Chamou atenção, em um vídeo, a quantidade de ambulância que estavam na porta do Hospital Socorrão 1, no Centro de São Luís. Os pacientes são do interior. Não se sabe ao certo se estão com suspeitas de Covid-19 ou não.

Como o Socorrão não é referência para pacientes com suspeitas do novo coronavírus, membros do Palácio dos Leões afirmam que não são pacientes da Covid-19. Outras informações checadas pela coluna mostram que, na verdade, são pessoas do interior com suspeita da doença que são atendidas e aguardam regulação de leitos para Covid-19 em hospitais de referência, como o Hospital da Mulher e o Carlos Macieira.

O fato é que esta “procissão” de ambulâncias na porta dos hospitais de urgência e emergência de São Luís não é uma exclusividade em período de pandemia. Em 2019, por exemplo, médicos dos Socorrões chegaram a se manifestar, reclamando da quantidade de pacientes de outras cidades que eram atendidos nas unidades.

Sem fazer críticas diretas, o próprio secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, confirmou que mais de 80% dos pacientes nos Socorrões eram do interior do Maranhão. Situação, naquele ano, que estava piorando porque hospitais vinham sendo fechados pelo governo estadual, além das unidades de saúde de 20 leitos que foram desmontadas depois de 2015.

Em resumo, as ambulâncias que chegam às unidades de emergência da capital não são novidade, mas parece ter aumentado. E como os atendimentos não costumam ser negados, os mais provável é que dentro dos hospitais a cena deva ser aquela costumeira e triste: superlotação com pacientes em macas nos corredores e outros em cadeiras.

Estado Maior