Flávio Dino e Jair Bolsonaro, entendimentos diferentes sobre Lula

por Jorge Aragão

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) e o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), mais uma vez demonstraram terem entendimentos bem diferentes sobre o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro deixou claro que, apesar de ter sido atacado por Lula, não iria responder, principalmente pelo fato do petista ser um “criminoso” que estaria solto temporariamente.

Respondendo a Bolsonaro, Flávio Dino assegura que Lula não pode ainda ser considerado um criminoso, pois o seu processo não foi concluído ainda.

O comunista ainda disse que quem pensa assim, desrespeita a Constituição do Brasil e o Supremo Tribunal Federal.

O curioso é que Flávio Dino, aliados e asseclas, não pensam, ou pelo menos não pensavam assim, quando atacavam seus opositores, quando da disputa pelo Governo do Maranhão.

No entanto, isso também não é nenhuma novidade, afinal a cada dia fica mais evidenciado que temos um Flávio Dino que pensa e age de um jeito lá e um outro Flávio Dino que pensa e age de um jeito cá.

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“Casa dividida desmorona”, diz Duarte em evento do PCdoB

por Jorge Aragão

No sábado (09), na 17ª Conferência Municipal do PCdoB São Luís, o deputado estadual mais votado na capital e pré-candidato a prefeito, Duarte Jr, destacou que o governador Flávio Dino construiu uma nova forma de fazer política no Maranhão e pediu união aos membros do partido.

“Antes, só quem tinha vez, só quem tinha voz, eram aqueles que detinham o poder. Nós, que não somos filhos da política, passamos a ser vistos, passamos a ser ouvidos, passamos a ser lembrados”, afirmou.

Sobre o projeto eleitoral da legenda para 2020 e 2022, apresentado pelo vice-presidente e secretário de Política e Relações Internacionais do partido, Walter Sorrentino, Duarte se posicionou sobre as eleições presidenciais. “Eu não escondo de ninguém o meu desejo, o meu sonho, de fazer o governador Flávio Dino presidente do Brasil. E tenho certeza que não estou sonhando sozinho”, declarou.

O pré-candidato também pediu união: “E é muito importante que nós nos mantenhamos unidos, que nós não possamos nos deixar dividir, pois casa dividida desmorona”, pontuou.

Em seu discurso, Duarte chamou o debate para São Luís e disse: “Mas para chegarmos em 2022, é de extrema importância, de extrema relevância, que possamos olhar atentamente para a nossa ilha. Nós precisamos trazer para São Luís uma gestão verdadeiramente humanizada, uma gestão para as pessoas, das pessoas e pelas pessoas”, explicou.

Duarte falou ainda sobre saúde na conferência, tema importante para os ludovicenses. “Precisamos de uma gestão que de fato conheça, viva, sinta, não só no passado, mas no presente, as dificuldades que as pessoas têm, como, por exemplo, a dificuldade de acessar os serviços básicos de saúde, que infelizmente não são para todos. Infelizmente, a saúde básica da nossa cidade atende tão somente 34% da população. Não temos agentes comunitários de saúde para atenção primária, como o nosso vizinho Piauí tem. Em Teresina, a cada 5 mil habitantes temos um agente comunitário de saúde. Não temos uma unidade básica de saúde que possa garantir um atendimento descentralizado, em áreas da cidade, que atenda a cada 40 mil habitantes”, alertou.

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O petróleo é nosso

por Jorge Aragão

Por José Sarney

Na minha adolescência, um grito incendiava nossos pensamentos de patriotismo: “O petróleo é nosso!” Repudiávamos nossa dependência econômica dos países do “primeiro mundo”, principalmente dos Estados Unidos. Os jovens denunciavam a CIA, o entreguismo, o imperialismo americano como os grandes empecilhos ao progresso do País.

Naquele tempo de grande ebulição estudantil, depois da Segunda-Guerra, discutiam-se muito os “ismos”. Eu não me deixei contaminar por nenhum “ismo”, fugi aos aliciamentos ideológicos, para ser aquilo que sempre fui, um liberal, tolerante e humano, seduzido pelos grandes nomes nacionais do antigetulismo e por seu partido, a UDN – União Democrática Nacional. Bem moço, no Liceu, fui da Juventude Brigadeirista.

O petróleo escapava às posições políticas, pois era uma causa nacional. Isto me fez defender a bandeira “o petróleo é nosso”. Pressionado pela onda nacionalista, que envolvia inclusive grande parte das Forças Armadas, Getúlio Vargas mandou ao Congresso o projeto de lei que criava a Petrobrás (Lei nº 2.004). A UDN, contrária a Vargas, apoiou a criação da Petrobrás e fez mais: apresentou a Emenda Bilac Pinto, que estabeleceu o monopólio estatal do petróleo.

