O desabafo do pai de Brunno Matos

por Jorge Aragão

O pai do jovem advogado Brunno Matos, assassinado durante uma festa de comemoração após as eleições de 2014, Rubem Soares, fez um verdadeiro desabafo no Blog do Jorge Aragão e demonstrou toda sua insatisfação com o resultado do julgamento que “condenou” os acusados pela morte de seu filho e tentativa de homicídio do seu outro filho, Alexandre Matos.

Diego Polary foi condenado a cumprir pena de oito anos, sendo seis pelo homicídio do advogado e dois pela tentativa de homicídio do irmão de Brunno. Diego foi o acusado que teve a pena mais pesada. Já Marão Filho foi condenado a seis anos de prisão pela participação no assassinato de Brunno e o vigilante João José pena de um ano de prisão.

Ao comentar o resultado do julgamento, Rubem Soares expressou o sentimento de muitas pessoas. “Estou indignado, enojado. Chego a conclusão que no Brasil o crime compensa”, escreveu.

Rubem Soares também deixou claro que não ficou satisfeito com o fato de não terem qualificado o crime como um homicídio qualificado e que condenado realmente foi apenas seu filho morto e sua família que foi destruída pelo episódio.

“Tipificar esse crime como homicídio simples, é uma brincadeira. O crime foi cometido por motivo fútil e sem oportunidade de defesa para o meu filho, ou seja, isso é homicídio qualificado. Condenado foi meu filho que está preso em uma sepultura, foi seu filho [neto de Rubem] que jamais conhecerá seu pai, foi nossa família que está totalmente destruída”, finalizou.

Palavras de quem sofre todos os dias com a dor inesquecível da perda de um filho de uma maneira trágica, cruel e desnecessária.

Caso Brunno Matos: houve mesmo condenação?

por Jorge Aragão

Os três acusados pelo crime de Brunno Matos, Marão Filho, Diego Polary e João José

Terminou na madrugada desta sexta-feira (03) o julgamento do caso Brunno Matos, um jovem advogado e assessor do senador Roberto Rocha que foi assassinado numa festa de comemoração logos após as eleições de 2014.

Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, o assassinato e as duas tentativas de homicídio – Alexandre Matos (irmão de Brunno) e Kelin Chang – foram resultado de uma discussão em virtude de quebra de retrovisores de alguns veículos que supostamente estariam obstruindo o acesso à garagem da residência de um dos acusados do crime, Carlos Marão Filho.

A denúncia aponta ainda que além de Marão Filho, participaram do crime de Brunno Matos, morto a golpes de faca, Diego Henrique Marão Polary e João José Nascimento Gomes.

Depois de 17 horas de julgamento, os três acusados foram “condenados”. Diego Polary foi condenado a cumprir pena de oito anos, sendo seis pelo homicídio do advogado e dois pela tentativa de homicídio do irmão de Brunno. Diego foi o acusado que teve a pena mais pesada.

Já Marão Filhofoi condenado a seis anos de prisão pela participação no assassinato de Brunno e o vigilante João José pena de um ano de prisão pela participação na morte do advogado e tentativa de homicídio contra Kelvin Chiang.

A sessão de júri ocorreu no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau, e foi presidida pelo juiz da titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, Gilberto Moura.

Após a “condenação” dos três acusados, o principal questionamento que tem sido feito é se as penas não foram excessivamente brandas? A família de Brunno Matos ainda não se posicionou oficialmente sobre a decisão, mas o Blog já teve a informação que deve recorrer da decisão.

Para piorar o sentimento de injustiça, que fatalmente deve esta atormentando os familiares de Brunno Matos, os três acusados vão recorrer também da decisão e, enquanto isso, devem aguardar um novo julgamento em liberdade.

Pelo visto, preso mesmo apenas o jovem advogado Brunno Matos, que teve seus sonhos interrompidos por um crime desnecessário e gratuito, e seus familiares que terão que conviver o resto da vida com a dor da perda e, agora, com o sentimento de impunidade após tal “condenação”.

Agora imagina se o crime não tivesse tido toda a repercussão que teve e a vítima não fosse um advogado e assessor de um senador da República, como seriam essas “condenações”?

Justiça para um homem justo

por Jorge Aragão

Por Roberto Rocha – O martírio de Brunno Matos, covardemente assassinado, ganhou para mim a dimensão de um compromisso do meu mandato.

No dia 5 de outubro de 2014, enquanto celebrávamos o resultado eleitoral, o jovem advogado Brunno Matos, liderança emergente do PSB, um valoroso combatente dessa conquista, foi friamente assassinado à saída da festa.

Por conta de uma discussão fortuita, uma lâmina covarde rasgou seu corpo, o de seu irmão e de um amigo. Brunno não resistiu aos ferimentos. Todos que trabalhamos na campanha trocamos a alegria pela amargura.

Aos 29 anos, com a mulher grávida do primeiro filho, teve a vida ceifada por conta de um ato covarde, brutal, sem sentido e razão. Desde aquele momento acompanho o sofrimento dos familiares, seus pais Rubens e Esmeralda, e seu irmão Alexandre, que milagrosamente escapou com vida.

Nesta quinta, no Fórum Desembargador Sarney Costa, terá início, no Segundo Tribunal do Júri, o julgamento que irá decidir as responsabilidades dos acusados. A sessão de julgamento será presidida pelo juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, Dr. Gilberto de Moura Lima, e na acusação atuará o promotor de justiça Dr. Rodolfo Soares dos Reis.

A elucidação do crime cabe à ciência forense. Há testemunhas, peritos criminais, peritos em criminalística. A eles, e em especial ao discernimento dos jurados, caberá decidir o destino dos três réus.

O que eu desejo, apenas, é que seja feita Justiça. Que os culpados pela barbaridade sejam punidos.

Brunno era advogado. Ele morreu, esfaqueado, na rua dos Magistrados.

A melhor homenagem que podemos prestar a ele é fazer valer a Justiça, na qual ele sempre confiou e à qual dedicou sua vida profissional.

Roberto Rocha é senador pelo Maranhão e filiado ao PSB.

Caso Brunno Matos: acusados irão a Juri Popular

por Jorge Aragão

brunoA juíza auxiliar da 2ª Vara do Tribunal do Juri, ampoule Samira Barros Heluy, physician decidiu que os três acusados no envolvimento do assassinato do advogado Brunno Matos, health morto numa festa de comemoração de eleição do senador Roberto Rocha (PSB), irão a Juri Popular.

A decisão de Samira Heluy, datada de segunda-feira (17), atinge os acusados Carlos Humberto Marão, o vigia João José Nascimento Gomes e Diego Henrique Marão Polary. Vale ressaltar que os dois primeiros, que chegaram a ser presos, estão em liberdade desde dezembro do ano passado. Já Diego Polary sequer chegou a ser preso.

Na decisão, a juíza Samira Heluy afirma que para ela “tem prova de existência de crimes dolosos contra a vida, com indícios da autoria, inexistindo prova inquestionável de qualquer excludente de criminalidade. A magistrada também deixou claro que não solicitou a prisão dos acusados em razão deles terem comparecidos a todos os atos processuais.

Apesar da decisão da magistrada, os julgamentos dos três acusados ainda não tem data para acontecer, mas provavelmente deve ser iniciado ainda neste ano de 2015.