De O Globo – Uma soldada da Polícia Militar do Maranhão recebeu ordem de prisão de seu superior após se recusar a passar do horário de trabalho. Tatiane Alves fazia policiamento ostensivo a pé de um evento em comemoração ao aniversário da cidade de São Luís, que começou às 14h. Após cumprir o expediente, ela, que ainda amamenta o filho de 2 anos, foi impedida de retornar para casa e foi levada por uma viatura até o Comando Geral da PM, onde foi presa em flagrante por desobediência.
Segundo Tatiane, por volta das 20h, os policiais ficaram sabendo que o trabalho se estenderia até o término do evento. No entanto, eles não tinham nenhuma previsão. No local, o marido e o filho da policial presenciaram toda ação.
“Me direcionei ao superior do dia e comuniquei que não teria condições de permanecer no serviço porque não tinha condições físicas, não tinha alimentação e que além disso, precisava amamentar meu filho”, contou Tatiane em uma live divulgada em seu perfil do Instagram “Relatos de abuso Militar”, criado em 2021.
Ela contou ainda que o comandante da equipe, o tenente Mário Oliveira, não chegou a escutá-la e teria dito que caso não cumprisse a determinação que ela estaria presa por desobediência.
“Em nenhum momento ele quis me ouvir. Ele falou para mim que se eu não cumprisse a determinação dele que eu seria presa. Eu respondi pra ele que então eu seria presa porque não conseguiria permanecer no serviço e de imediato ele solicitou a viatura para me encaminhar até o Comando Geral da Policia Militar do Estado do Maranhão para que eu fosse conduzida por flagrante delito pelo crime de desobediência. Infelizmente, eu fiquei presa por 1 dia até ter um alvará de soltura”.
Após sair da prisão, a PM que está há quase 8 anos na corporação foi comunicada de sua transferência de posto. No entanto, depois do ocorrido, Tatiane pediu afastamento para fazer tratamento psicológico.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão diz lamentar o ocorrido e que “reforça seu comprometimento em mitigar condutas de membros da corporação, incompatíveis com os princípios profissionais e éticos que orientam as atividades do Sistema de Segurança do Maranhão”.
Ainda diz que não é ditador
Que absurdo, estava amamentando, sem se alimentar direito e ainda queriam para fazer hora extra, se recusou e foi presa. Eita Flávio Dino, pelo menos um pedido de desculpa seria bom né?
já penso diferente, culpa do comandante que se acha poderoso, dona da verdade e protegido por sua Lei, essa policial já tem carta marcada na memoria dos poderosos, fez denuncia, não abriu mão da sua dignidade de mulher, mãe, esposa, mas já somos ciente que na policia tem esses vilões..qu Deus tenha misericórdia da vida deles…