A Petrobrás mandou buscar um grande especialista americano em petróleo, Walter Link, da Standard Oil, para mostrar como descobrir os hidrocarbonetos (petróleo). Qual a nossa grande decepção quando Mr. Link, com toda a sua sabedoria, anunciou que o Brasil não tinha petróleo! Foi uma verdadeira revolta. Ele era um traidor, agente da interferência americana em nossos problemas. Mr. Link foi o grande saco de pancadas.

No meu governo, aumentamos nossas reservas de petróleo de 2,3 para 8 bilhões de barris. Mandei mapear todas as bacias sedimentares do Brasil, onde o petróleo se esconde, e descobrimos os maiores campos antes do pré-sal.

O futuro nos mostrou que o petróleo promove o aquecimento global e ameaça o mundo de extinção caso continuemos a poluir. O caminho é a energia limpa: eólica, solar e hídrica.

No desenrolar da novela do petróleo, acabamos de ver a decepção de o grande leilão de petróleo, tão esperado, não ter atraído o investidor internacional. O Ministro de Minas e Energia disse que perdemos o timing: não vendemos o petróleo quando ele valia cem dólares o barril, e hoje ele está em sessenta. Isso nos traz dúvidas se o pré-sal será competitivo.

O mundo está inundado de dinheiro, mas o capital é medroso, prefere a segurança ao lucro.

E o Brasil, com instabilidade, populismo, problemas institucionais, não oferece a segurança que ele deseja.

Assim, “o petróleo é nosso”, que defendemos com tanto ardor, está ameaçado de ser mesmo nosso, mas ficar escondido no fundo do mar.

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Leonardo Sá participa do I Encontro PL Mulher

por Jorge Aragão

Na sexta-feira (08), o deputado estadual, Leonardo Sá (PL), prestigiou o I Encontro de Mulheres, promovido pelo Partido Liberal Mulher-MA, em Governador Nunes Freire.

Leonardo Sá aproveitou para parabenizar o trabalho que a presidente do PL Mulher e deputada estadual, Detinha (PL), tem feito em prol da força feminina na política.

“Parabenizo a Detinha e toda sua equipe pela maravilhosa recepção e organização desse grande evento. Foi o primeiro de muitos outros para fortalecer a voz feminina e participação na política em nosso Estado”, declarou o deputado.

O evento que reuniu mais de 1.200 pessoas, também contou com a presença do presidente do PL estadual e deputado federal, Josimar de Maranhãozinho juntamente com o deputado estadual, Hélio Soares (PL), para prestigiar o amigo Fernando (PL), que colocou seu nome como pré-candidato à prefeitura do município.

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Começo de conversa

por Jorge Aragão

Por Adriano Sarney

Antes de a Câmara Municipal aprovar o novo e polêmico Plano Diretor de São Luís, acredito que nós ludovicenses, deveríamos nos decidir se queremos dinamizar a nossa vocação portuária ou pensar em uma outra alternativa econômica e social para as áreas rurais e periféricas da cidade. Existem argumentos contra e a favor de cada uma dessas correntes. Eu acredito na combinação delas; uma atividade econômica portuária que integre as comunidades locais de forma sustentável. Tarefa difícil, mas possível.

Participei no dia primeiro deste mês de uma audiência pública organizada pela Câmara Municipal de São Luís com o intuito de ouvir a população sobre a revisão do Plano Diretor. O projeto de lei chega à casa legislativa e os vereadores querem ouvir as pessoas. Além dos vereadores e conselheiros municipais, representantes do Ministério Público, prefeitura, governo estadual, classe empresarial, sindical, universidade e movimentos sociais também estavam presentes.

Dentre vários pontos polêmicos, como a redução de áreas protegidas de dunas, áreas de aquíferos, área ambiental do Sítio Santa Eulália e da APA do Maracanã, o que chama a atenção para o debate posto neste texto é a redução em 41% da área rural de São Luís e sua conversão para área urbana. Dois argumentos da prefeitura foram colocados para defender tal medida: converter as áreas rurais povoadas e que já tenham o perfil urbano e transformar uma área próxima do porto para instalação de empresas e construção de armazéns que tenham vínculo com atividades portuárias (retroporto). Em resumo, quase metade da área rural será transformada em centros habitacionais urbanos e empresariais.

