Base governista pode ficar ainda menor na Assembleia

por Jorge Aragão

Desde o início do ano, quando deputados da base governista se dividiram e criaram um novo bloco na Assembleia Legislativa, o Bloco Parlamentar Independente, tem se evidenciado a insatisfação de aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) com o Palácio dos Leões.

Somente neste ano, deixaram a base do Governo, os deputados Eduardo Braide (PMN), Alexandre Almeida (PSD), Graça Paz (PSL), Max Barros (PRP), Wellington do Curso (PP), César Pires (PEN) e Edivaldo Holanda Braga (PTC), com a decisão de ontem.

Outros deputados passaram a questionar a atuação do Governo do Estado em diversas áreas, ou já manifestaram insatisfação com o Poder Executivo nos bastidores. Léo Cunha (PSC), Hemetério Weba (PV) e Josimar de Maranhãozinho (PR), são alguns dos citados.

Uma foto de Josimar de Maranhãozinho, inclusive ao lado da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que ganhou repercussão nas redes sociais nos últimos dias, provocou mal-estar no Governo. A postura do deputado foi encarada pela base governista como um “recado” ao Palácio dos Leões.

O Governo, tenta amenizar o desgaste.

Com informações de O Estado

Guerra aberta

por Jorge Aragão

dinoerobertorochaO governador Flávio Dino (PCdoB) e o senador Roberto Rocha (PSB) nunca se toleraram; e disputaram juntos as eleições de 2014 por “uma aliança pontual”, como já definiu o próprio senador. Com a aproximação das eleições de 2018, o clima entre os dois começa a ficar cada vez mais tenso. As críticas do socialista ao governo do comunista têm sido cada vez mais freqüentes e mais ácidas. E as respostas de Dino também começaram na mesma medida, classificando de traidor o ex-companheiro de chapa.

A antipatia entre Roberto e Dino começou ainda em 2009, após a derrota do comunista em São Luís para o então candidato do PSDB, João Castelo. Na época, Rocha era uma das lideranças tucanas. Logo após a eleição, Dino insinuou-se para a disputa estadual e ouviu de Rocha a afirmação de que “política tem fila”, numa frase que entrou para o anedotário político maranhense.

Flávio Dino “furou a fila”, concorreu ao Governo em 2010 e ficou em segundo lugar, quase levando a disputa para um segundo turno contra a candidata do PMDB, Roseana Sarney, que venceu a eleição em 1º turno. Em 2012, os dois já estavam juntos novamente, desta vez com Dino liderando uma espécie de consórcio de candidatos, que acabou tendo a chapa formada por Edivaldo Júnior (PDT) e o próprio Rocha como vice.

Mesmo na vice, o socialista continuou independente, e conseguiu, desta forma, que Flávio Dino o incluísse como candidato a senador em sua chapa, mesmo sabendo que teria um adversário em potencial em 2018.

Dito e feito. A cada mês que diminui a distância para a eleição de 2018, as críticas de Rocha ao governo estadual se intensificam. E Dino, até então calado, começa a acusar o golpe das provocações.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão