Seria até impossível não abordar o assunto, pois chamou bastante atenção as posturas antagônicas dos dois principais gestores do Maranhão, o governador Flávio Dino (PCdoB) e o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), na eleição da capital maranhense.

Durante o 2º Turno, enquanto o comunista movia “céus e terras” para tentar eleger o candidato do Republicanos, Duarte Júnior, Edivaldo simplesmente preferiu seguir o caminho do trabalho.

Flávio Dino foi incoerente ao comemorar e até convocar aglomerações em plena pandemia pelo seu candidato. Dino foi acusado de provocar, através da maioria dos seus secretários, assédio moral contra os servidores públicos estaduais, obrigando-os a plotar carros e declararem apoio a Duarte nas redes sociais, o que pode perfeitamente configurar o crime eleitoral de abuso de poder político.

Já Edivaldo, na contramão dessa atitude repugnante, preferiu fazer jus ao salário que recebe da população e trabalhou bastante nos últimos dias, fazendo de tudo para concluir até 31 de dezembro, quando termina seu segundo mandato, todas as inúmeras obras espalhadas em toda a capital.

A postura adotada por ambos seguiu bastante distintas, mesmo depois do resultado das urnas e a confirmação da eleição de Eduardo Braide.

Flávio Dino, visivelmente ensandecido pela derrota acachapante das urnas, fez de conta que a capital do Estado que administra não elegeu um prefeito, isso depois de mover “céus e terras” pelo pleito. Dino, numa demonstração imatura e nada republicana, ignorou a eleição de Eduardo Braide para prefeito de São Luís. O problema que ao ignorar o fato, o comunista ignora a vontade do eleitor da capital maranhense.

No sentido contrário, demonstrando maturidade política com gestos republicanos, Edivaldo foi um dos primeiros a ligar para Eduardo Braide, se colocando à disposição para realizar uma transição tranquila. O fato foi revelado pelo próprio Braide, durante o seu primeiro discurso após o resultado da eleição.

“Recebi uma ligação do atual prefeito Edivaldo Holanda se colocando à disposição para fazermos uma transição tranquila”, afirmou Braide, que, no debate da TV Mirante, já havia publicamente reconhecido a postura democrática de Edivaldo, de quem foi adversário em 2016 (reveja).

Edivaldo também parabenizou Braide pela eleição nas redes sociais, algo que, até agora, Flávio Dino não fez.

 

Posturas bem antagônicas e que deixa claro que tem e quem não tem maturidade política, bem como fica evidenciado que Edivaldo, mesmo sem jamais ter participado do pleito, deixa a eleição fortalecido, já Flávio Dino, que fez questão de chamar para si uma derrota que não necessariamente seria sua, deixou a eleição bem menor que entrou.

É simples assim.