O deputado estadual e atual secretário de Desenvolvimento Social do Maranhão, Márcio Honaiser, diante da pandemia que atravessamos, tem demonstrado a importância de sua gestão no Governo Flávio Dino.

Em entrevista concedida ao jornal O Imparcial, Honaiser destacou as recentes medidas que estão sendo adotadas no sentido de minimizar o aumento da fome no Maranhão devido a crise sanitária e econômica causada pela pandemia de COVID-19. Veja abaixo a entrevista na íntegra.

A fome é mais um vilão invisível dessa pandemia?

Com certeza! O agravamento da fome é um dos mais cruéis efeitos da pandemia de COVID-19 e é por isso que, sob a liderança do governador Flávio Dino, estamos nessa batalha para garantir segurança alimentar aos maranhenses. Esse tem sido o nosso foco e as medidas anunciadas nos últimos dias reforçam isso.

Uma das medidas anunciadas é o Vale Gás, que está gerando muita
expectativa. Como vai funcionar?

O gás de cozinha vem pesando cada vez no orçamento de todos, mas principalmente em que tem menor renda. E o Vale Gás vai possibilitar às famílias sem renda própria inscritas no Cadastro Único a recarga de botijões nas distribuidoras que estão sendo credenciadas, por até 3 vezes. Serão 115 mil famílias beneficiadas só com essa medida.

Falando em fome, se fala também dos restaurantes populares. Como
está o funcionamento da rede?

Sabemos como os restaurantes populares são fundamentais na garantia da segurança alimentar e por isso eles não fecharam em nenhum momento da pandemia, pelo contrário. Na verdade, ampliamos a rede, focando inicialmente nos municípios mais pobres do estado, do Programa Mais IDH. Hoje somos a maior rede de restaurantes populares do Brasil, com 55 equipamentos e este ano mais unidades serão abertas. Como parte do Programa Comida na Mesa, todos os restaurantes populares do estado passarão a oferecer também jantar a apenas R$1. Mais uma vez o Maranhão sendo exemplo para todo o país, com a atenção que o governo Flávio Dino vem dando a quem mais precisa.

O destaque nacional, inclusive levou o senhor à presidência do Fórum
de Secretários, como estão as ações à nível de Brasil?

No ano passado, fui eleito presidente do Fórum Nacional de Secretários de Assistência Social do Brasil, o FONSEAS, e desde então temos buscado a recomposição do orçamento do SUAS, que é o Sistema Único de Assistência Social, assim como o SUS é para a saúde. A cada ano o orçamento pra área de assistência tem ficado cada vez menor, justamente nesse momento em que a pandemia agrava as desigualdades e mais pessoas ficam em situação de vulnerabilidade. A inclusão dos profissionais do SUAS no grupo prioritário de vacinação também é uma luta nossa e de outras lideranças políticas. O texto-base do projeto de lei foi aprovado na Câmara semana passada e segue para o Senado. Ao mesmo tempo, estamos pleiteando melhorar o auxílio emergencial aprovado para 2021, que é muito abaixo do praticado no ano passado, o que dificulta ainda mais a vida de quem está sem emprego, passando dificuldades. Estamos buscando aumentar o número de adesões a outros programas sociais, como a Tarifa Social de Energia, para que de todas as formas a população possa aliviar essa condição difícil que estamos vivendo.

Que outras ações vêm sendo realizadas na sua secretaria para combater
a fome e a pobreza no estado?

Combater a fome vai além de lidar diretamente com a oferta de refeições, passa por acesso a água, inclusão socioprodutiva e muitas outras áreas. Temos, por exemplo, o PAA Leite, onde o governo compra leite dos pequenos produtores para distribuição nas casas das famílias mais necessitadas. Temos o Água para Todos, que leva água potável para a casa das pessoas em regiões que por anos sofreram com a falta de água potável, fundamental pra saúde. Já no Programa Mais Renda, estamos transformando pessoas de baixa renda em pequenos empreendedores, com qualificação e equipamentos, dando oportunidade para que eles possam ter seus próprios negócios e melhorar de vida. De 2019 pra cá, triplicamos o número de municípios contemplados, fizemos capacitações itinerantes, entregamos equipamentos e queremos ampliar cada vez mais, para ajudar na recuperação econômica do nosso estado no pós-pandemia.

O senhor é deputado estadual, se licenciou para ser secretário e pegou
justamente toda essa crise causada pela pandemia. Acha que valeu a
pena? Quais seus planos pra 2022?

Sem dúvidas! Eu, como cristão católico, como militante e membro do PDT há mais de 30 anos, tenho um envolvimento forte com as questões sociais desde muito jovem e a vontade de servir ao povo, de ajudar as pessoas que mais precisam, seja no Legislativo ou no Executivo. Deus tem propósitos para todos nós e talvez tenha sido o momento de eu estar à frente da SEDES para contribuir nesse cenário. Sobre 2022, serei candidato, mas neste momento temos priorizado o combate à pandemia e suas consequências.