O “tiro no pé” de Hildo Rocha

por Jorge Aragão

Hildo RochaO deputado federal Hildo Rocha (PMDB), see que tem feito um bom mandato na Câmara Federal, cometeu um erro grosseiro, primário e que saiu como um verdadeiro “tiro no pé”.

Hildo Rocha que é vice-presidente da CPI do CARF – instalada para apurar a corrupção em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão vinculado à Receita Federal – afirmou ao GLOBO que um empresário contou a ele ter sido procurado por parlamentar que, em troca de pagamento de propina, prometia evitar sua convocação pela comissão. Segundo Rocha, o empresário não quer ter o nome revelado, com medo de represálias.

“O empresário disse que estava sendo chantageado por um deputado. Eu pedi que ele, junto comigo, fizesse a denúncia, e perguntei se eu poderia mencionar o nome dele e o do deputado. Ele disse que não”, afirmou Rocha. Clique aqui para ver a matéria do Globo.

O problema é que ao publicizar tal denúncia gravíssima, Rocha coloca todos os colegas em xeque e a reação foi imediata.

O presidente da CPI do CARF, o deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA), não gostou da declaração do colega maranhense que não citou os nomes do empresário e nem do deputado federal que teria acharcado o empresário.

“Acho que é um desserviço e já disse isso na CPI, não me contem seus segredos, porque se vocês não são capazes de guardar seus segredos, eu também não guardarei. Então vou cobrar dele o nome do empresário, pois assim acaba prejudicando os trabalhos da CPI e todos os deputados, afinal agora todos são suspeitos”, declarou Pedro Fernandes.

O jornal O Extra já apresentou declarações de vários líderes de partidos criticando a infeliz declaração de Hildo Rocha. Para eles, a denúncia publicada hoje pelo GLOBO é gravíssima e o interesse público deve vir em primeiro lugar.

“É uma denúncia gravíssima e tem que ser investigada pelos órgãos da República. É o que os brasileiros exigem são que os nomes têm que ser revelados”, disseo líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA).

“Ele disse que o empresário não quer se identificar, mas isso é de interesse público. Ninguém procura um deputado para fazer esse tipo de denúncia e fica no ar, sem prova material. Sabemos o histórico da Câmara em outras CPIs, é importante que tudo se esclareça”, declarou o líder do PSOL, Ivan Valente (SP).

O líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), também reforça o coro dos que querem que Hildo Rocha revele os nomes: “Os nomes precisam ser revelados sob pena de colocar todos da comissão sob suspeita”. Clique aqui e veja a reportagem completa.

Indiscutivelmente um erro tolo e primário de um político experiente como Hildo Rocha.

Pedro Fernandes presidirá a CPI do CARF

por Jorge Aragão

pedrofernandesNesta terça-feira (08), cialis o deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA) foi eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Conselho Administrativo de Recursos Federais (CARF). O deputado maranhense Pedro Fernandes foi eleito por unanimidade. A

A CPI do CARF foi criada para investigar denúncias de fraudes contra a Receita Federal por bancos e grandes empresas suspeitos de pagar propina para diminuir ou anular multas por sonegação fiscal, physician impostas pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, salve que é o órgão do Ministério da Fazenda encarregado de julgar recursos contra multas.

O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) será o relator da comissão e o deputado, também do Maranhão, Hildo Rocha (PMDB), será o vice-presidente.

Com a escolha do presidente, do relator e dos vice-presidentes, a CPI agora vai abrir o prazo para a apresentação de requerimentos de investigação e convocação. Os pedidos têm de ser aprovados pelo colegiado. Deputados da oposição já avisaram que, entre os nomes que pretendem convocar, está o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A polícia suspeita da existência de um esquema de corrupção que atuou no CARF e também no Congresso, com base em indícios de que teria havido pagamento de propina na aprovação de medidas provisórias que beneficiaram setores da economia com isenções fiscais. Entre os suspeitos estão 24 pessoas, pelo menos 15 escritórios de advocacia e consultoria, além de grupos empresariais.

Já foram investigadas as montadoras Ford e Mitsubishi; os bancos Bradesco, Santander, Safra e Bank Boston; a seguradora Bradesco Seguros; a empreiteira Camargo Corrêa; o grupo siderúrgico Gerdau, a Petrobras; a BR Foods, do setor de alimentos; a Light, distribuidora de energia do Rio de Janeiro; e o grupo de comunicação RBS.

Em outubro do ano passado, ao investigar benefícios às empresas MMC, representante da Mitsubishi no Brasil, a Polícia Federal passou a suspeitar de um esquema de “compra” de medidas provisórias.

Pelo visto, será grande a responsabilidade do deputado federal Pedro Fernandes no comando da CPI do CARF.