Foi acertada, além de muito prudente, a decisão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), por um ato que vise a restringir a saída de pessoas da Ilha de São Luís durante o feriado da Semana Santa.

A saída de pessoas da capital e do entorno para municípios do interior do estado nesse período é uma tradição, isso é inegável. Mas, no atual momento de lutra contra a expansão do novo coronavírus (Covid-19), é recomendável que siga-se atendendo às recomendações por isolamento social, e diminuição de deslocamentos.

Ainda mais quando se sabe que a esmagadora maioria dos casos de infecções pelo vírus está na capital. Nesse caso, é ainda mais imperativo que especificamente os residentes na Grande Ilha evitem adentrar o estado, para conter, pelo menos o máximo de tempo possível, sua circulação em um espaço menor.

Em pronunciamento gravado no Palácio dos Leões, Dino fez um apelo: pediu que os maranhenses evitem viagens no feriado da Semana Santa. Segundo ele, um ofício com recomendação sobre o assunto foi encaminhado à Famem.

– Os prefeitos podem e devem adotar medidas protetivas das suas respectivas cidades -, disse.

Mas ele garantiu que não ficará apenas no pedido, informando que a edição de um ato restringindo a saída de pessoas de São Luís.

– Se muitas pessoas aproveitarem o feriadão e viajarem para outras partes do nosso território, nós teremos o espalhamento desses casos em muitas partes simultaneamente -, destacou, no que está absolutamente correto.

Se os casos estão concentrados em São Luís, que, bem ou mal, ainda tem alguma capacidade de leitos de UTI para atender casos graves, o mais prudente é mesmo restringir ao máximo a possibilidade de a doença avançar Maranhão adentro.

Ou, então, corre-se o risco de levar o vírus, com velocidade incomum, a cidades que sequer dispõem de hospitais com alguma estrutura para atenção básica, quem dirá UTIs.

Em conjunto – A propósito das medidas de restrição à locomoção de pessoas, especialmente no feriadão da Semana Santa, o Governo do Maranhão deve receber apoio importante.

Articulam-se para emitir uma nota conjunta de endosso aos atos governamentais o Judiciário, o Legislativo e o Ministério Público.

A ideia é mostrar que as medidas do Executivo têm amparo de todas as instâncias de poder do Estado.

Estado Maior