Desde que anunciou que estava com a Covid, no dia 11 de novembro, o candidato do Republicanos, Duarte Júnior, se viu em meio a um turbilhão de questionamentos e polêmicas.

A primeira polêmica surgiu após a divulgação de um exame, atribuído a Duarte, que confirmava que o candidato do Republicanos estaria infectado desde o dia 05 de novembro e sabia disso desde o dia 06 de novembro. Apesar de negar que o exame fosse seu, Duarte foi acusado de crime contra a saúde pública por alguns dos seus adversários (reveja aqui).

A situação se agravou quando o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Glalbert Cutrim (PDT), solicitou oficialmente um posicionamento da Secretaria de Saúde e do Lacen sobre a veracidade do exame de Duarte. O Lacen emitiu uma certidão confirmando que “consta exame para detecção da Covid-19 realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão – LACEN/MA em nome do senho Hildélis Silva Duarte Júnior”. Duarte havia dito que não realizou exame no Lacen (reveja).

Nesta sexta-feira (20), Duarte anunciou que neste sábado (21) já estará de volta ao contato pessoal com o eleitor, ou seja, voltará as atividades de rua de maneira presencial.

O problema é que, pela própria versão de Duarte, o candidato do Republicanos teve o primeiro sintoma no dia 11 de novembro e agora apresentou um exame, feito no dia 16 de novembro, em que estaria curado, ou seja, Duarte conseguiu ficar curado da Covid-19 em apenas cinco dias (reveja).

A rapidez da cura de Duarte fez o senador maranhense Roberto Rocha (PSDB) e o deputado estadual Yglesio Moyses (Pros) questionarem a situação.

Roberto Rocha questionou o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, sobre a polêmica. O senador questionou Carlos Lula se Duarte iria colocar em risco a saúde da população e se iria descumprir os 14 dias de isolamento recomendados pela OMS e OPAS e o disposto no Decreto Estadual 36.203/2020?

Já o deputado Yglesio, que é médico, demonstrou espanto e surpresa pela recuperação em apenas cinco dias. Além disso, o parlamentar ainda destacou que estariam inventando uma nova modalidade na medicina: “assintomático-sintomático por conveniência eleitoral”.

É aguardar e conferir, afinal a polêmica deve prosseguir.