Depois que a própria Secretaria de Saúde do Maranhão confirmou ao Tribunal de Contas que realmente pagou adiantado e sofreu um calote de R$ 490 mil do Consórcio Nordeste ao tentar realizar uma compra de respiradores, deputados da Oposição decidiram ingressar na Justiça para tentar o ressarcimento da quantia.

De acordo com as informações da própria Secretaria de Saúde, o Governo do Maranhão pagou R$ 4.371.840,00 ao Consórcio Nordeste, mas depois do calote só recebeu de volta apenas R$ 3.877.906,31, totalizando um prejuízo de R$ 493.933,69. E é exatamente esse recurso que a Oposição quer de volta aos cofres públicos.

“Estamos há meses denunciando esse caso. Já tínhamos informações de que outros estados também haviam tomado calote na devolução do recurso pago e, agora, o Governo do Maranhão confirma que também pagou, não recebeu os respiradores, e ainda foi ressarcido em valores menores que o repassado ao Consórcio Nordeste. Alguém precisa pagar por esse prejuízo. E esse alguém não é o povo do Maranhão”, destacou o deputado Wellington do Curso (PSDB) que já destacou o assunto várias vezes na Tribuna da AL.

Já o deputado estadual César Pires (PV), entende que a condução de todo o processo para a aquisição dos aparelhos foi equivocada.

“Não sei se é amadorismo ou má-fé, mas o fato é que estamos diante de um claro caso improbidade, de malversação de recurso público. E isso deve ser avaliado e os gestores à frente desse negócio devidamente responsabilizados”, comentou.

O deputado Adriano Sarney, também do PV, entende que a cobrança também precisa ser feita ao Consórcio Nordeste pelo calote que o Maranhão sofreu e destacou que o recurso que não foi devolvido pode perfeitamente ser investido no combate a Covid-19.

“O Consórcio Nordeste deve pagar pelo prejuízo e mostrar que não é apenas uma aglomeração de governadores da extrema esquerda fazendo politicagem. Esse recurso pode ser usado na doação de EPIs para as prefeituras”, afirmou.

Agora é aguardar e conferir, mas até lá o Maranhão segue com esse prejuízo.