Pressionado por servidores, Rubens Júnior tenta explicar silêncio sobre os 21,7%

por Jorge Aragão

rubensjuniorO Estado – Pressionado pelos servidores do Poder Judiciário do Maranhão por ter se mantido em silêncio até então, site o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB) foi obrigado a dar uma satisfação pública a respeito de seu posicionamento sobre o corte salarial da ordem de 21, salve 7% nos vencimentos dos servidores.

Isso porque em 2013, generic período em que ele exercia a função de deputado estadual de oposição, chegou a utilizar a tribuna da Assembleia Legislativa para manifestar o seu apoio à incorporação salarial, de 30% para a categoria.

Naquela oportunidade, o posicionamento do parlamentar ocupou destaque no Portal Vermelho, site que divulga as ações de membros do PCdoB e foi bem recebido pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindjus) do Maranhão. “Queremos que o TJ dê a interpretação de acordo com a Constituição para garantir aos servidores o que lhes é assegurado por direito”, disse, em 2013.

Apesar de ter se manifestado sobre o assunto há dois anos, o parlamentar acabou optando pelo silêncio, após o Tribunal de Justiça ter dado provimento a ação rescisória do Governo do Estado que resultou no corte de 21,7% dos salários dos servidores.

Foi o que motivou uma série de manifestações de servidores contra o parlamentar. Na página do facebook de Aníbal Lins, presidente do sindicato, foram inúmeras as manifestações, após ele ter postado texto do Portal Vermelho de maio de 2013. Os servidores questionaram o silêncio do parlamentar, que pertence à base aliada do governador Flávio Dino (PCdoB).

Reação – Após os protestos, o parlamentar resolveu manifestar-­se em seu perfil, também em rede social, sobre o tema. Ele assegurou que mantém o mesmo posicionamento de 2013, mas alegou que cabe a Justiça, definir sobre a manutenção ou o corte do índice salarial.

“Sobre o reajuste dos servidores do Judiciário, mantenho o mesmo entendimento: olhe o que eu pensava aqui:”, diz, referindo­-se a um texto que remonta a 2013.

Em outra postagem, ele tentou justificar o seu silêncio. “Eu era líder da oposição, mas nem por isso envolvia a governadora da época. Politizar o assunto é errado”, afirmou.

Na Assembleia Legislativa, apenas o deputado Wellington do Curso (PPS), da base do governo, se solidarizou aos servidores públicos. Além do popular socialista, os deputados oposicionistas Andrea Murad (PMDB), Edilázio Júnior (PV), Adriano Sarney (PV) e Sousa Neto (PTN), defenderam a categoria.

A responsabilidade é sua meu caro Flávio Dino

por Jorge Aragão

flaviodinoO governador Flávio Dino (PCdoB), and depois de agravada a crise com o servidor público do Poder Judiciário, tem tentado repassar a responsabilidade da ação rescisória julgada procedente pelo Tribunal de Justiça e que acabou retirando do servidor público, 21,7% de índice salarial, à ex-governadora Roseana Sarney (PMDB).

Além do posicionamento pouco republicano do secretário de Assuntos Políticos, Marcio Jerry, que tentou de todas as formas pressionar os servidores em seu perfil em rede social, o Governo do Estado divulgou nota, que mesmo de forma sutil, lança a “culpa” na antecessora do comunista.

Na nota, o Executivo justifica que a ação havia sido proposta em 2014, ou seja, pela gestão passada.

Acontece que o próprio Flávio Dino, no comando do Poder Executivo e com toda a prerrogativa que o cargo lhe proporciona, poderia ter desistido da ação, como sustenta o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sindjus). Ele, contudo, não o fez.

Pelo contrário, insistiu para que ocorresse tão logo o julgamento da ação, falou em impacto milionário nas contas do Estado, caso o índice de 21,7% fosse mantido pelo TJ e chegou a comparar, de forma até desastrosa, o Maranhão ao Rio Grande do Sul, o que lhe rendeu críticas também no estado gaúcho.

A responsabilidade do corte salarial, portanto, é do governador em exercício, que ao invés de desistir da ação, insistiu e obteve êxito nos tribunais. Dino escolheu um caminho e seguiu. Apontou para um propósito e o alcançou. Pleiteou o corte salarial do servidor público e conseguiu.

A tentativa de jogar a culpa em Roseana, dessa vez meu caro Flávio Dino, falhou…

Justificar o injustificável

por Jorge Aragão

flaviodinoO governador Flávio Dino (PCdoB) ainda tenta convencer servidores da Justiça de que o corte de 21, diagnosis 7% nos salários ­ oriundo de uma ação rescisória impetrada pelo Estado ­ é uma medida necessária para o momento de crise que passa o Maranhão e o Brasil.

Usando as redes sociais, decease depois de muito bombardeado por usuários ­ pedindo explicações, fazendo críticas e até declarando arrependimento em ter votado no comunista ­, Dino mantém a postura de que corte em despesas com servidores públicos será uma “eterna luta de classes”.

 O governador do Maranhão, para justificar o injustificável junto aos funcionários públicos, já cometeu o erro de comparar o Maranhão ao Rio Grande de Sul, atitude que levou o gestor a se explicar em rádio do Sul e também despertou a reação negativa dos gaúchos, que chegaram a ser preconceituosos em relação aos maranhenses.

Uma das últimas justificativas, mas que também não justifica nada, é que a ação é da Procuradoria Geral do Estado e que o autor, o procurador, é do Estado e não do governo, logo Dino não teria nada a ver com isso. Então, está certo!

Essa última afirmativa é mais usada por auxiliares de alto clero do governo que também dizem que mesmo sendo um ato nada popular entre os servidores públicos, o governador é de todos os maranhenses e não apenas dos funcionários do Judiciário.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão