Márlon Reis defende lei sobre abuso de autoridade, mas critica proposta

por Jorge Aragão

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O ex-juiz Márlon Reis, autor da Lei da Ficha Limpa, se posicionou com exclusividade a O Estado, a respeito da emenda apresentada na Câmara pelo deputado federal Weverton Rocha (PDT) e que tipifica o crime de abuso de autoridade contra magistrados e membros do Ministério Público (MP).

Márlon Reis defendeu atualização da lei sobre o abuso de autoridade, com inclusão de juízes e procuradores na legislação, mas criticou o texto especificamente apresentado pelo pedetista.

Para Reis a emenda fragiliza a independência funcional dos integrantes das duas carreiras.

“A redação do projeto foi muito infeliz. Apresenta conceitos abertos, como ‘honra e dignidade’ que podem servir de argumento para a perseguição de juízes e promotores independentes, com coragem para tomar decisões que afetem poderosos. É importante atualizar a Lei sobre Abuso de Autoridade. E a magistratura e o Ministério Público não podem ser excluídos nessa legislação. Mas, não se pode conceber normas que, a pretexto de combater abusos, fragilizem a independência funcional dos integrantes dessas carreiras”, disse.

Márlon Reis também criticou a não ampliação do debate no Poder Legislativo a respeito da proposta.

“O teor das decisões judiciais só pode ser questionado em casos graves nos quais evidentemente tenha havido prevaricação. O assunto é imensamente delicado e não é conveniente que seja debatido de afogadilho”, completou.

A emenda de Weverton Rocha foi aprovada na Câmara Federal e incluída no Projeto de Lei 4850/2016 – que cria medidas contra a corrupção -, e encaminhada para o Senado da República, onde tramita.

Com informações de O Estado

Assembleia autoriza processo contra Clayton Noleto; base recorre

por Jorge Aragão

clayton-noletoA Mesa Diretora da Assembleia Legislativa aprovou, na sessão de ontem, requerimento do deputado Edilázio Júnior (PV) que pedia a abertura de procedimento contra o secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto (PCdoB), por crime de responsabilidade.

Apesar disso, o deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) recorreu ao Plenário, e a votação deve ocorrer hoje.

Edilázio havia pedido a abertura de procedimento contra Clayton Noleto com base no artigo 33, § 2° da Constituição do Estado, após o secretário sonegar informações que haviam sido solicitadas pela Casa.

As informações solicitadas por Edilázio no mês de outubro deste ano, diziam respeito à relação dos municípios beneficiados com o “Programa Mais Asfalto”, bem como o cronograma de obras.

Para Edilázio, o Mais Asfalto se trata de um programa “eleitoreiro”, utilizado pelo Executivo durante o período eleitoral para beneficiar aliados do governador Flávio Dino (PCdoB).

“O Mais Asfalto foi um programa a bel prazer do governador. É um programa sem nenhum critério. Não existia cronograma de obra, muito menos orçamento detalhado e nem houve licitação alguma para as obras realizadas. Foi um programa utilizado tão somente para tentar mudar a intenção de votos nos municípios”, disse.

Com a aprovação do pedido, Clayton Noleto se torna agora alvo de processo por crime de responsabilidade do Legislativo Estadual, que pode o tornar inelegível para o pleito de 2018.

Resta saber como se comportará o plenário na votação do recursos interposto por Bira.

Clayton Noleto na pauta da Assembleia

por Jorge Aragão

clayton-noletoO secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto (PCdoB) está na pauta da sessão de hoje da Assembleia Legislativa.

Requerimento de autoria do deputado Edilázio Júnior (PV) e que pede a abertura de procedimento contra o comunista por crime de responsabilidade vai à segunda votação.

Na primeira apreciação, que ocorreu quinta-feira, houve empate.

O pedido da abertura de procedimento toma por base artigo 33, § 2° da Constituição do Estado. Noleto havia deixado de prestar informações ao Legislativo Estadual a respeito dos municípios atendimento e cronograma de obras do Programa Mais Asfalto.

Na quarta-feira, contudo, logo após o protocolo do requerimento, que se aprovado pode resultar, no futuro, na inelegibilidade do auxiliar de Dino, Clayton Noleto assegurou que as informações seriam repassadas a Edilázio Júnior no dia seguinte.

Se ele cumpriu o prometido e repassou os dados, a justificativa de aliados na Casa é de que a proposição perdeu objeto.

Se não repassou as informações, não haverá o que mais argumentar…