Nas discussões percebi uma divergência nítida de ideias, uns criticavam a alteração, atacando a prefeitura e as empresas que hoje já estão instaladas nos arredores do porto. Argumentavam questões sociais, ambientais e de infraestrutura. Para eles, esses empreendimentos não fomentam melhorias nas comunidades, não geram empregos para a massa, pagam poucos impostos, o lucro não fica na cidade e são altamente poluidoras. Já outros defendiam a medida de expansão do retroporto, referiam-se à vocação portuária de São Luís e ao desenvolvimento econômico. Para eles, as empresas são as responsáveis pela geração de emprego e renda e por mais receita para o governo e prefeitura. Acreditam que o progresso social só é possível se bem trabalhada a mais importante vocação econômica e estratégica de nossa capital.

Mas será que é possível contemplar essas duas correntes? Será que podemos gerar emprego e renda para reduzir a flagrante pobreza que temos na Ilha e acrescentar mais receita para o governo e prefeitura para aumentar o investimento em saneamento, infraestrutura, fiscalização, segurança, etc, sem prejudicar as populações tradicionais e afetar nosso meio ambiente? Acredito que é possível, apesar de ser um trabalho que exige um esforço generalizado e de um debate mais aprofundado.

A discussão não deve ser sobre aproveitar ou não a nossa maior vocação econômica, mas COMO vamos fazê-la de forma a trazer benefícios aos ludovicenses. Quantos empregos locais esse projeto de retroporto irá criar? Qual o compromisso do poder público em relação a essas comunidades? O incremento de receitas públicas provenientes desses empreendimentos serão investidos de que forma eficiente? Como se vê, ainda temos muito o que discutir. No momento estamos, infelizmente, entre duas situações lamentáveis: não aproveitar a nossa vocação econômica natural ou abrir áreas para que empreendimentos se instalem sem um compromisso social com a cidade.

Algo tem que ser feito e a hora de decidir é agora.

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6 pautas em 15 dias

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

As duas últimas semanas foram muito agitadas, como de resto têm sido quase todas deste ano complicado, e como não consegui me decidir sobre qual assunto tratar em meu texto de hoje, fiz um resumo de algumas pautas.

1 – O deputado federal mais votado da história do Brasil, Eduardo Bolsonaro, que por acaso é filho do atual presidente da República, verborragiou desatinos sobre um possível retrocesso democrático, movido principalmente por mera falta de tato, de tino, de capacidade de entender o enredo desta tragicomédia, que ele, sua turma e seus adversários, são os protagonistas, enquanto nós e o Brasil, as vítimas.

2 – A Rede Globo, exibiu uma matéria especulativa e facciosa, onde ela mesmo colocava em dúvida suas próprias declarações e notícias. Fez isso na tentativa de envolver o presidente e seus filhos no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, e para isso usa milenar tática da fofoca e não as técnicas do bom jornalismo.

Uma matéria tão asquerosa que conseguiu o repúdio até de pessoas que se opõem a Bolsonaro, deixando claro que parte da imprensa está realmente orquestrando uma campanha contra o presidente e seu governo, não que ele não lhes dê bastante motivo para isso!

3 – Enquanto isso, Cazuza não me deixou esquecer que O Tempo Não Para! Continuamos trabalhando na produção da série A Pedra e a Palavra, que enfoca a vida e a obra do Padre António Vieira. Nessa etapa, entrevistamos em São Paulo, Adma Muhana, João Adolfo Hansen e Alcír Pécora, professores geniais, que são alguns dos maiores especialistas em assuntos relacionados àquele que segundo o poeta Fernando Pessoa é o Imperador da Língua Portuguesa.

Mas foi a quinta-feira, 7, o dia mais intenso desta quinzena!

4 – O presidente Jair Bolsonaro resolveu retirar as atribuições do antigo Ministério da Cultura, do Ministério da Cidadania, mas incoerentemente, ao invés de vinculá-las ao Ministério da Educação, as transferiu para o Ministério do Turismo. E aqui outra coisa causa estranheza! Por que ele não fez o mesmo em relação às atribuições do antigo Ministério do Esporte, que figurava em similaridade com a cultura, no Ministério comandado pelo deputado Osmar Terra?

Ainda sobre esse fato, vale lembrar que Bolsonaro comete o mesmo erro perpetrado por seu desafeto, Flávio Dino, em seu primeiro mandato como governador do Maranhão, quando juntou Cultura e Turismo, imaginando que apenas os calendários de eventos culturais e turísticos seriam justificativas suficientes para juntar na mesma pasta atividades tão distintas. Dino demorou, mas reviu seu erro!

Acredito que Turismo estaria melhor junto com Indústria, Comércio e Economia, enquanto Cultura e Esporte deveriam ser geridos juntos com Educação. Uma coisa tão simples quanto somar um mais um!

