Vereador quer debater mudanças no trânsito da Litorânea e Holandeses

por Jorge Aragão

Sem dar maiores detalhes, o Governo Flávio Dino anunciou que irá fazer modificações significativas em duas das principais avenidas de São Luís – Holandeses e Litorânea. A ideia é transformar as duas vias em mão única.

Como o assunto não ficou bem esclarecido, o vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB) apresentou na Câmara Municipal de São Luís, nesta terça-feira (14), um requerimento, convocando uma audiência pública para discutir as mudanças que pretendem ser implantadas através da Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana (MOB).

Para conhecer o projeto, Pedro Lucas fez uma visita ao presidente da MOB, José Artur Cabral Marques, para colher mais informações sobre a proposta que visa transformar as duas vias em mão única.

Durante o encontro, o parlamentar tomou conhecimento sobre o sistema binário que visa “desafogar” o trânsito nas vias da capital. E um destes trechos que devem passar por mudanças vai do retorno da Polícia Militar, no Calhau, até a entrada da praia do Araçagi. Diante dos constantes congestionamentos nessa região, o Governo do Estado resolveu adotar esse modelo viário.

Pedro Lucas diz que a proposta do sistema binário é interessante, mas afirma que ela precisa ser debatida em audiência pública com os órgãos da prefeitura e do governo, pois a população tem demostrado interesse em conhecer as mudanças propostas.

“Objetivando dar maior fluidez ao tráfego de veículos, o Governo do Estado pretende promover, nos próximos meses, mudanças muito substanciais no trânsito de São Luís, principalmente no trecho das avenidas dos Holandeses e Litorânea. A implantação tem que ser feita sem criar maiores transtornos para a população que circula na área, por isso a comunidade é importante está presente neste discursão”, Pedro Lucas.

De acordo com o vereador, a realização da audiência pública visa discutir alternativas para melhorar os deslocamentos na área geográfica que sofrerá as mudanças no âmbito da sinalização, objetivando maior bem-estar à comunidade.

Para a audiência serão convidados representantes da Prefeitura de São Luís, através da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT); Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação SEMURH, Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMAM), Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (SEMOSP), Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa (SEMPE), do Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana (MOB), bem como os vereadores e prefeito dos municípios de Paço do Lumiar, Raposa, São José de Ribamar a comunidade em geral; Dirigentes lojistas de São Luís.

Uma boa iniciativa, afinal mudanças desse porte precisam ser debatidas e explicadas detalhadamente.

Andrea Murad questiona transformação de avenidas em mão única

por Jorge Aragão

andrea-murad-291116A deputada Andrea Murad contestou a ideia de transformar as avenidas dos Holandeses e Litorânea em vias de mão única. Um convênio entre o Governo Flávio Dino e a Caixa Econômica Federal foi assinado para se dar início às obras de reestruturação das duas avenidas que resultará no fluxo de veículos em apenas um sentido. O verdadeiro objetivo da obra só veio à tona agora já que no projeto de operação de crédito, prostate aprovado em abril, patient o assunto não foi detalhado.

“O Governo assinou o convênio com a Caixa Econômica Federal para execução da primeira etapa do Projeto, para a execução daqueles cinquenta e cinco milhões do pedido de empréstimo que foi aprovado nesta casa em abril. E na verdade nós, naquela época, não sabíamos nada do projeto. No dia, eu não estava na sessão, mas no dia seguinte disse que votaria NÃO como forma de protesto, porque o projeto não era transparente. Só agora estamos sabendo do que realmente se trata. Flávio Dino quer tornar mão única as avenidas Holandeses e Litorânea porque não tem projeto para melhorar o trânsito da cidade. Então, resolveu fazer uma loucura dessa porque achou mais fácil, rápido e prático”, disse.

A deputada argumentou a falta de qualquer discussão sobre o assunto com a sociedade e qualquer estudo de viabilidade técnica, ambiental ou de tráfego divulgado para se justificar uma alteração desse nível na capital maranhense, que não deve ser comparada com capitais como Recife que mantém uma avenida de mão única na orla. Para a parlamentar é a medida mais fácil para o governador em vez de buscar soluções mais eficientes como os iniciados pela gestão anterior.

“Ele poderia colocar mais uma via em cada lado da Avenida dos Holandeses, que seria a continuidade do corredor metropolitano ou então ver uma equipe para ver a melhor solução para melhorar o trânsito na capital já que ele não quer dar continuidade a nenhuma obra iniciada na gestão anterior. Com o corredor Metropolitano ele daria fluidez ao sistema viário nos principais pontos de estrangulamento da região metropolitana de São Luís, beneficiando mais de cinquenta bairros, pois o problema do trânsito não é somente na avenida dos holandeses. Isso mostra o desconhecimento do governador. Com o corredor metropolitano ele também interligaria São Luís a outros municípios da grande ilha, resolveria o grande problema da mobilidade urbana na capital. O governador podia pegar uma aula com o Luís Fernando que tem conhecimento sobre esse assunto para tentar fazer algo melhor do que essa loucura e insanidade que ele está querendo fazer aqui, cometendo essa barbaridade de transformar a Litorânea e a Holandeses em mão única, podendo ainda prejudicar tanto os comerciantes da Holandeses como os da Litorânea, além de criar grandes transtornos para a população”, finalizou.

Além disso, o curioso é que ninguém da Prefeitura de São Luís, nem o prefeito Edivaldo Júnior e nem o secretário de Trânsito e Transporte, Canindé Barros, participaram do evento. O governador pode até alegar que com a extensão da Avenida Litorânea, a via, assim como a Avenida dos Holandeses, poderá ser considerada uma MA, mas como são duas importantes vias da capital maranhense, é estranho que ninguém da Prefeitura de São Luís tenha sequer participado do debate.

Ou seja, a mudança parece ser uma decisão, ou imposição, exclusivamente do Governo Flávio Dino.