Depois da decisão do Superior Tribunal de Justiça, que aceitou a denúncia e tornou réu o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), por uma eventual fraude na compra de respiradores durante a pandemia, os governadores do Consórcio Nordeste ficaram com as “barbas de molho”.

A denúncia que foi acatada foi protocolada pela Procuradoria Geral da República e o eventual prejuízo gira em torno de R$ 2 milhões aos cofres públicos do Amazonas.

Já o caso envolvendo os governadores do Consórcio Nordeste, que compararam e pagaram respiradores que nunca receberam, teria causado um prejuízo de R$ 48 milhões, ou seja, o valor do dano ao erário público é 24 vezes maior do que o do Amazonas.

O Consórcio Nordeste teria tentando adquirir cerca de 300 respiradores, mas apesar do valor ter sido paga a empresa HempCare Pharma, os aparelhos que poderiam ter salvados vidas na pandemia, jamais chegaram aos estados nordestino.

Somente o Maranhão, no Governo Flávio Dino, pagou quase R$ 5 milhões para a aquisição de 30 respiradores, o que faria com que cada aparelho saísse por quase R$ 165 mil. No entanto, mesmo pagando por um preço acima do mercado normalmente, os respiradores nunca chegaram para os maranhenses.

Como o caso envolve governadores, a decisão caberá ao STJ e, exatamente por esse motivo, os governadores do Consórcio Nordeste estão com as “barbas de molho”.