5 – Em outro acontecimento marcante, o jornalista Glenn Greenwald, chamou o também jornalista Augusto Nunes de covarde, ao vivo, no Programa Pânico, da Jovem Pan. Descontrolado, o insultado, depois de advertir seu ofendedor, para que não o insultasse, deu-lhe um bofete, e os dois protagonizaram uma daquelas briguinhas características do programa Os Trapalhões.

Esse seria um outro assunto que eu poderia abordar aqui hoje. A dosimetria e a hierarquia dos direitos ou o que é mais grave, um insulto moral ou um tapa na cara!? Polêmica garantida!

6 – Por fim, o Supremo Tribunal Federal se desdisse pela terceira vez. Estabeleceu que aquilo que havia dito antes, sobre a prisão de réus condenados em segunda instância, a partir de agora, seria novamente diferente, permitindo que fiquem livres os condenados por um juiz e um tribunal revisor.

Eu, que fui deputado federal constituinte, tive a honra de assinar, no dia 5 de outubro de 1988, a Constituição da República Federativa do Brasil, (ao contrário de Lula e alguns de seus colegas petistas, que não a assinaram) e acredito que o que aconteceu de mais importante com aquela Constituição, foi o apoio popular que ela teve, a vontade dos políticos de então, em estabelecer de forma pacífica e ordeira, um regime verdadeiramente democrático em nosso país, depois de vivermos durante 21 anos em um regime de exceção.

Continuo acreditando que naquele momento, colocarmos no texto constitucional uma série imensa de direitos, era o mais correto e sensato a ser feito, pois primeiro precisávamos que a democracia que nós estávamos ali plantando, germinasse, crescesse, florescesse e frutificasse.

Agora, 30 anos depois, tendo nossa democracia já sido testada diversas vezes, de diversas formas, em diversas crises, e tendo ela alicerces e fundações, profundas e sólidas, é hora de repensarmos alguns parâmetros que estabelecemos naquela ocasião, sob pena de ao invés de fortalecermos nossa democracia, nós a fragilizarmos, por interesses meramente político partidários, que visam a defesa de projetos de poder de alguém ou de alguns.

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Operação em Barreirinhas combate retirada ilegal de madeira

por Jorge Aragão

A Prefeitura de Barrerinhas por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, ICMBIO e Polícia Militar do Maranhão realizaram na sexta-feira (9) uma operação contra a retirando clandestina da floresta de mangue, na região das Vassouras e Alazão

Segundo o secretário Dion Almeida, os infratores foram identificados, mas conseguiram fugir do local antes da chegada da polícia.

Durante a operação foram apreendidos equipamentos como dois motores, voadeiras e muito combustível.

O prefeito Albérico Filho destacou que os infratores serão severamente punidos e alerta a população para que não utilizem e nem comercialize a madeira retirada clandestinamente.

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Um ano e nada

por Jorge Aragão

A reportagem da Revista Crusoé sobre nomeação de capelães no Sistema de Segurança do Maranhão chamou atenção para a lentidão na análise da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) por parte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Em dezembro de 2018, o MDB entrou com uma Aije contra o governador Flávio Dino (PCdoB) e toda a sua chapa majoritária. A alegação é de abuso de poder políticos e econômico devido à criação de cargos de capelão e posterior nomeação de pastores evangélicos, em sua maioria.

O próprio Flávio Dino, em vídeo, assumiu que aumentou o número de vagas de capelães e fez mais ainda: foi o primeiro governador a dar patente máxima da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para os capelães. E tudo isso, por pura obra e graça da vontade do comunista.

A Revista Crusoé, um ano depois, traz para a cena nacional o assunto que foi exaustivamente tratado no Maranhão. O uso de cargos de capelães em tempos de eleição foi um fato aberto em todo o estado.

E como anda este processo um ano depois? Parado no tribunal. Testemunhas não foram ouvidas. Na verdade, não teve início a instrução. São 12 meses sem que a tramitação da Aije avançasse.

À Crusoé, o procurador eleitoral, Juraci Guimarães, cuja esposa é auxiliar de primeiro escalão do governador Flávio Dino, afirmou que depois que as testemunhas forem ouvidas, ele vai analisar as provas e dar o parecer. Não há prazos, pelo visto. Pelo menos, não foi informado.

Resta saber quando o processo chegará ao pleno da Corte Eleitoral do Maranhão. E depois, ainda terá um longo caminho a percorrer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Como se diz no jargão judiciário: “A pressa é inimiga da prescrição”.

Estado Maior

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