Não é a primeira vez que os deputados estaduais Yglesio Moyses (Pros) e Duarte Júnior (Republicanos) se estranham, mas nesta quarta-feira (24) por muito pouco os dois parlamentares não chegaram as vias de fato.

A confusão foi iniciada pela maneira como os dois deputados tem tratado a polêmica do alto valor do preço do combustível no Maranhão. Enquanto Duarte tenta dizer que a culpa pela situação seria exclusiva da Petrobrás e chegou a afirmar que mesmo que o ICMS fosse zerado pelo governador Flávio Dino (PCdoB), o valor seguiria alto (reveja), Yglesio tem sido mais comedido e distribuído a responsabilidade para praticamente todos os segmentos.

Ao contestar a tese de Duarte, Yglesio voltou a criticar o retorno de Karen Barros, esposa de Duarte, ao Procon do Maranhão. O deputado voltou a dizer que foi um erro do governador.

“Um sujeito aqui que agora tem o controle do Procon, colocou a mulher no Procon. O governador fez essa besteira de colocar esposa de deputado no Procon para fazer campanha para deputado federal. Imoral isso aí, ao meu modo de ver as coisas”, afirmou.

Yglesio seguiu criticando que as iniciativas propostas pelo colega, afirmando que seriam apenas midiáticas e enganariam a população, mas sem nenhum resultado prático.

“Então, a gente tem que ter muito cuidado para não transformar a Assembleia em palanque de palhaçada em cima da população, porque a responsabilidade é múltipla, é da Petrobras, é da política de preços, é da política cambial. O ICMS realmente é alto, precisa ser ajustado, eu não tenho nenhuma dúvida disso, o Bolsonaro reduziu, a gente vai ter que reduzir aqui também. Então, vamos discutir as coisas sérias. Vamos parar de fazer essa Assembleia Legislativa de picadeiro para quem quer fazer lacração em rede social e gravar vídeos depois. Eu me recuso a ficar calado vendo esta Casa aqui desinformar o cidadão. Eu jamais vou permitir isso. Posso ficar aqui só mais dois anos. Mas, enquanto estiver, não vou permitir esta Casa aqui enganar o cidadão”, afirmou.

Só que Duarte pediu a palavra, mas não abordou o assunto, preferindo não esticar o debate publicamente, mas após desligar o microfone, Duarte e Yglesio começaram a troca de agressões verbais e que por muito pouco não terminou nas vias de fato.

A Mesa Diretora precisou intervir e disponibilizar seguranças, inclusive nos dois gabinetes, para que a confusão iniciada no Plenário, não tivesse prosseguimento em outros cômodos do parlamento.