Seria o fim da Universidade Federal do Maranhão?

por Jorge Aragão

A cada dia a situação da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) vai se agravando, ao ponto de que alguns professores e estudantes já estão até mesmo cogitando o fim da instituição de ensino superior.

Nesta sexta-feira (25), o jornal O Estado do Maranhão trouxe uma reportagem preocupante sobre a situação da UFMA. O presidente da APRUMA, o professor e médico Antônio Gonçalves, demonstrou toda sua preocupação com a situação, que apenas tem se agravado com a política de contingenciamento de recursos e corte de verbas que está sendo feita pelo Governo Federal.

“A realidade da UFMA é muito difícil. Essa é a grande verdade”, disse Antônio Gonçalves. Ele afirmou que, mensalmente, a universidade necessita de um repasse de R$ 5 milhões do Ministério da Educação (MEC) para o custeio das suas despesas, verba essa que não está sendo mais depositada nas contas da instituição maranhense.

“Atualmente, o governo está cortando o que beneficia os trabalhadores, como saúde e educação”, frisou Gonçalves.

O reflexo do contingenciamento das verbas já está acontecendo. Houve cortes no programa de assistência estudantil da universidade com a diminuição da quantidade de bolsas para os alunos, conforme relatou o professor.

Tal situação também afetou as obras realizadas dentro do Campus do Bacanga. O prédio da biblioteca central, localizado logo na entrada da universidade, cuja pedra fundamental foi lançada no ano de 2011 quando Fernando Haddad era ministro da Educação, até o momento não foi concluído e os serviços estão paralisados.

Somam-se ainda os prédios do curso de artes e do instituto de tecnologia que também não foram concluídos. O Centro Educacional Paulo Freire, inaugurado no ano de 2014, já está precisando de reparos.

Se essa é a triste realidade da capital, imagina no interior do Estado onde existem os pólos da UFMA, como em Pinheiro, Balsas, Grajaú, que teve o teto de algumas salas de aula desabado, e de Imperatriz, em que algumas salas de aula foram interditadas e os alunos tiveram assistir as aulas em escolas públicas do município.

E assim segue o ensino superior público no Maranhão, caminhando para um buraco sem fundo e sem volta, infelizmente.

APRUMA elege nova diretoria

por Jorge Aragão

aprumaA nova diretoria da APRUMA – Seção Sindical do ANDES – Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior foi eleita com 98, unhealthy 7% dos votos válidos. As eleições ocorreram ontem, find 20/01 e o atual presidente, Antonio Gonçalves Filho, continuará na direção da Seção da Seção Sindical no período de 2016 – 2018.

Enfatizando que “sindicato forte constrói-se com democracia participativa”, Gonçalves agradeceu, em sua página no facebook a confiança de todos que confirmaram a sua permanência na direção do Sindicato e o comparecimento às urnas, ratificando o sindicato como legítimo representante dos professores nos âmbitos nacional e local.

A nova diretoria tem entre os seus propósitos o fortalecimento à luta dos docentes no âmbito da Universidade Federal do Maranhão(UFMA) e com o conjunto dos docentes do Brasil a defesa o permanente da universidade pública e gratuita. “Nosso compromisso é lutar para combater todos os ataques à universidade pública, organizando os docentes da UFMA para resistirem e ampliando a organização da categoria docente em unidade com a classe trabalhadora como um todo”.

Todo o processo foi conduzido através de uma Comissão Eleitoral composta pelos professores Rosenverck Santos, Rosana Eleres Figueiredo e Carlos Agostinho Couto, que procurou de forma democrática e ampla possibilitar a participação dos sindicalizados lotados nos campi do interior, dos lotados no campus do Bacanga e dos que estiveram em trânsito na capital.

Integram a nova diretoria executiva que tomará posse no próximo dia 03 de fevereiro próximo, os professores Antonio Gonçalves, Maria da Gloria Alencar, Francisca Taveira, Saulo Pinto, Renato Patrício, Aurean Deça, Roseana Pinheiro, Welbson Madeira, Claudia Durans, Claudio Mendonça e Marcone Dutra. A diretoria da APRUMA é composta também por um Conselho com representação dos Campi e Centros.