É inegável que a cúpula do PCdoB, incluindo o próprio governador do Maranhão, Flávio Dino, quer a candidatura do deputado federal e atual secretário de Cidades, Rubens Júnior, à Prefeitura de São Luís.

A preferência pela candidatura de Rubens é tão nítida, que o governador não mediu esforços para dar mecanismo para que ele viabilizasse sua candidatura e o partido vai, dia após dia, renegando o nome melhor colocado dentro do grupo político de Flávio Dino nessa disputa, o deputado estadual Duarte Júnior.

No entanto, até agora Rubens Júnior não conseguiu decolar e os números na pesquisa ESCUTEC são decepcionantes.

Para se ter uma ideia do fracasso dos números do candidato preferido dos comunistas, o nome de Rubens Júnior sequer foi citado na pesquisa espontânea, onde não são apresentados os nomes dos pré-candidatos ao eleitor.

Nesse cenário, até o nome do secretário de Educação, Felipe Camarão, que desde o fim do ano passado afirmou que não disputaria a eleição em 2020 e a ex-deputada Maura Jorge, que disputará a Prefeitura de Lago da Pedra, foram citados na espontânea. Enquanto que Rubens Júnior não foi lembrado por nenhum dos entrevistados.

No cenários estimulados, onde os nomes dos pré-candidatos são apresentados, o fracasso se repete. Em apenas um cenário, Rubens atinge 1,1%, mas na maioria chega no máximo a 1%, percentual igual a dois pré-candidatos do PSL, Sílvio Antônio e Allan Garcez.

Duarte – Na contramão desse cenário, aparece o novato Duarte Júnior, que, mesmo no seu primeiro mandato, vai colhendo frutos de 2018, quando foi o deputado estadual mais bem votado na capital maranhense.

Enquanto Rubens Júnior seque com números decepcionantes, o preterido Duarte, mesmo com todo o desgaste que tentam lhe impor, continua tendo o melhor posicionamento entre os pré-candidatos do grupo político de Flávio Dino.

Só que pela teimosia do PCdoB e pelo descarte com tentativas sucessivas de desgaste ao nome de Duarte, o deputado estadual deve sim disputar à Prefeitura de São Luís, mas pelo PRB do vice-governador Carlos Brandão. Já o PCdoB vai ter que remar muito contra a maré para não passar vexame em 2020 na capital maranhense.

É aguardar e conferir.

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São Luís vive um momento delicado talvez ainda não visto: obras que estão com projetos prontos para serem iniciadas podem não ocorrer. Os serviços em questão são as feiras que passarão por reformas ou construção.

No entanto, uma obra que por muitos é vista como benefício para a população – que envolve feirantes e consumidores – está carregada de hostilidade.

Um exemplo foi o assassinato, na feira da Cohab, do feirante Dimas Garcia.

O ambiente hostil em feiras da cidade que serão reformadas pode estar relacionado a interesses políticos.

Em jogo, estaria a busca de dividendos eleitorais, por meio do incentivo à “revolta” dos feirantes com os locais improvisados de trabalho, enquanto os serviços nos mercados estão sendo executados.

Em algumas feiras, como a do João Paulo, visitas de vereadores, deputados e lideranças políticas contribuíram para que o projeto de readequação da Prefeitura de São Luís não saísse do papel. Por lá, as obras não puderam ser iniciadas, e a previsão é de que nem comece. Perdem os consumidores.

A animosidade também é vista na feira do São Francisco, cuja estrutura provisória já até foi montada, mas os serviços nunca iniciados, por clara resistência de parte dos feirantes que não aceita o desconforto momentâneo da obra.

A insatisfação dos trabalhadores, que precisam vender para o seu próprio sustento, é compreensível. O que não se pode compreender é que políticos usem e abusem de uma questão delicada.

O risco disto é o acirramento de ânimos que podem levar a tragédias, como a registrada na feira da Cohab.

Máfia – Junto com os políticos que se aproveitam da delicadeza do momento dos feirantes, há ainda – segundo denúncia dos próprios trabalhadores – a figura dos “donos” de box e bancas.

Estes fazem um comércio ilegal de vendas e aluguéis de pontos nas feiras, o que é contra as regras estabelecidas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

E as reformas podem atrapalhar este esquema ilegal, contribuindo para o ambiente de animosidade.

Estado Maior

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