Duas situações têm chamado atenção sobre o recuo do Governo Flávio Dino na questão da liberação ou não dos pequenos eventos no Maranhão, para tentar evitar a crescente de casos da Covid-19.

A primeira situação e que causou estranheza a todos, foi a ausência do sempre midiático governador Flávio Dino. O comunista simplesmente não participou da coletiva que apresentou a antipática medida, deixando para o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, anunciar sozinho a suspensão, por 14 dias, dos pequenos eventos.

Carlos Lula disse que a medida seria muito importante para evitar a curva ascendente dos números da Covid-19, mas disse isso pela manhã de segunda-feira (25), mas no início da noite, menos de 12 horas depois, após muita pressão, decidiu voltar atrás.

A segunda situação foi um encontro, também na segunda-feira, entre o governador Flávio Dino e o procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau. Muitos acharam muita coincidência e levantaram a possibilidade de que o recuo do Governo Dino foi estratégico.

A teoria levantada é que o comunista decidiu pelo recuo da decisão, outrora tão importante, para ficar aguardando que o Ministério Público se posicione e recomende a adoção de medidas antipáticas, “restando” ao Governo Dino apenas cumprir tais decisões, algo semelhante como foi com o Lockdown adotado em 2020.

Desta forma, o Governo Dino não teria o desgaste popular e alegaria, mesmo que equivocadamente, que estaria apenas e tão somente cumprindo a recomendação do Ministério Público. Ou seja, apenas um eventual jogo de cena.

É aguardar e conferir, mas de qualquer forma, do lamentável episódio se tira a lição que “língua não tem osso, mas quebra caroço”, afinal acostumado a criticar os recuos de Bolsonaro, Flávio Dino recuou em menos de 12 horas em uma decisão importante que poderia ou não salvar vidas. Além disso, o Governo Dino, com o recuou, demonstrou sua indecisão e falta de convicção nas decisões que estão sendo tomadas.