legislativa, e Neto Evangelista (PSDB). Novamente a iniciativa foi alvo de crítica pelo senador.

Dessa vez, que respondeu ao senador foi o próprio presidente da AL. De maneira irônica, Othelino fez menção a pífia votação de Roberto Rocha nas últimas eleições para o Governo do Maranhão.

Pelo visto, a decisão do juiz Douglas Martins segue rendendo, ao menos nas redes sociais.

É aguardar e conferir os próximos capítulos.