Governo sob suspeita

por Jorge Aragão

dinogovÉ de se imaginar que o governo comandado por um ex-juiz federal, e, portanto, conhecedor, por dever, das leis, tenha como sua base a transparência, a moralidade e o respeito ético ao cidadão. Mas não é o que se tem observado na gestão do Flavio Dino, do vizinho estado do Maranhão.

O Governador continua permitindo ação de lobistas e empresários com passado muito pouco recomendáveis, e, além disso, também continua contratando despesas e gastos inexplicáveis, como o aluguel de imóveis de amigos e protegidos para o governo do Estado.

A coluna já antecipou aqui que um sobrinho do deputado federal Marcelo Castro continua operando na revenda de medicamentos, sem licitação e está fazendo uma verdadeira farra de negócios no estado do Maranhão, através de uma empresa terceirizada.

Também existem críticas e investigações na Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares, que é o órgão do governo que assumiu o papel de recrutar mão de obra terceirizada para a saúde estadual, que cobra quase três vezes o preço praticado no mercado e é uma brecha permanente para contratação de protegidos dos políticos do governo. Além disso, a casa onde funcionou o QG de Comunicação da campanha política do então candidato Flávio Dino foi alugada para a Secretaria de Estado da Saúde, desde dezembro de 2015, por R$ 16,5 mil ao mês, ou seja, mais de R$ 200 mil ao ano.

Por último, foi revelado pela imprensa do Maranhão que um filiado do PCdoB é o proprietário de um prédio onde funcionou o comitê do PCdoB em 2014, e hoje está alugado para outro órgão estadual, a Fundação da Criança e do Adolescente, demonstrando que a escolha de imóveis para o governo Flávio Dino (PCdoB) está intimamente vinculada à falta de princípios e critérios.

Dentre esses supostos desmandos, falhas éticas e de conduta, vai-se firmando a ideia de um governo cada vez mais distante das expectativas do povo que o elegeu.

Arimatéia Azevedo – Portal AZ de Teresina, Piauí.

O novo se apresenta com a cara do passado

por Jorge Aragão

dinogovO governador do Maranhão Flavio Dino (PC do B), capsule foi eleito com o discurso de uma grande mudança de rumos na condução política do Estado, gerando, com isso, a expectativa de uma guinada efetiva na postura e de ganhos efetivos nos indicadores sociais. Mas o governador está chegando na metade do mandato, e os questionamentos sobre sua gestão tem sido muito mais contundentes que os elogios.

Alguns problemas são, inclusive, de natureza ética, com a cobrança da imprensa para que seja encerrado o contrato do governo com a empresa Dimensão Engenharia, do empreiteiro Antônio Barbosa, preso na operação Lilliput da Polícia Federal. A polícia afirma que milhões de reais foram repassados para o empresário, que é apontado como líder de uma organização criminosa com faturamento gigantesco na área da saúde. Com igual rigor, também há denúncias de um certo Instituto Cidadania e Natureza, alvo da operação Sermão dos Peixes da Polícia Federal, também motivo de denúncias de desvio de recursos públicos.

O dia-a-dia do governador parece que ainda titubeia com ações de pouca efetividade, como a vinda a Teresina, meses atrás, para a simples entrega da correção de um dos acessos da ponte da Amizade, que custaram R$ 400 mil, ou, como fez ontem, a entrega de duas ambulâncias para a cidade de Timon.

No plano financeiro, o governador está pedindo R$ 400 milhões a um banco da falida e tumultuada venezuelana, que se soma a outros R$ 55 milhões conseguidos junto à Caixa Econômica Federal. Ou seja, o governador, que reclamava não ter condições de pagar os vultosos empréstimos do governo passado, na ordem de R$ 3 bilhões, já acrescenta quase R$ 500 milhões em novas dívidas.

É dentro desse contexto que Dino não deve ter estranhado quando Instituto de pesquisas fez um levantamento recente, em que a principal pergunta foi a comparação direta entre a atual administração e da governadora que derrotou em 2014. Pelo andar da carruagem, o novo se apresenta com a cara do passado, muito combatido.

O texto acima foi retirado do Portal AZ de Teresina, um dos mais acessados no Piauí e é de autoria do colunista Arimatéia Azevedo (clique aqui). Pelo visto a imprensa nacional não tem uma imagem diferente do governador Flávio Dino do que a maioria dos jornalistas do Maranhão.